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http://repositorio.ufc.br/handle/riufc/64075
Tipo: | Tese |
Título: | A reforma do Ensino Médio: da pedagogia das competências à gestão tecnocrática em educação |
Autor(es): | Maia Filho, Osterne Nonato |
Orientador: | Jimenez, Susana Vasconcelos |
Palavras-chave: | Reforma educacional;Ensino Médio;Currículo;Reforma curricular;Governo Lula |
Data do documento: | 2004 |
Citação: | MAIA FILHO, Osterne Nonato. A reforma do Ensino Médio: da pedagogia das competências à gestão tecnocrática em educação. Orientação: Susana Vasconcelos Jimenez. 2004. 333 f. Tese (Doutorado em Educação) - Programa de Pós-Graduação em Educação Brasileira, Faculdade de Educação, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2004. |
Resumo: | Embora a expansão da matrícula seja a face mais visível da reforma do Ensino Médio, ela foi justificada com dois argumentos centrais: como resposta às mudanças no mundo da produção, do trabalho e das relações sociais externas à escola; como necessidade de mudanças profundas na cultura pedagógica da escola e de sua gestão. A tese de que seu centro era o novo currículo foi superada pela constatação de que se tratava, de fato, de uma reforma de gestão. Era a reforma possível, que cabia no orçamento público e atendia minimamente aos anseios sociais. Essa mudança de foco resultou da investigação crítica dos problemas que justificaram a reforma e da análise dos fundamentos inerentes às estratégias adotadas para concretizá-la na gestão, financiamento e currículo. A exposição foi organizada de forma a se obter uma análise cada vez mais sistemática da dimensão da reforma enfocada, partindo-se de suas determinações mais gerais e abstratas para, então, mapear as suas manifestações mais específicas e concretas. No plano mais abstrato é possível constatar que a reforma do ensino médio responde a uma crise na educação, como parte de uma reforma maior, como historicamente aconteceu no país em seus momentos reformistas. A particularidade é que estas reformas estão hoje associadas a uma crise sem precedentes no sistema do capital, com extensas implicações sobre o trabalho e a organização da sociedade. No plano cada vez mais concreto, a gestão e o financiamento da Reforma são progressivamente discutidos num duplo movimento. No mapeamento dos fundamentos que orientaram o espírito dos reformadores: o financiamento internacional com base no modelo FUNDESCOLA/ PDE; e, na análise da própria realidade da escola de Ensino Médio a partir da leitura dos sujeitos responsáveis pela gestão e condução da reforma no sistema de ensino e na realidade da escola. A mesma lógica de exposição foi adotada para a dimensão técnico-pedagógica: parte-se da análise crítica do novo paradigma para a educação defendido pela ONU, as teorias das competências. No entanto, é a própria lógica de se viabilizar a reforma pelo caminho exclusivo da mudança curricular que é profundamente questionada. Assim, os próprios pressupostos que orientaram as novas diretrizes curriculares nacionais, seus princípios pedagógicos, interdisciplinaridade e contextualização, são fortemente questionados a partir do desvelamento de seu edifício conceitual. De onde se pode concluir: a reforma pelo currículo é a ideologia da reforma substantiva, a da adequação técnico-administrativa do espaço educacional ao eficientismo da sociedade tecnológica da mercadoria. |
Descrição: | Tese digitalizada na BCH entre os dias 11 e 18 de fevereiro de 2022. |
URI: | http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/64075 |
Aparece nas coleções: | PPGEB - Teses defendidas na UFC |
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