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http://repositorio.ufc.br/handle/riufc/61387
Tipo: | Dissertação |
Título: | Inclusão escolar de crianças autistas: o que acontece quando família e docentes dialogam? |
Autor(es): | Oliveira, Karoline Mendonça |
Orientador: | Lustosa, Francisca Geny |
Palavras-chave: | Transtorno do Espectro do Autismo;Interação familiares e docentes;Inclusão escolar |
Data do documento: | 2021 |
Citação: | OLIVEIRA, Karoline Mendonça. Inclusão escolar de crianças autistas: o que acontece quando família e docentes dialogam? Orientadora: Francisca Geny Lustosa. 2020. 246 f. Dissertação (Mestrado em Educação) - Programa de Pós-Graduação em Educação, Faculdade de Educação, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2020. |
Resumo: | Esta pesquisa tem como objetivo geral investigar as vivências de familiares e docentes, quanto ao processo de inclusão de crianças autistas na escola comum. Para tanto, família e docente foram postos em diálogo e reflexão conjunta, intencionando, também, analisar as estratégias de mediação, possíveis de serem construídas colaborativamente, nas interações entre esses pares, mães/pais e docente. O referencial teórico contempla os estudos que abordam os conceitos de vivência, mediação e interação, com base na psicologia históricocultural de Vygotsky (1997, 1998, 2007, 2010), aliados aos escritos de pesquisadores que estudam o autismo, como Singer (1999), Ortega (2008, 2009) e Sinclair (1993) e autores que defendem a inclusão em educação, como Mittler (2003), Booth e Ainscow (2011), Lustosa (2002, 2009, 2015), Mantoan (2001, 2003) dentre outros. A metodologia utilizada definiu-se como um estudo qualitativo, do tipo pesquisa-ação (BOGDAN; BIKLEN, 1994; MINAYO, 2001). A pesquisa de campo foi realizada entre os meses de agosto e novembro de 2019. Os sujeitos participantes da pesquisa foram: 6 (seis) pais/mães e 1 (uma) professora, como colaboradores diretos da investigação. Foram realizados, ainda, dois encontros, com a participação apenas da professora participante e da mãe de uma das crianças, com o objetivo de tematizar possíveis estratégias de mediação para a superação das barreiras à inclusão escolar. Além dos sujeitos-colaboradores diretos, contamos com o grupo de 4 (quatro) crianças autistas (filhos das famílias participantes), com as quais realizamos 4 (quatro) momentos no espaço da Brinquedoteca da FACED/UFC. Enquanto seus pais participavam dos encontros da pesquisa, em simultâneo, as crianças eram acompanhadas e observadas por estagiários-estudantes universitários. A pesquisa identificou que a interação família-escola é relatada, frequentemente, pelos participantes como conflituosa, principalmente, quando os membros envolvidos nesta relação “família-escola/professores” não trabalham colaborativamente. Algumas das barreiras à inclusão de crianças autistas, apresentadas pelos participantes, foram: o preconceito; falhas na mediação de conflitos e ausência de ações construtoras de uma cultura e do desenvolvimento de práticas educativas inclusivas pela gestão e professores; o distanciamento entre família e escola; a ausência de diversas dimensões de acessibilidade; superlotação das salas de aula e etc. Ressaltam-se, também as queixas de que as famílias, em geral, apresentam resistência quanto à aceitação do diagnóstico dos filhos. Por sua vez, as famílias relatam que os docentes não se apresentam favoráveis à inclusão escolar. As principais estratégias apresentadas para a superação desses obstáculos foram as formações continuadas dos professores e a colaboração e interação entre família e escola-docentes, avançando na proposição de vivências colaborativas, como a que apresentamos nesse estudo, importante estratégia para construção e valorização de saberes que transitam nos dois segmentos, família e escola. Que pesquisas e novos estudos possam construir via práticas pedagógicas o processo de inclusão escolar de crianças autistas, contribuindo para o fortalecimento das políticas públicas de inclusão e dos movimentos pela garantia de direitos no campo educacional. |
Abstract: | This research aims to investigate the experiences of family members and teachers regarding the inclusion process of autistic children in regular schools. To this end, family and teacher were put into dialogue and joint reflection, also intending to analyze the mediation strategies, which could be built collaboratively, in the interactions between these peers, mothers/fathers and teachers. The theoretical framework includes studies that address the concepts of experience, mediation and interaction, based on Vygotsky's historical-cultural psychology (1997, 1998, 2007, 2010), combined with the writings of researchers who study autism, such as Singer (1999 ), Ortega (2008, 2009) and Sinclair (1993) and authors who advocate inclusion in education, such as Mittler (2003), Booth and Ainscow (2011), Lustosa (2002, 2009, 2015), Mantoan (2001, 2003) among others. The methodology used was defined as a qualitative study, of the action research type (BOGDAN; BIKLEN, 1994; MINAYO, 2001). The field research was carried out between the months of August and November 2019. The subjects participating in the research were: 6 (six) fathers/mothers and 1 (one) teacher, as direct collaborators of the investigation. Two meetings were also held, with the participation of only the participating teacher and the mother of one of the children, in order to discuss possible mediation strategies to overcome barriers to school inclusion. In addition to the direct collaborators, we have a group of 4 (four) autistic children (children of the participating families), with whom we performed 4 (four) moments in the space of the FACED/UFC Toy Library. While their parents participated in the research meetings, at the same time, the children were monitored and observed by university student interns. The research identified that the family-school interaction is frequently reported by the participants as conflicting, especially when the members involved in this “family-school/teachers” relationship do not work collaboratively. Some of the barriers to the inclusion of autistic children, presented by the participants, were: prejudice; failures in the mediation of conflicts and absence of actions that build a culture and the development of inclusive educational practices by management and teachers; the distance between family and school; the absence of several accessibility dimensions; overcrowding of classrooms and so on. The complaints that families, in general, are resistant to accepting their children's diagnosis are also highlighted. In turn, families report that teachers are not in favor of school inclusion. The main strategies presented to overcome these obstacles were the continuing education of teachers and the collaboration and interaction between family and school-teachers, advancing in the proposition of collaborative experiences, such as the one we present in this study, an important strategy for building and valuing knowledge that transit in the two segments, family and school. That research and new studies can build, via pedagogical practices, the process of school inclusion of autistic children, contributing to the strengthening of public policies for inclusion and movements for the guarantee of rights in the educational field. |
URI: | http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/61387 |
Aparece nas coleções: | PPGEB - Dissertações defendidas na UFC |
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