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Tipo: Dissertação
Título: Estudo dos efeitos comportamentais e do estresse oxidativo do cloridrato de metilfenidato em modelo de depressão induzido por estresse crônico imprevisível em camundongos
Título em inglês: Study of the behavioral and oxidative stress effects of methylphenidate chloridate in a model of depression induced by imprevisible chronic stress in mice
Autor(es): Cysne, Jamily Cunha de Almeida
Orientador: Vasconcelos, Silvânia Maria Mendes de
Palavras-chave: Metilfenidato;Depressão;Antidepressivos
Data do documento: 20-Jul-2021
Citação: CYSNE, J. C. A. Estudo dos efeitos comportamentais e do estresse oxidativo do cloridrato de metilfenidato em modelo de depressão induzido por estresse crônico imprevisível em camundongos. 2021. 62 f. Dissertação (Mestrado em Farmacologia) – Faculdade de Medicina, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2021.
Resumo: Baixas doses administradas por curtos períodos do metilfenidato (MFD) têm um perfil seguro e causam respostas positivas ao cérebro, podendo tratar uma crise aguda e sabendo que uma crise aguda depressiva leva a pensamento suicida, seria este tratamento capaz de evitar um possível desfecho suicida? A farmacoterapia do Transtorno Depressivo Maior (TDM) baseia-se, atualmente, na hipótese monoaminérgica, porém, apesar de efetivos no TDM, muitos pacientes demonstram resistência ao tratamento. Visto esta condição, o sistema dopaminérgico passou a ser também um alvo terapêutico, como o uso de inibidores da recaptação de norepinefrina e dopamina, tal qual o MFD, uma droga psicoestimulante que surge como possível tratamento para o TDM. Portanto, a descoberta ou o redirecionamento de fármacos que visem uma ação antidepressiva rápida, com menos efeitos colaterais e eficácia em um maior de número de pacientes é desejado. Assim, este estudo objetiva verificar os efeitos comportamentais e neuroquímicos do MFD em modelo de depressão induzido por estresse crônico imprevisível (ECI) em camundongos. Foram utilizados camundongos Swiss machos adultos, divididos randomicamente em 2 grupos e 12 subgrupos. Em um grupo, os animais foram expostos aos fatores estressores por 21 dias, sendo do 17º dia ao 21º dia foram administrados MFD, fluoxetina ou solução salina. No outro grupo, o de exposição aguda ao MFD, os animais foram submetidos ao ECI durante 21 dias, porém somente no último dia recebeu MFD. No 21º dia, 30 minutos após a administração de MFD ou SS, os animais foram submetidos aos seguintes testes comportamentais: testes de campo aberto, interação social, labirinto em Y e suspensão de cauda. Imediatamente após os testes comportamentais os animais foram sacrificados por decapitação e retirados o córtex pré-frontal (CPF), hipocampo (HC) e corpo estriado (CE) para a realização dos testes oxidativos. O MFD foi capaz de reverter o fenótipo depressivo induzido pelo modelo de estresse crônico imprevisível através de administrações aguda e de doses repetidas, assim como o aumento do estresse oxidativo nos 3 parâmetros avaliados, GSH, TBARS e Nitrito, nas 3 áreas estudadas, HC, CPF e CE, quando administrado durante 5 dias nas doses menores de 2 mg/kg e 5 mg/kg. O efeito rápido em doses menores e em cinco dias foi positivo tanto nos testes comportamentais como nos testes oxidativos, ainda, o efeito da administração aguda do MFD em doses menores também foi capaz de reverter os efeitos negativos do ECI nos testes comportamentais, mostrando que os resultados responderam a pergunta-problema do estudo, o MFD pode ser um forte candidato medicamentoso a atuar contra o ato suicida do indivíduo com uma crise depressiva. O MFD parece surtir um efeito neuroprotetor em doses baixas em curto período de administração, talvez por um efeito antioxidante e sugerindo, assim, um estudo aprofundado sobre esse resultado.
Abstract: Low doses administered for short periods of methylphenidate (MPD) have a safe profile and cause positive responses to the brain, being able to treat an acute crisis and knowing that an acute depressive crisis leads to suicidal thoughts, would this treatment be able to avoid a possible suicidal outcome? The pharmacotherapy of Major Depressive Disorder (MDD) is currently based on the monoaminergic hypothesis, however, despite being effective in MDD, many patients demonstrate resistance to the treatment. Given this condition, the dopaminergic system also became a therapeutic target, such as the use of norepinephrine and dopamine reuptake inhibitors, such as MPD, a psychostimulant drug that appears as a possible treatment for MDD. Therefore, the discovery or redirection of drugs aimed at a rapid antidepressant action, with fewer side effects and efficacy in a greater number of patients is desired. Thus, this study aims to verify the behavioral and neurochemical effects of MPD in a model of depression induced by chronic unpredictable stress (CUS) in mice. Adult male Swiss mice were randomly divided into 2 groups and 12 subgroups. In one group, the animals were exposed to stressors for 21 days, and from the 17th day to the 21st day they were administered MPD, fluoxetine or saline solution. In the other group, the one with acute exposure to MPD, the animals were submitted to CUS for 21 days, but only on the last day they received MPD. On the 21st day, 30 minutes after the administration of MPD or SS, the animals were submitted to the following behavioral tests: open field, social interaction, Y-maze and tail suspension tests. Immediately after the behavioral tests, the animals were sacrificed by decapitation and the prefrontal cortex (PFC), hippocampus (HC) and striatum (ST) were removed to perform the oxidative tests. The MFD was able to reverse the depressive phenotype induced by the chronic unpredictable stress model through acute administration and repeated doses, as well as the increase in oxidative stress in the 3 evaluated parameters, GSH, TBARS and Nitrite, in the 3 studied areas, HC, PFC and ST, when administered for 5 days at doses lower than 2 mg/kg and 5 mg/kg. The rapid effect at lower doses and in five days was positive in both behavioral tests and oxidative tests, yet the effect of acute administration of MPD at lower doses was also able to reverse the negative effects of CUS in behavioral tests, showing that results answered the study's problem question, the MPD can be a strong drug candidate to act against the suicidal act of the individual with a depressive crisis. MPD seems to have a neuroprotective effect at low doses in a short period of administration, perhaps due to an antioxidant effect, thus suggesting a deeper study of this result.
URI: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/60243
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