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Tipo: Tese
Título : Custo social das incapacidades por acidentes de trânsito em Fortaleza
Autor : Pordeus, Augediva Mana Jucá
Tutor: Fraga, Maria de Nazaré de Oliveira
Palabras clave : Acidentes de Trânsito;Reabilitação;Monitoramento Epidemiológico
Fecha de publicación : 2004
Citación : PORDEUS, Augediva Maria Jucá. Custo social das incapacidades por acidentes de trânsito em Fortaleza. 2004. 164 f. Tese (Doutorado em Enfermagem) - Faculdade de Farmácia, Odontologia e Enfermagem, Programa de Pós-Graduação em Enfermagem, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2004.
Resumen en portugués brasileño: As incapacidades por acidentes de trânsito e suas conseqüências na vida das pessoas, constituem uma problemática pouco conhecida. Partindo do pressuposto de que são elevados os custos sociais destas incapacidades, tentou-se dimensioná-las. Foi realizado um estudo de corte transversal em 16 clínicas de reabilitação, oito da Rede SUS e oito particulares, localizadas em doze bairros de Fortaleza, nas quais, em um período de três meses, foi aplicado um formulário de coleta de dados a 221 vítimas de acidentes de trânsito que se encontravam realizando fisioterapia. Constatou-se que os adultos jovens, do sexo masculino, casados ou em união consensual, com renda entre um e três salários mínimos, foram os mais atendidos nas clínicas estudadas, com destaque para os motociclistas, pedestres e ciclistas, por número de ocorrências. Cerca de um terço recebeu atendimento pré-hospüalar por grupo especializado. Foram hospitalizados 81,4% das vítimas estudadas, por um tempo médio de 24,2 dias para os pacientes das clínicas da Rede SUS e de 10,2 dias para os das particulares. Os custos sociais diretos, caracterizados pelos gastos com diagnóstico, tratamento e reabilitação foram elevados. Estimou-se um custo de atendimento pré-hospitalar de R$ 34.048,00, enquanto o da assistência hospitalar foi de cerca de R$ 8.565.840,00 e de R$ 26.445,00 para os que receberam atendimento de emergência. Das vítimas internadas, 86,7% foram submetidas à intervenção cirúrgica e 79,5% destas tiveram prótese implantada. A hospitalização foi estatisticamente significante para o socorro recebido por grupo especializado (p < 0,0001). Além da prótese, 78,2% utilizaram órtese. Até o momento da coleta de dados, as pessoas estudadas já tinham recebido, em média, 8,2 consultas médicas, participando de 41 sessões de fisioterapia e 64 de terapia ocupacional. O custo dessa assistência para os pacientes dos dois sistemas de atenção à saúde foi, em média, de R$ 56.475,28, A chance dos participantes que foram hospitalizados de permanecer por tempo > 15 dias em tratamento fisioterápico foi 2,25 vezes maior (I.C.95% 1,28 a 3,96). Os custos sociais indiretos também foram elevados, após o acidente, 97,3% tendo referido restrição temporária para as atividades da vida diária e 43,9% admitido terem ficado com alguma restrição permanente. O tempo médio de restrição foi de 136 dias. Cerca de 83% das vítimas ficaram sem trabalhar ou estudar e, no momento da coleta de dados, 60,2% ainda estavam sem trabalhar ou estudar. As repercussões financeiras pessoal e familiar do acidente, foram consideradas grandes, por cerca de 33% das vítimas, enquanto as 67,0% restantes referiram como regular, pouca, ou inexistente. A maioria, 92,3%, necessitou de assistência pessoal após o acidente, e essa necessidade interferiu em 27,1% e 31,2%, no relacionamento e na dinâmica de suas famílias, respectivamente. As dificuldades para participação de atividades sociais foi declarada por 45,7% como muita, regular e pouca por cerca de 24,0% enquanto 30,3% disseram não ter tido nenhuma dificuldade. Os resultados obtidos mostraram proximidade com as informações de que são elevados os custos sociais dos acidentes de trânsito, sendo descortinada uma realidade antes desconhecida no universo pesquisado. O conhecimento produzido sobre as incapacidades por acidentes de transito deverá ser revertido em políticas públicas que visem à prevenção, à promoção da saúde. Propõe-se a implantação de um sistema de vigilância epidemíológica de acidentes e violências nas clínicas de reabilitação de Fortaleza, para tornar possível o acompanhamento desses agravos.
Abstract: Dísabilities because of traffic accidents and their consequences on people’s life, are a little known issue. Beginning on the assumption that social costs of these dísabilities are high, an attempt was made to evaluate them. A transverse cut study was made on 16 rehabilitation clinics, eight belonging to the SUS Net and eight private, located ín 12 neighborhoods of Fortaleza, on which, in a three month period, a data gathering form was applied on 221 victims of traffic accidents, who were undergoing physiotherapy. It was verified, that young male adults, married or in an informal union, with an income between one and three minimal salaries, where the most frequently assisted ones, on the clinics under study, and among those ones, the more noticeable, were pedestrians and bicycle drivers, by number of cases. About one third received pre-hospitalary assistance by a specialized team. 81.4% of victims under study where hospitalized, by an average time of 24.2 days for patients of clinics belonging to the SUS Net and 10.2 days for private clinics. Direct social costs, distínguished by expenses with diagnostics, treatment and rehabilitation, where high. The cost of pre-hospital assistance was estimated as R$ 34,048.00, while that of hospital assistance was as well estimated as about R$ 8,565,840.00 , and of R$ 26,445.00 for those who received emergency assistance. 86.7% of victims undergoing hospitalization were submitted to surgery, and 79.5% of these had a prosthesis implanted. Hospitalization was statistically significant for emergency aid received from a specialized team (p < 0,001). Besides prosthesis, 78.2% used orthesis. Up to the moment of data gathering, people under study had already received an average of 8.2 medicai consults, taking part of 41 sessions of physiotherapy and 64 of labour therapy. The cost of that assistance, for patients of both assistance systems, was an average of R$ 56,475.28. The chance of participants who were hospitalized, to remain under physiotherapic treatment, for a time > 15 days was 2.25 times higher (confidence interval95% 1.28 to 3.96). Indirect social costs were also high; after the accident, 97.3% said to have temporary restriction for daily activities and 43,9% admitted they had remained with some permanent restriction. The mean restriction time was 136 days. About 83% of victims remained without working or studying and, at the moment of data gathering, 60.2% were still not working or studying. Financial impact on person and family from the accident was considered as big by about 33% of victims, and for the remaining 67.0% it was regular, little, or there wasn’t any at all. The majority of them, 92.3%, needed personal assistance after the accident, and that need interfered respectively in 27.1% and 31.2% on the relationship and dynamics of their families. Difficulties to take part of social activities were claimed by 45.7% as very high, regular and little by about 24.0%; while 30.3% said didn’t have any difficulty at all. The results obtained, showed proximity with information about social costs of traffic accidents being high; a reality was unveiled, which was unknown before in the universe under research. The knowledge produced on dísabilities because of traffic accidents, shall be put through in public policies aiming prevention, and promotion of health. Implantation is herein proposed, of an epidemiological surveillance system on accidents and violence in the rehabilitation clinics of Fortaleza, for the watch of these damages to be made possible.
URI : http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/59324
Aparece en las colecciones: DENF - Teses defendidas na UFC

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