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Tipo: Dissertação
Título: Fluxograma de atendimento de apoplexia hipofisária elaborado a partir do perfil de pacientes atendidos em hospital terciário de Fortaleza entre os anos de 2001 e 2015
Título em inglês: Flow chart of pituitary apoplexy treatment elaborated at from the profile of patients treated at a tertiary hospital in Fortaleza between the years 2001 and 2015
Autor(es): Vasconcelos, Raquel Cavalcante de
Orientador: Guimaraes, Sérgio Botelho
Palavras-chave: Apoplexia Hipofisária;Neoplasias Hipofisárias;Cefaleia
Data do documento: 11-Dez-2020
Citação: VASCONCELOS, R. C. Fluxograma de atendimento de apoplexia hipofisária elaborado a partir do perfil de pacientes atendidos em hospital terciário de Fortaleza entre os anos de 2001 e 2015, 2020. 99 f. Dissertação ( Mestrado em Ciências Médico-Cirúrgicas) - Faculdade de Medicina, Universidade Federal do Ceará, 2020.
Resumo: Apoplexia hipofisária é uma entidade clínica rara que ocorre devido a uma hemorragia ou infarto na hipófise, frequentemente relacionada a um tumor hipofisário não diagnosticado previamente. O presente estudo, retrospectivo descritivo, teve como objetivo avaliar o perfil dos pacientes atendidos no Hospital Geral de Fortaleza, no período de 2001 a 2015 com o diagnóstico clínico e radiológico de apoplexia hipofisária e elaborar um fluxograma de atendimento. Foram avaliados 40 pacientes, nos quais a idade média foi de 45,9 anos, com predomínio do sexo masculino (70%), e presença de tabagismo em 42,4% e etilismo em 33,3% dos pacientes. Dentre as comorbidades prévias ressaltam-se hipertensão arterial (40%) e diabetes mellitus (20%). O tumor hipofisário foi evidenciado em 90% dos pacientes, no entanto, somente 2,7% dos pacientes tinham conhecimento da existência do tumor. Foram relatados sinais e sintomas de anormalidades endócrinas prévios ao evento, tais como amenorréia em 25% das mulheres, adinamia em 17,5%, e náuseas e vômitos em 17,5% dos pacientes. Dos sinais e sintomas relatados durante o evento, a cefaléia predominou (92,5%), seguida por déficit visual (60%) e vômitos (47,5%). Dos eixos hormonais acometidos na vigência da apoplexia, houve predomínio do eixo corticotrófico (82,5%) seguido pelo gonadotrófico (80%) e tireotrófico (77,5%). Quanto à campimetria visual, a hemianopsi bitemporal esteve presente em 72,7% dos casos. Dentre os fatores precipitantes, foi relatado o uso de aspirina em 5% dos pacientes. Na avaliação de imagem, houve maior ocorrência de macroadenoma hipofisário em 87,5% dos casos. O tipo de tumor predominante foi o adenoma não funcionante (77,7%), e na avaliação de resultados de biópsia houve maior incidência de adenoma (83,3%). O tratamento de escolha foi o cirúrgico (80%). Não apresentaram complicações clínicas após o tratamento 77,5% dos pacientes. Após o tratamento, observou-se sela vazia em 68,5%, melhora da oftalmoplegia em 58,6%, e melhora do déficit visual em 54,2% dos pacientes. Houve reposição a longo prazo de corticoide (85%) e levotiroxina (85%). A avaliação das diversas características clínicas e endócrino-metabólicas encontradas nestes pacientes, de fatores precipitantes da apoplexia hipofisária, das características do tumor, dotratamento adotado e dos desfechos clínicos serviram de guia para a criação de umfluxograma de atendimento para pacientes com apoplexia hipofisária. e elaborar um fluxograma de atendimento. Foram avaliados 40 pacientes, nos quais a idade média foi de 45,9 anos, com predomínio do sexo masculino (70%), e presença de tabagismo em 42,4% e etilismo em 33,3% dos pacientes. Dentre as comorbidades prévias ressaltam-se hipertensão arterial (40%) e diabetes mellitus (20%). O tumor hipofisário foi evidenciado em 90% dos pacientes, no entanto, somente 2,7% dos pacientes tinham conhecimento da existência do tumor. Foram relatados sinais e sintomas de anormalidades endócrinas prévios ao evento, tais como amenorréia em 25% das mulheres, adinamia em 17,5%, e náuseas e vômitos em 17,5% dos pacientes. Dos sinais e sintomas relatados durante o evento, a cefaléia predominou (92,5%), seguida por déficit visual (60%) e vômitos (47,5%). Dos eixos hormonais acometidos na vigência da apoplexia, houve predomínio do eixo corticotrófico (82,5%) seguido pelo gonadotrófico (80%) e tireotrófico (77,5%). Quanto à campimetria visual, a hemianopsia bitemporal esteve presente em 72,7% dos casos. Dentre os fatores precipitantes, foi relatado o uso de aspirina em 5% dos pacientes. Na avaliação de imagem, houve maior ocorrência de macroadenoma hipofisário em 87,5% dos casos. O tipo de tumor predominante foi o adenoma não funcionante (77,7%), e na avaliação de resultados de biópsia houve maior incidência de adenoma (83,3%). O tratamento de escolha foi o cirúrgico (80%). Não apresentaram complicações clínicas após o tratamento 77,5% dos pacientes. Após o tratamento, observou-se sela vazia em 68,5%, melhora da oftalmoplegia em 58,6%, e melhora do déficit visual em 54,2% dos pacientes. Houve reposição a longo prazo de corticoide (85%) e levotiroxina (85%). A avaliação das diversas características clínicas e endócrino-metabólicas encontradas nestes pacientes, de fatores precipitantes da apoplexia hipofisária, das características do tumor, do tratamento adotado e dos desfechos clínicos serviram de guia para a criação de um fluxograma de atendimento para pacientes com apoplexia hipofisária.
Abstract: Pituitary apoplexy is a rare disorder that occurs due to a hemorrhage or infarction in the pituitary gland, frequently it occurs in an undiagnosed pituitary tumour. This is a descriptive retrospective study intended to evaluate the profile of patients treated at the Hospital Geral de Fortaleza, in the period between 2001- 2015, with the clinical and radiological diagnosis of pituitary apoplexy and create an attendance flowchart. Forty patients were studied, the average age was 45.9 years with a male predominance (70%), history of smoking and alcohol consumption in 42.4% and in 33.3% of patients, respectively. Among the comorbidities there was the occurrence of hypertension (40%) and diabetes mellitus (20%). The pituitary tumor was evident in 90% of patients, however, only 2.7% of the patients had knowledge of the existence of the tumour. There were reported signs and symptoms of endocrine abnormalities prior to the event, such as amenorrhea in 25% of women, 17.5% of the patients had malaise, nausea and vomiting in 17.5%. Among the signs and symptoms reported during the event, headache predominated (92.5%), followed by visual impairment (60%) and vomiting (47.5%). As regard to hormone dysfunction in the presence of apoplexy, there was predomination ofn the corticotrophic axis (82.5%) followed by gonadotrofic (80%) and the thyrotrofic (77.5%). As for the visual campimetry, the bitemporal hemianopia was present in 72.7% of cases. Among the precipitating factors it was reported aspirin use in 5% of patients. In the image evaluation it was higher the occurrence of pituitary adenoma in 87.5% of cases. The predominant type of tumor was nonfunctioning adenomas (77.7%), and the evaluation of biopsy results showed higher incidence of adenoma (83.3%). The treatment of choice was surgical (80%). No clinical complications were reported after treatment in 77.5% of patients. After treatment, there was the finding of empty sela in 68.5%, improved ophthalmoplegia in 58.6%, and improvement in the visual deficit in 54.2% of patients. There was long term treatment with corticosteroids (85%) and thyroxine (85%). The evaluation of various clinical and endocrine-metabolic characteristics found in these patients, the precipitating factors of pituitary apoplexy, the tumour characteristics, treatment and clinical outcome served as a guide for setting up a treatment protocol forb atients with pituitary apoplexy.
URI: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/57052
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