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Type: Tese
Title: Teoria crítica e religião no pensamento de Jürgen Habermas: possibilidades e limites da teoria do agir comunicativo no campo teológico-político
Title in English: Critical theory and religion in the thinking of Jürgen Habermas: possibilities and limits of the theory of communicative action in the theological-political field
Authors: Góis Filho, Benjamim Julião de
Advisor: Oliveira, Manfredo Araújo de
Keywords: Habermas;Pensamento pós-metafísico;Religião;Ética;Alteridade;Post-metaphysical thinking;Religion;Ethics;Alterity
Issue Date: 2020
Citation: GÓIS FILHO, Benjamim Julião de. Teoria crítica e religião no pensamento de Jürgen Habermas: possibilidades e limites da teoria do agir comunicativo no campo teológico-político. 2020. 354 f. Tese (Doutorado em Filosofia) - Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2020.
Abstract in Brazilian Portuguese: A presente tese destina-se a uma investigação acerca do elemento religioso no pensamento de Jürgen Habermas e a religiosidade em tempos pós-metafísicos, bem como à exploração das possibilidades e limites da sua teoria crítica e de sua ética discursiva no campo teológico-político. Assume-se como hipótese da pesquisa a tese de que é possível pensar com Habermas um tipo defilosofia pós-metafísica (agnóstica) da religiãono interior de sua Teoria Críticanão como um fim em si mesma:há apontamentos, um conjunto de textos/reflexões que apontam para a possibilidade de pensar areligião. Trata-se de pôr em relevoas inspirações de ordem ética,que Habermas recolhe das experiências religiosas.Há uma intuição fundamental que Habermas herda da tradição hebraica vinda de Schelling, por exemplo, a ideia de um Deus que se contrai, que se encolhe para que o mundo exista –a ideia de um ego que se retrai para que o outro exista. Tal intuição pode ser vislumbrada na sua ética discursiva, na qual é necessário que um “eu” (ego) se retraia para que um “outro” (alter) se expresse, se coloque.Pode-se constatar que como Habermas se declara clara e coerentemente não ser ateu, mas agnóstico, sobre Deus como referência última da religião, nada se pode dizer,nem afirmar nem negar. Portanto, seu interesse no discurso sobre Deus é estritamente ético.No seu pensamento pós-metafísico, Deus constitui uma inspiração forte sobre o que é fundamental nas relações humanas. Daí a permanente referência na análise que faz dos diferentes autores(Schelling, Martin Buber, Gershom Scholem, e Karl Jaspers, Michael Theunissen, J. B. Metz)às relações dialogais que constituem o cerne do ser humano. Afigura do Deus que se retrai para dar lugar ao outro permanece presente em toda a trajetóriade seu pensamento.O objetivo geral da pesquisa consiste em articular uma discussão que demonstre quehá uma filosofia da religião no sentido em que Kant pensava:um sentido estritamente ético. Há a possibilidade de pensar um modo de fazer filosofia da religião em tempos pós-metafísicos,uma filosofia da religião “em tom pós-metafísico”,um modo praticado, inclusive,pelos primeiros teóricos críticos do que se denominou Escola de Frankfurt. Os objetivos específicos são: a) Pensar arelação da Teoria Crítica de Habermas coma filosofia, de modo que seja apontado o lugar da filosofia na contemporaneidade; destacando em que medida Habermas se insere na tradição da Escola de Frankfurt; assim como discutir a crítica elaborada por Puntel ao pensamento pós-metafísico de Habermas; b) Discutir como Habermas pensa a religião na virada do milênio e quais os limites e possibilidades da Teoria do Agir Comunicativono campo teológico-político.
Abstract: This thesis aims at investigating the religious element in the thought and religiosity of Jürgen Habermas in post-metaphysical times, as well as the exploration of the possibilities and limits of his critical theory and discursive ethics in the theological-political field. It is assumed as a research hypothesis the thesis that it is possible to think with Habermas a type of post-metaphysical (agnostic) philosophy of religion within his Critical Theory, not as an end in itself: there are notes, a set of texts/reflections that point to the possibility of thinking aboutreligion. It is a question of highlighting inspirations of an ethical nature, which Habermas collects from religious experiences. There is a fundamental intuition that Habermas inherits from the Hebrew tradition from Schelling, for example, the idea of a God who contracts, shrinks so that the world exists -the idea of an egothat withdraws so that the other exists. Such intuition can be seen in his discursive ethics, in which it is necessary for an “I” (ego) to withdraw in order for an “other” (alter) to express itself, to place itself. It can be seen that as Habermas declares himself,clearly and consistently, not an atheist, but an agnostic, about God as the ultimate reference of religion, nothing can be said, neither affirmed nor denied. Therefore, hisinterest in the discourse about God is strictly ethical. In his post-metaphysical thinking, God is a strong inspiration for what is fundamental in human relationships. Hence the permanent reference in the analysis hemakes of the different authors (Schelling, Martin Buber, Gershom Scholem, and Karl Jaspers, Michael Theunissen,J. B. Metz) to the dialogical relations that complete the core of the human being. The figure of the God who withdraws to make room for the other to remainpresent throughout the course of his thinking. The general objective of thisresearch is to articulate a discussion that demonstrates that there is a philosophy of religion in the sense that Kant thought: a strictly ethical sense. There is a possibility of thinking about a way of doing philosophy of religion in post-metaphysical times, a philosophy of religion "in a post-metaphysical approach", a way practiced, even, by the first obliged theorists of what was called the Frankfurt School. The specific objectives are: a) Thinkingabout the relationship between Critical Theory by Habermas and philosophy, so that the place of philosophy in contemporary times is pointed out; highlighting the extent to which Habermas fits into the Frankfurt School tradition; as well as discussing a criticism made by Puntel to the post-metaphysical thinkingby Habermas; b) Discussinghow Habermas thinks about religion at the turn of the millennium and what are the limits and possibilities of the Theory of Communicative Action in the theological-political field.
URI: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/56849
Appears in Collections:PPGFILO - Teses defendidas na UFC

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