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Type: Dissertação
Title: Sobre a natureza em Ludwig Feuerbach
Title in English: About nature in Ludwig Feuerbach
Authors: Bittencourt, Antonio Adriano de Meneses
Advisor: Chagas, Eduardo Ferreira
Keywords: Natureza;Vontade;Liberdade;Nature;Will;Freedom
Issue Date: 2020
Citation: BITTENCOURT, Antonio Adriano de Meneses. Sobre a natureza em Ludwig Feuerbach. 2020. 141 f. Dissertação (Mestrado em Filosofia) - Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2020.
Abstract in Brazilian Portuguese: O pensamento de Ludwig Feuerbach segue um sinuoso caminho desde sua fase de juventude até a maturidade sendo conduzido por uma ávida busca pela liberdade. Essa liberdade não está condicionada a um sistema, seja religioso ou filosófico, Ele a encontra na Natureza a sua verdadeira expressão. Tomando um caminho oposto ao pensamento especulativo após ter percorrido entre o misticismo e a especulação nos anos de juventude, Feuerbach não parte das ideias às coisas, ao contrário, só enxerga a verdade filosófica através dos sentidos. Nesse trabalho, investigamos, em algumas de suas principais obras, como Pensamentos de Morte e Imortalidade (1830), A Essência do Cristianismo (1841), Princípios da Filosofia do Futuro (1843) A Essência da Religião (1846), Preleções Sobre a Essência da Religião (1848), Espiritualismo e Materialismo (1866) e Ética e Felicidade (1868), os elementos que nos aproximam a compreender o que Feuerbach compreendia por Natureza. Tema profundo e subjacente ao pensamento em geral do Filósofo, o tema da Natureza em Feuerbach inicia-se já em seus primeiros escritos como crítica à imortalidade da alma e ao redimensionamento da vontade humana, elementos que prefiguram suas posteriores reflexões no campo da teologia e da religião. Feuerbach, referenciado na tradição filosófica do Idealismo, mas divergindo radicalmente do mesmo, busca trazer a Natureza para o primeiro plano das reflexões filosóficas como crítica ao modelo que se prossecucionou ao longo da história da filosofia desde Descartes, o qual herda elementos do pensamento medieval, até Hegel, o ápice da filosofia idealista. Nossa tarefa, além de perscrutar as obras de Feuerbach para nos aproximar do que esse Autor compreende por Natureza, também se constitui em expor Feuerbach como um importante nome para o resgate da Natureza enquanto pressuposto ético. Contudo, a simbiose entre Natureza e ética está no cerne das preocupações de Feuerbach, uma vez que se sustenta a defesa da valorização da Natureza no contexto filosófico e, indo além, torna-a pressuposto para se compreender a noção de liberdade, que, embora se expresse através do homem, está condicionada à forma como esse último compreende-se em sua relação com a Natureza, não fazendo dela algo diferente do que é, mas imergindo e extraindo da mesma, através da imediata relaçãoa que com ela estabelece, a razão última que encerra a dependência exclusiva de sua essência.
Abstract: Ludwig Feuerbach's thought follows a winding path from his youth to maturity, driven by an avid search for freedom. This freedom is not conditioned to a system, whether religious or philosophical. He finds nature in his true expression. Taking a path opposite to speculative thinking after having traveled between mysticism and speculation in his youth, Feuerbach does not start from ideas to things, on the contrary, he only sees the philosophical truth through the senses. In this work, we investigate, in some of his main works, as Thoughts on Death and Immortality (1830), The Essence of Christianity (1841), Principles of the Philosophy of the Future (1843) The Essence of Religion (1846), Lectures on the Essence of Religion (1848), Ethic and Happiness (1868) and Spiritualism and Materialism (1866), the elements that bring us closer to understanding what Feuerbach understood by Nature. A profound theme underlying the Philosopher's general thought, the concept of Nature in Feuerbach begins in his early writings as a critique of the immortality of the soul and the resizing of the human will, elements that prefigure his later reflections in the field of theology and religion. Feuerbach, referenced in the philosophical tradition of Idealism, but radically diverging from it, seeks to bring Nature to the forefront of philosophical reflections as a critique of the model that has been pursued throughout the history of philosophy since Descartes, which inherits elements of medieval thought, even Hegel, the pinnacle of idealistic philosophy. Our task, in addition to scrutinizing the works of Feuerbach to bring us closer to what this Author understands by Nature, is also to expose Feuerbach as an important name for the rescue of Nature as an ethical premise. However, the symbiosis between Nature and ethics is at the heart of Feuerbach's concerns, since the defense of the valorization of Nature is sustained in the philosophical context and, going further, makes it a prerequisite for understanding the notion of freedom, which, although expresses itself through man, is conditioned to the way the latter understands itself in its relationship with Nature, not making it something different from what it is, but immersing and extracting from it, through the immediate relationship that it establishes, reason the last one that ends the exclusive dependence of its essence.
URI: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/54629
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