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Tipo: Tese
Título: Materialismo agônico: a relação entre mente e matéria na filosofia de Schopenhauer
Título em inglês: Agonic materialism: the relationship between mind and matter in Schopenhauer's philosophy
Autor(es): Oliveira, André Henrique Mendes Viana de
Orientador: Barros, Fernando Ribeiro de Moraes
Palavras-chave: Corpo;Idealismo;Intelecto;Materialismo não-reducionista;Vontade;Body;Idealism;Intellect;No-reducionistic materialism;Will
Data do documento: 2020
Citação: Oliveira, André Henrique Mendes Viana de. Materialismo agônico: a relação entre mente e matéria na filosofia de Schopenhauer. 2020. 207 f. Tese (Doutorado em Filosofia) - Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2020.
Resumo: A crítica à concepção de que haveria uma substância independente identificada como alma (ou mente, em termos atuais) pode ser encontrada no pensamento de Arthur Schopenhauer, sobretudo, no segundo volume de sua principal obra, O mundo como vontade e como representação, na qual o filósofo aprofunda suas teses a respeito da relação entre nossas funções cerebrais e nossa natureza volitiva. Na esteira dessa crítica, a proposta desta pesquisa é esclarecer os pressupostos epistemológicos da filosofia schopenhaueriana, bem como circunscrever no seu idealismo transcendental suas teses sobre a relação entre corpo e mente, a fim de, como objetivo específico, esclarecer a tensão entre intelecto (mente) e vontade, a partir da noção schopenhaueriana de cérebro e, como escopo mais amplo, caracterizar a distinção entre o físico e o metafísico a partir das noções de intelecto e vontade. Traçou-se, assim, um percurso em que se abordam os temas que envolvem a teoria do conhecimento, a psicologia e a metafísica do pensador alemão. A nosso ver, o antigo dualismo mente (imaterial) – corpo (material) reaparece na sua filosofia como uma tensa transição entre vontade (em princípio, imaterial) e mente/corpo (material). A hipótese é a de que a tese de Schopenhauer deveria pressupor a materialidade da vontade (ao menos em sua dimensão psicológica) como elemento constituinte do cérebro, o que implicaria por certo uma reconsideração daquele conceito, isto é, da vontade enquanto noção metafísica. Acreditamos que na filosofia de Schopenhauer há um tipo de materialismo não-reducionista, em que a matéria apresenta um caráter essencialmente conflitivo e extrapola os limites da linguagem das ciências naturais: um materialismo agônico que constitui a natureza e se reflete no permanente conflito entre intelecto e vontade. Aventa-se que uma investigação voltada a essa questão não só pode contribuir para uma atualização da epistemologia schopenhaueriana, à medida que a insere em um debate atual, mas também fornece apontamentos para uma possível filosofia da mente na transição para a contemporaneidade.
Abstract: The criticism of the concept that there would be an independent substance identified as soul (or, mind, in actual terms) can be found in Arthur Schopenhauer's thought, especially in the second volume of his main work, The World as Will and Representation, where the philosopher deepens his theses about the relation between our brain functions and our volitional nature. Starting from this criticism, our proposal was to clarify the epistemological assumptions of the schopenhaurean philosophy, as well as circumscribe in its transcendental idealism his theses on the relation between body and mind in order, as a specific objective, to clarify the tension between intellect (mind) and will from the schopenhauerian notion of the brain, and, as a broader scope, characterize the distinction between the physical and the metaphysical from the notions of intellect and will. We have thus traced a course that has led us to address the issues surrounding the epistemology, psychology, and metaphysics of the german thinker. We hold that the old dualism mind (immaterial) - body (material) reappears in his philosophy as a tense transition between will (in principle, immaterial) and mind/body (material). Our hypothesis is that Schopenhauer's thesis should presuppose the materiality of the will (at least in its psychological dimension) as a constituent element of the brain, which would certainly imply a reconsideration of that concept, that is, of the will, as a metaphysical notion. We believe that there is in Schopenhauer's philosophical system a type of non-reductionist materialism, in which matter presents an essentially conflicting quality and goes beyond the limits of the language of the natural sciences: an agonizing materialism that constitutes the whole nature and is reflected in the permanent conflict between intellect and will. Our purpose is that such an investigation focused on this issue can contribute not only as an update of the schopenhauerian epistemology, since the investigation inserts it into a current debate, but also can provide notes for a possible philosophy of mind in the transition to contemporaneity
URI: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/52396
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