Use este identificador para citar ou linkar para este item:
http://repositorio.ufc.br/handle/riufc/49923
Tipo: | Tese |
Título: | Dialética da natureza em Marx: Diálogo com a crítica do ecossocialismo à degradação ambiental |
Título em inglês: | Dialectics of Nature in Marx: Dialogue with the Critique of Ecosocialism and Environmental Degradation |
Autor(es): | Sousa, Albertino Sérvulo Barbosa de |
Orientador: | Chagas, Eduardo Ferreira |
Palavras-chave: | Marxismo;Natureza;Ecososocialismo;Marxism;Nature;Ecosocialism |
Data do documento: | 2018 |
Citação: | SOUSA, Albertino Sérvulo Barbosa de. Dialética da natureza em Marx: Diálogo com a crítica do ecossocialismo à degradação ambiental. 2018. 177 f. Tese (Doutorado em Filosofia) - Universidade Federal do Ceará, Pós-Graduação em Filosofia, Fortaleza, 2018. |
Resumo: | Esta tese de doutorado, desenvolvida no Programa de Pós-Graduação do Curso de Filosofia da Universidade Federal do Ceará, é uma pesquisa concisa sobre a relação entre o pensamento do filósofo alemão Karl Marx e o ecologismo contemporâneo com o objetivo de demonstrar que existe um diálogo entre a concepção marxiana de natureza e a crítica do ecossocialismo a degradação ambiental; contrariando, portanto, as ressalvas que o ecologismo faz ao conceito marxiano de natureza que o considera caudatário do economicismo moderno. A relevância desse estudo situa-se no fato de que a questão sobre a degradação da natureza é a principal discussão que envolve o pensamento de Marx na atualidade. A crítica marxiana a economia política do capital revela que o trabalho estranhado promove a segregação prático-teórica entre sociedade e natureza. Esse é o principal legado teórico de Marx, explicitado na vultosa obra, O Capital, que alerta sobre o caráter destrutivo da economia capitalista. Nas restrições à concepção marxiana verifica-se que são recorrentes as que fazem ressalvas ao conceito de natureza, reivindicando para este a tese de unilateralidade na fundamentação da relação dialética entre homem e natureza, caracterizando Marx como pensador economicista. Essa crítica do ecossocialismo afeta o fundamento da teoria de Marx, pois é a partir dela que o ecologismo afirma que o pensamento marxiano está fundado num esquematismo teórico que impossibilita a compreensão da crise ecológica. Porém, o que se encontra no conceito marxiano de natureza, é algo diametralmente oposto a essa objeção, pois ele ressalta a determinação dialética entre sociedade e natureza quando faz a redarguição da lógica especulativa contra a história do criacionismo da natureza. Nas obras, Manuscritos de 1844, Ideologia alemã e O Capital, Marx reitera essa determinação dialética da natureza no exame: do trabalho estranhado, da relação entre consciência e história e da mercadoria. Porém, considera que a natureza é o pressuposto fundamental, por ser munida de valor intrínseco. Na exposição sobre a dialética entre homem e natureza é evidenciado um processo de reciprocidade entre essas instâncias, inferido a partir da relação necessária de intercâmbio com a natureza, haja vista que esta diz respeito à produção e manutenção da vida material e social. Em suma, a verificação de que há uma dialética da natureza em Marx, demonstra que existe um diálogo entre esta e a crítica do ecossocialsimo a degradação ambiental, pois o ecologismo quando denuncia a alienação entre homem e natureza critica o sistema econômico do capital e reivindica o restabelecimento da dialética entre homem e natureza. |
Abstract: | This doctoral thesis, developed in the Postgraduate Program of the Philosophy Course of the Federal University of Ceara, is a concise research on the relationship between the thinking of the German philosopher Karl Marx and contemporary ecologism with the objective of demonstrating that there is a dialogue between the marxian conception of nature and the criticism of ecosocialism the environmental degradation; countering, therefore, the caveats that ecologism makes to the marxian concept of nature that considers it supporter of modern economism. The relevance of this study lies in the fact that the question about the degradation of nature is the main discussion that involves the thinking of Marx at the present time. Marx's criticism of the political economy of capital reveals that the alienation of labor promotes the practical-theoretical segregation between society and nature. This is the main theoretical legacy of Marx, made explicit in the indispensable work, The Capital, which warns of the destructive character of the capitalist economy. In the restrictions to the marxian conception it is verified that they are recurrent those that make caveats to the concept of nature, claiming for it's the thesis of unilaterality in the foundation of the dialectical relation between man and nature, characterizing Marx as economistic thinker. This critique of ecosocialism affects the foundation of Marx's theory, since it is from this that ecologism affirms that marxian thought is based on a theoretical schematism that precludes the understanding of the ecological crisis. However, what is found in the marxian concept of nature is diametrically opposed to this objection, for it emphasizes the dialectical determination between society and nature when it critic the history of nature creationism in speculative logic. In the works, Manuscripts of 1844, German Ideology and Capital, Marx reiterates this dialectical determination of nature in examining the alienation of labor, the relation between consciousness and history, and the commodity. However, he considers that nature is the fundamental presupposition, because it has value in itself. In the exposition on the dialectic between man and nature a process of reciprocity between these instances is evidenced, inferred from the necessary relation of exchange with nature, since it concerns the production and maintenance of material and social life. In short, the verification that there is a dialectic of nature in Marx, demonstrates that there is a dialogue between this and the critique of ecosocialismo the environmental degradation, because environmentalism when denouncing the alienation between man and nature critic the capitalist economy and claims the reestablishment of the dialectic between man and nature. |
URI: | http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/49923 |
Aparece nas coleções: | PPGFILO - Teses defendidas na UFC |
Arquivos associados a este item:
Arquivo | Descrição | Tamanho | Formato | |
---|---|---|---|---|
2018_tese_asbsousa.pdf | 1,35 MB | Adobe PDF | Visualizar/Abrir |
Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.