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dc.contributor.advisorColaço, Veriana de Fátima Rodrigues-
dc.contributor.authorCosta, Áurea Júlia de Abreu-
dc.date.accessioned2020-01-13T15:28:19Z-
dc.date.available2020-01-13T15:28:19Z-
dc.date.issued2019-
dc.identifier.citationCOSTA, Áurea Júlia de Abreu. Reproduções interpretativas de crianças sobre as relações entre escola e família . 2019. 239f.. - Tese (Doutorado) - Universidade Federal do Ceará, Programa de Pós-graduação em Educação, Fortaleza(CE), 2019.pt_BR
dc.identifier.urihttp://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/49199-
dc.description.abstractThis thesis analyzes the interpretative reproductions of children about the tensions in the relationship between school and family, seeking to identify the conflicts that pass through this relationship and that appear in interactions between children and understand the children's negotiations carried out in the face of conflicts between school and family educational systems. The theoretical framework consists of the Historical-Cultural Theory, regarding the constitution of child subjectivity in interactions with adults, peers and elements of culture. The Sociology of Childhood also underlies this work by understanding childhood as a social category and children as children as social subjects who produce culture and they are also social agents who make interlocutions with the adult world, reproducing it interpretatively. Interpretative reproductions constitute the cultures of child peers and contribute to cultural transformations. The theoretical framework also consists of contemporary theorists of the sociology of education who discuss the social power relations that permeate the interactions between school and family. The school assumes the hegemonic and legitimate position, as opposed to children's cultures and family cultures that are considered illegitimate. The study is characterized as a qualitative research of ethnographic nature with participant observation in a school context of peer interaction and semi-structured interviews with parents and family members of the children. The survey was conducted with children who attended the first grade in 2017 and the second grade in 2018 in a municipal public school of kindergarten and elementary school located in the city of Fortaleza-Ceará. The children's interpretive reproductions pointed to the mismatches between family and school cultures, as well as to family issues that are interdicted or not directly addressed by children in the school context, and also to school charges on family assignments. The interactions between the children revealed the negotiations made regarding the dissonances between school and family, when there are conflicts between both institutions, but also when both coincide or approach each other. Interpretative reproductions emerged as compromise solutions in the face of deadlocks between school and family systems revealing peer culture as a symbolic space for the emergence of conflicts between children and between them and adults regarding to the ways of interpreting adult culture and adult world, as well as the contradictions between school and family. In addition, children’s peer culture appeared as a space for the collective construction of knowledge by children as well as space for negotiations with adults and validation of children's knowledge and resistance and children's agency to avoid adult ordinances. Children's peer culture also reveals itself as a space for the production of particular ways of dealing with the dissonance between school and family orders as well as dealing with family issues that are interdicted or not directly addressed by children in the school context and also with school charges on family assignments. It is concluded that the social participation of children in adult cultures (family and school) goes through listening to children and it offers subsidies for the construction of alteritarian practices between adults and children as educational pair as well as producing more democratic experiences of education and schooling, especially for children.pt_BR
dc.language.isopt_BRpt_BR
dc.subjectReprodução interpretativapt_BR
dc.subjectCultura de parespt_BR
dc.subjectInfânciapt_BR
dc.subjectSociologia da Infânciapt_BR
dc.subjectRelação escola-famíliapt_BR
dc.titleReproduções interpretativas de crianças sobre as relações entre escola e famíliapt_BR
dc.typeTesept_BR
dc.description.abstract-ptbrEsta tese analisa as reproduções interpretativas de crianças acerca dos das tensões na relação entre escola e família, buscando identificar os conflitos que atravessam essa relação e que aparecem nas interações entre as crianças, e compreender as negociações infantis realizadas diante dos conflitos entre os ordenamentos educacionais escolares e familiares. O referencial teórico consiste na Teoria Histórico-cultural, no que tange à constituição da subjetividade infantil nas interações com os adultos, pares e elementos da cultura; na Sociologia da Infância, que compreende a infância como categoria social e as crianças como sujeitos produtores de cultura e agentes sociais que realizam interlocuções com o mundo adulto, reproduzindo-o interpretativamente, construindo as culturas de pares e contribuindo para as transformações culturais; e, em teóricos contemporâneos da Sociologia da educação, que problematizam as relações sociais de poder que perpassam as interações entre escola e família, a primeira, hegemônica e considerada legítima, em detrimento das culturas de pares e familiares, consideradas ilegítimas. O estudo caracteriza-se como pesquisa qualitativa de cunho etnográfico, com a realização de observação participante em contextos escolares de interação entre pares, e entrevistas semiestruturadas com pais e familiares das crianças. A pesquisa foi realizada com as crianças que cursavam o primeiro ano do Ensino fundamental no ano de 2017, e o segundo ano em 2018, em escola pública municipal de Educação infantil e Ensino fundamental, localizada na cidade de Fortaleza-Ceará. As reproduções interpretativas das crianças constituíram-se em função dos descompassos entre as culturas das famílias e da escola, dos interditos e não-ditos familiares no contexto escolar, e das cobranças escolares sobre as atribuições familiares. As interações entre as crianças evidenciaram as negociações realizadas frente às dissonâncias entre escola e família, quando há conflitos entre ambas as instituições, mas também quando ambas coincidem ou aproximam-se. As reproduções interpretativas emergiram como uma produção compartilhada de soluções diante dos impasses entre os ordenamentos escolares e familiares, sendo factível a leitura da cultura de pares como espaço simbólico de antagonismos das crianças entre si e delas com os adultos, no que tange aos modos de interpretar a cultura e o mundo adultos, bem como, as contradições entre escola e família; de construção coletiva de conhecimentos pelas crianças; de negociações com os adultos e validação dos saberes infantis, e de resistência e agência das crianças para evitar os ordenamentos adultos. A cultura de pares revelou-se ainda como espaço de produção de modos particulares de lidar com as dissonâncias entre os ordenamentos escolares e familiares, com os não-ditos e interditos familiares que evidenciam situações da vida doméstica, dinâmicas relacionais familiares das crianças e as histórias de vida delas (simbolicamente compartilhadas), com as cobranças escolares dirigidas às famílias, bem como, sobre o que a escola entende que são atribuições dos seus pais/familiares. Conclui-se que a participação social das crianças nas culturas adultas (familiares e escolares) passa pela escuta das crianças e pode favorecer a construção de práticas alteritárias entre o par educativo crianças-adultos, além de potencializar experiências mais democráticas de educação e escolarização, especialmente, para as crianças.pt_BR
Aparece nas coleções:PPGEB - Teses defendidas na UFC

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