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Tipo: Resumo
Título: Do chão da fábrica aos gramados: relações entre mundos do trabalho e futebol em Fortaleza (1949-1965)
Autor(es): Martins, Pedro Paulo da Silva
Neves, Frederico de Castro
Palavras-chave: Lazer operário;Profissonalização do esporte;Lazer operário
Data do documento: 2016
Instituição/Editor/Publicador: Universidade Federal do Ceará
Citação: MARTINS, Pedro Paulo da Silva; NEVES, Frederico de Castro. Do chão da fábrica aos gramados: relações entre mundos do trabalho e futebol em Fortaleza (1949-1965). Revista Encontros Universitários da UFC, Fortaleza, v. 1, n. 1, 2016. (Encontro de Pesquisa e Pós-Graduação, 9).
Resumo: O presente trabalho tem como objetivo perceber, por meio da equipe de futebol Usina Ceará Atlético Clube - equipe formada, inicialmente, apenas por trabalhadores da extinta fábrica Siqueira Gurgel, que se situava no bairro do Otávio Bonfim e trabalhava basicamente com o beneficiamento de algodão e óleos - como se dava a prática do futebol que se inicia dentro das fábricas no período pesquisado e como essa prática reverberava dentro do mundo do trabalho. Verificando como o futebol se apresentava para os operários-jogadores – esse termo é utilizado por nós para caracterizar o indivíduo que trabalha na fábrica e joga pelo clube de futebol da mesma – como uma ferramenta informal de luta contra os desmandos patronais, pretendemos perceber como a prática do futebol de fábrica influenciava nas relações operário/patrão e operário/operário. O recorte temporal de nosso trabalho compreende os anos entre 1949 e 1965, período de existência do clube pesquisado. As fontes utilizadas para a produção desta pesquisa tipificam-se em: hemerográficas, revistas esportivas, livros de memorialistas e depoimentos orais de ex-jogadores do clube. Como resultados, até agora desenrolados, depreende-se que o futebol de fábrica fora apropriado de diferentes formas por aqueles que o praticavam. Seja por parte dos dirigentes da empresa, que viam na montagem de um clube de futebol da fábrica uma possibilidade de manter seus empregados sob um lazer regrado e disciplinado que não lhes causariam maiores problemas, além de conseguir uma boa publicidade para a empresa; seja por parte dos funcionários que estavam inseridos no quadro principal da equipe, tendo em vista que o futebol configura-se como forma de agência e resistência frente aos desmandos patronais em comparação com o operário comum. Agradecemos o apoio financeiro disponibilizado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior.
URI: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/48856
Tipo de Acesso: Acesso Aberto
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