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Tipo: Tese
Título: Validação da escala de identificação e consequências da fadiga e avaliação da fadiga em pacientes com câncer de pulmão submetidos à ressecção pulmonar: estudo longitudinal
Autor(es): Nogueira, Ingrid Correia
Orientador: Pereira, Eanes Delgado Barros
Palavras-chave: Fadiga;Avaliação em Saúde;Neoplasias Pulmonares;Estudos de Validação;Cirurgia Torácica
Data do documento: 20-Dez-2016
Citação: NOGUEIRA, I. C. Validação da escala de identificação e consequências da fadiga e avaliação da fadiga em pacientes com câncer de pulmão submetidos à ressecção pulmonar: estudo longitudinal.2016. 130 f. Tese ( Doutorado em Ciências Médicas) - Faculdade de Medicina, Universidade Federal Do Ceará, Fortaleza, 2016.
Resumo: Traduzir para a língua portuguesa, adaptar culturalmente e validar o questionário de fadiga, Identity-Consequences Fatigue Scale (ICFS), em pacientes candidatos a cirurgia de ressecção pulmonar (RP) por câncer de pulmão (CP) e acompanhar a evolução da fadiga e dos fatores relacionados (qualidade de vida, função pulmonar, capacidade funcional e força muscular respiratória) nesses pacientes até o terceiro mês após a cirurgia de RP. Metodologia: Estudo prospectivo, realizado em hospital de ensino em Fortaleza-Ceará, no período de agosto de 2012 a agosto de 2016, sendo composto de duas fases. O ICFS foi traduzido para o português, adaptado a cultura brasileira. Para testar a reprodutibilidade inter e intra-observadores da Escala de Identificação e Consequências da Fadiga (EICF), a mesma foi aplicada por duas vezes, por dois pesquisadores independentes no mesmo dia em pacientes com CP. Após uma semana, esse mesmo questionário foi reaplicado aos mesmos pacientes pelo pesquisador principal. No primeiro dia, os pacientes com CP foram submetidos à espirometria, ao teste de caminhada de seis minutos (TC6´) e responderam aos questionários: escala hospitalar de ansiedade e depressão (HADS), Medical Outcomes Study 36 - Item Short - Form Health Survey (SF-36), escala de severidade de fadiga (ESF). Também foi dosada a proteína C reativa (PCR). A validade de construção do questionário foi testada por correlações com variáveis clínicas e laboratoriais. Para fins de comparação, a versão em português EICF foi aplicada em outros dois grupos distintos, compostos por 50 pacientes cardiopatas (PC) e 50 indivíduos saudáveis (IS). A segunda fase do estudo foi composta por 72 pacientes com CP candidatos à cirurgia de RP, sendo estes avaliados em três momentos: pré-operatório e ao final do primeiro e terceiro mês através dos seguintes instrumentos e testes: ficha de avaliação clínica (apenas no pré-operatório), EICF, ESF, QV pelo SF-36, força muscular respiratória, espirometria e TC6´. Os dados foram analisados pelo Statistical Package for the Social Sciences (SPSS). Gráficos de Bland & Altman foram utilizados a fim de melhorar a visualização da concordância entre os escores obtidos nas várias aplicações do questionário. Resultados: Na primeira fase foram avaliados 150 pacientes, sendo 50 pacientes em cada grupo (CP, PC, IS). A versão brasileira da EICF apresentou uma excelente consistência interna e as disposições gráficas do Bland & Altman demostraram uma excelente confiabilidade inter e intra-avaliadores. Para o grupo com CP a confiabilidade intra-avaliador dos componentes sumarizados do EICF sintomas e impactos medidos através do coeficiente de correlação intraclasse (CCI) foram respectivamente: 0.94 à 0.76 e a confiabilidade inter-avaliadores através do CCI foram respectivamente: 0.94 à 0.79. Foram encontradas correlações significativas do EICF com ESF, HADS, SF-36 e PCR. Houve uma diferença na fadiga dos pacientes com CP quando comparados aos PC e IS. Na segunda fase do estudo foram avaliados 72 pacientes com CP submetidos à cirurgia de RP. Ao acompanhar a evolução dos pacientes foi verificado uma piora da fadiga, qualidade de vida, capacidade funcional, força muscular respiratória e função pulmonar ao final do primeiro mês, seguido de uma melhora significativa ao terceiro mês. Ao comparar os níveis de fadiga pré-operatórios e após o terceiro mês, foi verificada uma redução para os componentes sumarizados sintomas da fadiga (p=0,001) e impactos da fadiga (p=0,008). Foram encontradas correlações significativas da EICF (sintomas e impactos) com a QV (p=0,001 e p=0,002) e com a ESF (p=0,001 e p=0,001). Houve uma correlação significativa com o TC6’ apenas com o componente sumarizado sintomas de fadiga (p=0,049). Conclusão: A EICF é um instrumento válido e reprodutível para a língua portuguesa na avaliação de pacientes com CP. Na primeira fase do estudo foi observada uma correlação entre fadiga e ansiedade, a depressão, a qualidade de vida e a PCR nestes pacientes. Ao analisar a evolução da fadiga pós-operatória pela EICF foi observado uma piora na escala da fadiga no primeiro mês, seguido de uma melhora na escala após o terceiro mês. Esse mesmo comportamento ocorreu com a maioria das variáveis funcionais e com a QV, mostrando assim o impacto causado pela doença e pela cirurgia na funcionalidade desses pacientes.
URI: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/38171
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