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Tipo: Dissertação
Título: Protocolo clínico para o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade em crianças e adolescentes: saberes e práticas dos prescritores
Título em inglês: Clinical protocol for Attention Deficit Hyperactivity Disorder in children and adolescents: prescribers' knowledge and practices
Autor(es): Fernandes, Ingrid de Queiroz
Orientador: Gondim, Ana Paula Soares
Coorientador: Quesada, Andrea Amaro
Palavras-chave: Protocolos Clínicos;Transtorno do Deficit de Atenção com Hiperatividade;Criança;Adolescente
Data do documento: 22-Mar-2018
Citação: FERNANDES, I. Q. Protocolo clínico para o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade em crianças e adolescentes: saberes e práticas dos prescritores. 2018. 94 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Farmacêuticas) - Faculdade de Farmácia, Odontologia e Enfermagem, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2018.
Resumo: O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é um dos principais transtornos que acometem as crianças e os adolescentes. Associa-se a importantes comorbidades e é cada vez mais reconhecido. Os protocolos clínicos podem ser utilizados como instrumentos de intervenção, para o diagnóstico e tratamento do TDAH. O objetivo deste estudo é analisar os saberes e práticas dos médicos prescritores sobre protocolos clínicos e diretrizes terapêuticas para o TDAH em crianças e adolescentes na rede pública de saúde infantojuvenil de Fortaleza - CE. É um estudo descritivo, com abordagem quantitativa, realizado no período de setembro de 2017 a janeiro de 2018, com 115 médicos prescritores. Os dados foram coletados por meio de um questionário semiaberto. Utilizou-se o programa Epi Info, versão 3.5.1, para análise dos dados. Dos 115 prescritores que atenderam aos critérios de inclusão do estudo, houve predominância do sexo feminino (67,0%), adultos de meia-idade, concursados, bom tempo de trabalho na rede (média de 10,9 anos), a maior parte com o título de residente médico e especialização (principalmente em Pediatria e Saúde da Família). A maioria dos prescritores (93,9%) conhece os protocolos clínicos, no entanto, apenas 14,8% utilizam esse instrumento como intervenção para o diagnóstico e tratamento das crianças e adolescentes com o TDAH. Os principais motivos para utilização do instrumento foram: aumento da precisão diagnóstica, melhor escolha do tratamento e trazem benefícios. A maior parte dos prescritores (44,3%) considerou extremamente importante empregar um protocolo clínico para tratamento do TDAH na rede. Os principais profissionais designados para auxiliar no diagnóstico do TDAH são médicos especialistas (neurologista, neuropediatra, psiquiatra e pediatra), psicólogos e terapeutas ocupacionais. Os principais critérios utilizados para o diagnóstico foram: avaliação dos sintomas clínicos (44,3%) e histórico familiar (23,7%). As principais abordagens terapêuticas adotadas foram: as terapias psicológicas e, em menor percentual, a farmacológica. O medicamento de primeira escolha para o tratamento farmacológico foi o metilfenidato (28,7%), seguido da lisdexanfetamina (3,5%). A faixa etária mínima de prescrição do metilfenidato foi a idade de seis anos (13,9%). Em sua maior parte, os prescritores participantes do estudo se mostraram interessados quanto à proposta de desenvolvimento e futura implantação de um protocolo clínico para TDAH no Município de Fortaleza - CE. Assim, conclui-se ser necessária uma reflexão desses profissionais, quanto aos seus saberes e práticas para emprego dos protocolos clínicos como instrumento de intervenção para o cuidado de crianças e adolescentes com diagnóstico de TDAH nas rotinas de trabalho, como um meio de melhorar a qualidade do atendimento, privilegiando a individualidade, realizando diagnósticos mais seguros e eficazes e otimizando o cuidado a esses pacientes.
Abstract: Attention deficit hyperactivity disorder (ADHD) is one of the main disorders to affect children and adolescents. It is associated with important co-morbidities and it has increasingly been acknowledged. Clinical protocols may be used as instruments of intervention for the diagnosis and treatment of ADHD. The aim of this study is to analyse the knowledge and routine of prescribers doctors on clinical protocols and herapeutic guidelines for children and adolescents with ADHD in the child-juvenile public health system of Fortaleza-CE. It is a descriptive study with a quantitative approach, conducted between September of 2017 to January 2018 with 115 medical prescribers. The data was, collected through a semi open questionnaire and Epi Info version 3.5.1 was used for analysis. It was found that out of the 115 prescribers that fitted the inclusion criteria, there was a predominance in the feminine sex (67,0%), middle aged adults, public sector workers, long time working for the system (average of 10,9 years), with the majority having medical residency and speciality (mainly in paediatrics and family health). Great part of the prescribers (93,9%) are familiar with the clinical protocols, however, only 14,8% use this instrument for the intervention of the diagnosis and treatment of children and adolescents with ADHD. The main reasons for using this instrument were: increase in the precision of diagnosis, better choice of treatment and other benefits. Most of the prescribers (44,3%) consider the implementation of a clinical protocol for ADHD extremely important. The professionals assigned to assist the diagnosis of ADHD are: specialty medical doctors (neurologist, neuro paediatrician, psychiatrist and paediatrician), psychologists and occupational therapists. The criteria used for diagnosis were: evaluation of clinical symptoms (44,3%) and family history (23,7%). The main therapeutic approaches adopted were: psychological behavioural therapy and, in a lower percentage scale, pharmacological. The first choice of therapy was methylphenidate (28,7%), followed by lisdexamphetamine (3,5%). The minimum prescription age of methylphenidate was six years (13.9%). For the most part, the prescribers participating in the study were interested in the proposed development and future implementation of a clinical protocol for ADHD in the city of Fortaleza - CE. Thus, it is concluded that it is necessary to reflect these professionals as to their knowledge and practices for the use of clinical protocols as an intervention tool for the care of children and adolescents diagnosed with ADHD in work routines, as a means of improving quality of the service, privileging the individuality, performing safer and more effective diagnoses and optimizing the care to these patients.
URI: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/31405
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