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http://repositorio.ufc.br/handle/riufc/31133
Tipo: | Dissertação |
Título: | Demoras na assistência obstétrica de gestantes com desfecho de óbito fetal (ante ou intraparto): estudo de caso-controle |
Título em inglês: | Delays in obstetric care of pregnant women with fetal death outcome (ante or intrapartum): a case-control study |
Autor(es): | Martins, Marley Carvalho Feitosa |
Orientador: | Carvalho, Francisco Herlânio Costa |
Palavras-chave: | Natimorto;Assistência Integral à Saúde;Assistência perinatal |
Data do documento: | 8-Mar-2018 |
Citação: | MARTINS, M. C. F. Demoras na assistência obstétrica de gestantes com desfecho de óbito fetal (ante ou intraparto): estudo de caso-controle. 2018. 96 f. Dissertação (Mestrado em Saúde Pública) - Faculdade de Medicina, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2018. |
Resumo: | Objetivo: Avaliar a associação entre as demoras na assistência prestada à gestante em busca de cuidados obstétricos e o desfecho óbito fetal em uma maternidade de referência terciária. Métodos: Estudo observacional, analítico do tipo Caso-Controle, incluindo 72 casos de óbitos fetais e 144 controles (nascidos vivos) de mulheres admitidas no serviço de obstetrícia da Maternidade Escola Assis Chateaubriand (MEAC), em Fortaleza, Ceará, no período de janeiro a novembro de 2017. Os controles foram pareados (2:1) por idade gestacional e município de procedência aproximado aos casos. Os grupos foram comparados quanto ao modelo das três demoras na assistência obstétricas. Utilizou-se o Teste do Qui-quadrado de Pearson e Exato de Fisher na comparação entre os grupos. Considerou-se p < 0,05 como significância estatística. Resultados: Não houve diferença estatística entre os grupos quanto às variáveis socioeconômicas. O grupo do óbito fetal apresentou menor número de consultas no pré-natal (>6 consultas: 27,8%x 40,3%, p=0,003), menos classificação em gestação de risco (41,7%x 55,9%, p=0,048), menos orientação sobre local de parto (44,5%x64%, p=0,009), menor frequência de cesariana (25,4%x 65,7%) e maior prevalência de síndromes hemorrágicas (33,3%x 19,4%, p=0,024) e sífilis (15,3%x 4,2%, p=0,004). Na análise bivariada todas as demoras, exceto dificuldade com transporte e dificuldade geográfica foram estatisticamente diferentes entre os grupos. Na regressão logística, as variáveis que persistiram significativamente associadas ao óbito fetal foram: Recusa do Cuidado (OR=10,7; IC95%: 1,92-59,6), demora no diagnóstico (OR=22,2; IC95%: 4,41-112,3) e Conduta inadequada com a paciente (OR=4,56; IC95%: 1,08-19,2). Conclusão: A invisibilidade dada aos óbitos fetais nos diversos níveis de atenção tem como desdobramentos as demoras em busca de cuidados por parte da gestante, bem como a ―normalização‖ das queixas e complicações determinantes para o desfecho do óbito. São necessários maiores investimentos e atenção às mortes fetais como uma medida direta do acesso e qualidade dos cuidados na rede de atenção materno infantil. |
Abstract: | Objective: To evaluate the association between delays in the care provided to pregnant women seeking obstetric care and the fetal death outcome in a tertiary reference maternity. Methods: Observational study, Case-Control type analytical, including 72 cases of fetal deaths and 144 controls (live births) of women admitted to the obstetrics service at Maternidade Escola Assis Chateaubriand (MEAC), in Fortaleza, Ceará, from January to November 2017. The controls were matched (2: 1) by gestational age and municipality of approximate origin to cases. The groups were compared regarding the model of the three delays in obstetric care. The Pearson's Chi-square test and the Fisher's exact test were used to compare the groups. It was considered at p <0.05 as significant. Results: There was no statistical difference between the groups regarding socioeconomic variables. The fetal death group had a lower number of prenatal consultations (>6 appointment: 27,8%x 40,3%, p=0,003), less rating at gestation of risk (41,7%x 55,9%, p=0,048), less guidance about place of birth (44,5%x64%, p=0,009), lower cesarean frequency (25,4%x 65,7%) and higher prevalence of hemorrhagic syndromes (33,3%x 19,4%, p=0,024) and syphilis (15,3%x 4,2%, p=0,004). In the bivariate analysis, all delays, except difficulty with transportation and geographical difficulty were statistically different between groups. In logistic regression, the variables that persisted significantly associated with fetal death were: Refusal of Care (OR=10,7; CI95%: 1,92-59,6), delay in diagnosis (OR=22,2; CI95%: 4,41-112,3) and inadequate conduct with the patient (OR=4,56; CI95%: 1,08-19,2). Conclusion: The invisibility given to fetal deaths at the various levels of attention has as a consequence the delays in seeking care by the pregnant woman, as well as the "normalization" of the complaints and determining complications for the outcome of death. More investments are needed and attention to fetal deaths as a direct measure of access and quality of care in the maternal and child care network. |
URI: | http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/31133 |
Aparece nas coleções: | PPGSP - Dissertações defendidas na UFC |
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