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Tipo: Dissertação
Título: Eficácia antinociceptiva e anti-inflamatória de lectina de abelmoschus esculentus no modelo de hipernocicepção inflamatória induzida por zymosan na articulação temporomandibular de ratos
Título em inglês: Antinociceptive and anti-inflammatory efficacy of lectin of abelmoschus esculentus in the model of zymosan-induced inflammatory hypernociception in the temporomandibular joint of rats
Autor(es): Freitas, Raul Sousa
Orientador: Cristino Filho, Gerardo
Coorientador: Chaves, Hellíada Vasconcelos
Palavras-chave: Abelmoschus esculentus;articulação temporomandibular;hipernocicepção;HO-1;lectina
Data do documento: 6-Fev-2015
Citação: FREITAS, R. S. Eficácia antinociceptiva e anti-inflamatória de lectina de abelmoschus esculentus no modelo de hipernocicepção inflamatória induzida por zymosan na articulação temporomandibular de ratos. 2015. 87 f. Dissertação (Mestrado em Biotecnologia) – Campus de Sobral, Universidade Federal do Ceará, Sobral, 2010.
Resumo: A artrite na articulação temporomandibular se apresenta como um dos diagnósticos diferenciais nas disfunções temporomandibulares e, apesar de ser uma importante condição clínica, seus mecanismos ainda não são completamente compreendidos. O quiabeiro (Abelmoschus esculentus Moench.) além de ser utilizado na alimentação, também é utilizado em medicina nos casos de pneumonia, bronquites e tuberculose pulmonar, atuando também como laxante. Alguns autores sugerem que os testes de atividade biológica da lectina da farinha de sementes, previamente purificada, apresentaram atividade anti-inflamatória e antinociceptiva. O objetivo do presente estudo foi avaliar a atividade antinociceptiva e anti-inflamatória da lectina de Abelmoschus esculentus (AEL) no modelo de hipernocicepção inflamatória induzida por zymosan (Zy) na articulação temporomandibular (ATM) de ratos. Ratos Wistar machos (180-240g) foram pré-tratados (i.v.) com AEL (0,01, 0,1 ou 1 mg/kg) 30 min antes da injeção intra-articular (i.art.) de Zy (2mg) ou salina (grupo sham) na ATM esquerda. Grupos controles receberam salina estéril (40 µL; i.art.) ou indometacina (5 mg/kg; s.c). Para analisar o envolvimento da via da HO-1 no efeito antinociceptivo e anti-inflamatório mediado por AEL, os animais foram pré-tratados (3 mg/kg, s.c.) com um inibidor específico da enzima hemeoxigenase 1 (HO-1) (zinco protoporfirina IX – ZnPP-IX) e para investigar o envolvimento da via do óxido nítrico, animais foram pré-tratados (aminoguanidina 30 mg/kg, i.p.) com um inibidor seletivo para a enzima óxido nítrico sintetase induzível (iNOS). O efeito antinociceptivo foi avaliado pelo teste de Von Frey na 4ªh após a injeção de Zy. Na 6ªh após a injeção i. art. de Zy, os animais foram submatidos a eutanásia, sendo removido tecido periarticular e gânglio trigeminal (GT), para dosagem de TNF-α e IL-1β pelo método ELISA e coletado o lavado sinovial, para contagem total de leucócitos e avaliação da atividade de mieloperoxidase (MPO). Também foi removida a ATM para análise histopatológica (H&E) e imunohistoquímica para TNF-α, IL-1β e HO-1 . Em uma outra sequência de experimentos, segui-se AEL prévio ao Zy e, 30 min antes da eutanasia, Azul de Evans (5mg/kg, .i.v.) foi administrado para avaliar extravasamento plasmático. Observou-se que AEL nas doses de 0,01, 0,1 e 1 mg/kg aumentou significativamente (p˂0,05) o limiar de hipernocicepção inflamatória comparado ao grupo Zy. AEL (1mg/kg) reduziu significativamente (p˂0,05) os níveis de TNF-α e IL-1β no tecido periarticular e no GT quando comparado ao grupo Zy, sendo semelhante (p˂0,05) ao grupo sham. AEL 1 mg/kg reduziu consideravelmente (p˂0,05) o influxo celular, a atividade de MPO, o infiltrado celular inflamatório na membrana sinovial da ATM e o extravasamento plasmático quando comparado ao grupo Zy. AEL também foi capaz de aumentar a imunomarcação de HO-1 e diminuir a expressão de TNF-α e IL-1β na membrana sinovial da ATM. Os efeitos de AEL não foram observados quando na presença de ZnPP-IX. A Lectina de Abelmoschus esculentus reduz a hipernocicepção inflamatória na ATM de ratos induzida por zymosan e seus efeitos parecem depender da redução dos níveis de TNF-α e IL-1β e da integridade da via da HO-1.
Abstract: Abelmoschus esculentus (Okra), an African plant cultivated in northeastern Brazil, is used for different medicinal purposes. Here we investigated Abelmoschus esculentus lectin (AEL) efficacy in zymosan-induced temporomandibular joint (TMJ) inflammatory hypernociception in rats. Rats were pretreated with AEL (0.01, 0.1 or 1 mg/kg) before zymosan (Zy) injection in the TMJ. Further, rats were pretreated with ZnPP-IX (3 mg/kg), a specific HO-1 inhibitor, or aminoguanidine (30mg/kg), a selective iNOS inhibitor, before AEL. Von Frey test was used to evaluate hypernociception. 6 h after Zy synovial fluid was collected for leukocyte counting and myeloperoxidase (MPO) activity; and TMJ tissue for histopathological analysis (H&E) and immunohistochemistry for TNF-α, IL-1β, and HO-1. Vascular permeability was evaluated by Evans Blue extravasation. Also, TMJ tissue and trigeminal ganglion were removed for TNF-α and IL-1β dosage (ELISA). AEL increased nociceptive threshold. AEL reduced cell influx, MPO activity, cell influx in synovial membrane, and Evans Blue extravasation. AEL increased HO-1 expression while decreased both TNF-α and IL-1β expression. AEL effects were not observed in the presence of ZnPP-IX. AEL reduced TNF-α and IL-1β levels in both TMJ tissue and trigeminal ganglion. AEL efficacy in zymosan-induced TMJ inflammatory hypernociception in rats depends on TNF-α/IL-1β inhibition and HO-1 pathway integrity.
URI: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/30330
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