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http://repositorio.ufc.br/handle/riufc/2589
Type: | Dissertação |
Title: | Efeitos comportamentais do metilfenidato e da reboxetina em modelo animal de déficit de atenção induzido pela lesão por etanol em camundongos |
Title in English: | Behavioral Effects of Methylphenidate and Reboxetine in animal model of attention deficit induced in mice by ethanol lesion |
Authors: | Ribeiro, Monique Vieira |
Advisor: | Andrade, Geanne Matos de |
Keywords: | Etanol;Metilfenidato;Camundongos |
Issue Date: | 2008 |
Citation: | RIBEIRO, M. V. Efeitos comportamentais do metilfenidato e da reboxetina em modelo animal de déficit de atenção induzido pela lesão por etanol em camundungos. 2008. 103 f. Dissertação (Mestrado em Farmacologia) - Faculdade de Medicina, Universidade Federal do Ceará. Fortaleza, 2008. |
Abstract in Brazilian Portuguese: | O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é uma desordem do desenvolvimento neurocomportamental que afeta de 3 a 5% das crianças em idade escolar. O transtorno é caracterizado pela presença de sintomas como desatenção, hiperatividade e impulsividade. Crianças expostas ao álcool durante o período gestacional exibem um padrão de hiperatividade, déficit de linguagem e aprendizado. A Dopamina e a Noradrenalina parecem ter um papel primário na gênese do transtorno, o que é confirmado pela resposta ao psicoestimulantes que aumentam suas quantidades na fenda sináptica. O psicoestimulante Metilfenidato é a droga de primeira escolha no tratamento do TDAH. Medicações não-psicoestimulantes como o inibidor da recaptação de noradrenalina Reboxetina, têm ganhado força como possível alternativa no tratamento do déficit de atenção. Em ratos, o etanol administrado no período de neurodesenvolvimento gera disfunção em circuitos pré-frontais, levando a transmissão dopaminérgica anormal. O objetivo desse trabalho foi avaliar os efeitos comportamentais (memória, atenção, atividade locomotora, depressão e ansiedade) do Metilfenidato (MFD) e da Reboxetina (RBX) em modelo de déficit de atenção induzido em camundongos pela lesão por etanol. Camundongos Swiss machos e fêmeas no 10o dia de vida foram submetidos a injeção de etanol (2 x 2,5g/kg, s.c., 6 h-intervalo) ou solução salina (mesmo volume). No 30o dia, iniciaram-se testes comportamentais (T-maze, Y-Maze, esquiva passiva, nado-forcado, plus-maze, caixa claro-escuro e campo-aberto). Os animais receberam MFD (2,5mg/kg) ou RBX (10 mg/kg) por gavagem 30 minutos antes de cada sessão de testes.. Não se observaram alterações histopatológicas em cortes de córtex cerebral dos camundongos lesados por etanol. No T-Maze, o grupo do etanol apresentou significativos (p<0,001, Teste de Kruskal-Wallis) déficits de atenção, necessitando de mais sessões para aprender. Os déficits foram revertidos pelo MFD e pela RBX. (Cont. 1,5±0,32, Et 7,18±0,32, MFD+Et 3,14±0,88, RBX+Et 1,55±0,33). Na fase de discriminação tardia, os animais lesados também apresentaram déficits de memória, com menor número de acertos quando comparados aos controles. O efeito revertido pelo MFD, mas não pela RBX. (Cont. 25,78±0,86, Et 21,27±1,02, MFD+Et 25,14±1,03, RBX+Et 21,88±1,00) Não houve déficits de memória aversiva na Esquiva Passiva. No Y-Maze, o grupo do etanol apresentou déficits de memória de trabalho, revertidos pelo MFD, mas não por RBX. (Cont. 73,28±4,75, Et 43,53±4,65, MFD+Et 60,57±1,92, RBX+Et 54,63±2,80). No Campo Aberto, o grupo do etanol teve hipoatividade motora, o que foi mitigado por MFD e RBX (Cont. 93,59±6,38, Et 66,52±5,87, MFD+Et 98,14±9,23, RBX+Et 77,3±7,68) No Claro-Escuro, o grupo do etanol mostrou comportamento ansiogênico, permanecendo menos tempo no claro, o que foi revertido pela RBX. (Cont. 149±5,99, Et 115,4±4,27, MFD+Et 120,1±6,81, RBX+Et 149,1±2,55). No Plus-Maze, o grupo etanol apresentou comportamento ansiogênico, revertido pela RBX, mas não pelo MFD (Cont. 88,06±12,52, Et 50,53±5,99, MFD+Et 39,86±12,00, RBX+Et 86,29±9,49). No Nado-Forçado, o grupo do etanol teve um comportamento depressivo que não foi melhorado por MFD ou RBX (Cont. 74,17±23,43, Et 141,8±19,3, MFD+Et 178,9±12,43, RBX+Et 118,5±18,25). Concluímos que camundongos lesados por etanol no período neonatal apresentam déficits de atenção e memória que são adequadamente revertidos por MFD. A RBX permanece como droga de segunda escolha, principalmente em casos onde existem comorbidades como ansiedade. |
Abstract: | Attention Deficit and Hyperactivity Disorder (ADHD) is a neurobehavioral disorder that affects between 3 - 5% of scholar-aged children. The disorder is characterized by inattention, hyperactivity and impulsivity. Children exposed to alcohol during pregnancy may exhibit hyperactivity, language and learning deficits. Dopamine and Norepinephrine seem to have an important role in the pathophysiology, which is confirmed by the response to psychostimulants, which increase the availability of these neurotransmitters in the synaptic cleft. The psychostimulant Methylphenidate is the gold-standard in the treatment of ADHD. Non-stimulant medications, such as norepinephrine reuptake inhibitor Reboxetine are gaining space as an alternative in the treatment of ADHD. In rats, when ethanol is given during the period of brain development, it may cause pre-frontal circuits’ dysfunction and abnormal dopaminergic transmission. The aim of this work is to evaluate the behavioral effects (attention, memory, motor activity, anxiety and depression) of Methylphenidate (MPH) and Reboxetine (RBX) in an experimental model of attention deficit induced by ethanol in mice. Male and female Swiss mice on the post-natal day 10 were injected with ethanol (2 x 2,5g/kg, s.c., 6 h-interval) or saline (same volume). On post-natal day 30, behavioral testing was started (T-maze, Y-maze, passive avoidance, forced swim test, open field, plus maze and dark/light box). The subjects received either MPH (2,5mg/kg) or RBX (10 mg/kg) p.o, 30 minutes before each test session. There were no histopathologic changes in cerebral cortex of mice that received ethanol. In the T-maze, ethanol subjects had significant attention deficits, taking a longer time to learn, but these were reversed by MPH and RBX (Cont. 1,5±0,32, Et 7,18±0,32, MPH+Et 3,14±0,88, RBX+Et 1,55±0,33). During delayed discrimination, ethanol group had memory deficits, with fewer correct choices than controls. MPH ameliorated the deficits, but RBX did not (Cont. 25,78±0,86, Et 21,27±1,02, MPH+Et 25,14±1,03, RBX+Et 21,88±1,00). There were no deficits in aversive memory during passive avoidance test. In the Y-Maze, ethanol subjects had working memory deficits, that were mitigated MPH, but not by RBX. (Cont. 73,28±4,75, Et 43,53±4,65, MPH+Et 60,57±1,92, RBX+Et 54,63±2,80) . At the open field, ethanol subjects had motor hypoactivity that was reversed by MPH and RBX (Cont. 93,59±6,38, Et 66,52±5,87, MPH+Et 98,14±9,23, RBX+Et 77,3±7,68). At the Light/dark paradigm, ethanol subjects displayed anxious behavior, remaining more time in the dark side and this behavior was reversed by RBX only (Cont. 149±5,99, Et 115,4±4,27, MPH+Et 120,1±6,81, RBX+Et 149,1±2,55). At the Plus-Maze, ethanol subjects had an anxiogenic behavior, remaining less time in the open arms, and this effect was reversed by RBX (Cont. 88,06±12,52, Et 50,53±5,99, MPH+Et 39,86±12,00, RBX+Et 86,29±9,49). At the forced swimming test, ethanol subjects had prolonged immobility, which was not reversed by MPH or RBX (Cont. 74,17±23,43, Et 141,8±19,3, MPH+Et 178,9±12,43, RBX+Et 118,5±18,25). In conclusion, mice exposed to ethanol during brain development have attention and memory deficits that are reversed by MPH and partially by RBX. RBX may be used as a second line treatment in subjects that do not respond to stimulants or have comorbid anxiety. |
URI: | http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/2589 |
Appears in Collections: | PPGF - Dissertações defendidas na UFC |
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