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Tipo: Tese
Título : Validação de tecnologia assistiva sobre o preservativo feminino para a mulher com deficiência visual
Autor : Cavalcante, Luana Duarte Wanderley
Tutor: Rebouças, Cristiana Brasil de Almeida
Palabras clave : Pessoas com Deficiência Visual;Tecnologia;Saúde Sexual e Reprodutiva;Promoção da Saúde
Fecha de publicación : 22-mar-2016
Citación : CAVALCANTE, L. D. W. Validação de tecnologia assistiva sobre o preservativo feminino para a mulher com deficiência visual. 2016. 114 f. Tese (Doutorado em Enfermagem ) - Faculdade de Farmácia, Enfermagem e Odontologia, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2016.
Resumen en portugués brasileño: Na área da saúde sexual e reprodutiva, a falta de informações adequadas e adaptadas contribui para o aumento da vulnerabilidade da pessoa com deficiência visual em relação às doenças sexualmente transmissíveis. Alerta-se para a urgência em desenvolver métodos e materiais acessíveis a esta clientela. A tecnologia assistiva é um elemento facilitador, que pode auxiliar a pessoa com deficiência na realização de atividades, proporcionando maior independência. Objetivou-se validar a tecnologia assistiva Construir para aprender a usar o preservativo feminino para mulheres com deficiência visual. Estudo de desenvolvimento metodológico, desenvolvido em cinco instituições, localizadas em Fortaleza e Recife. Utilizou-se Pasquali como referencial metodológico. A coleta de dados foi realizada entre os meses de dezembro de 2014 a setembro de 2015. Participaram 100 mulheres com deficiência visual acima de 18 anos. A tecnologia assistiva é composta pelo Modelo do canal vaginal e as instruções de montagem e utilização do preservativo feminino em áudio. O teste piloto foi realizado antes da tecnologia ser aplicada em amostra estatisticamente significante. As participantes foram convidadas presencialmente através de visitas às instituições. Após o aceite, receberam o material necessário para construção e utilização da tecnologia. Em seguida, montaram e utilizaram a tecnologia de acordo com as instruções e responderam individualmente aos instrumentos. Os dados foram organizados em tabelas. As associações entre a escala de Avaliação de Tecnologia Assistiva e as variáveis faixa etária, tipo de deficiência, estado conjugal, escolaridade, iniciou vida sexual e uso do preservativo feminino foram analisadas pela Razão de Chances e seus IC 95% e pelos testes de Qui-Quadrado e Razão de verossimilhança. A validação da tecnologia foi realizada pelo teste binomial. As sugestões e contribuições consideradas coerentes foram acatadas e incorporadas à tecnologia. Os aspectos éticos foram respeitados conforme a Resolução 466/12, aprovado sob número 851.469. As idades das mulheres variaram de 18 a 75 anos, com 54% até 40 anos e maioria com cegueira (55%), causa da deficiência glaucoma (29%), não casada (62%), cursou ensino médio (64%) e têm renda familiar de até dois salários mínimos (58%). A maioria das mulheres iniciou vida sexual (81%), fez exame ginecológico nos últimos três anos (83%) e relatou já ter apresentado corrimento vaginal (49%). A totalidade das mulheres já conhece o preservativo feminino mesmo que só de ouvir falar, entretanto apenas 11% já o utilizou em relações sexuais. Todos os itens apresentaram concordância adequada ≥ 72% (p<0,0001). A maioria das mulheres (81%) conseguiu montar e utilizar a tecnologia de forma independente. As principais melhorias realizadas na tecnologia foram: acrescentar metade de uma folha de papel ofício para substituir o saco plástico; colocar as ligas nas esponjas antes de formar o tubo; substituir o tamanho 15x15cm, pelo tamanho de uma mão aberta, pois nem todas tem acesso a uma régua adaptada para saber os centímetros; alterar a instrução que pede para formar um oito com o anel menor, visto que muitas não conhecem o oito, devido em Braille ser diferente; e substituir algumas palavras/expressões. Conclui-se que a tecnologia assistiva Construir para aprender a usar o preservativo feminino para mulheres com deficiência visual foi validada e é uma estratégia válida de promoção e educação em saúde sexual para a mulher com deficiência visual.
Abstract: In the area of ​​sexual and reproductive health, the lack of adequate and adapted information contributes to the increased vulnerability of the person with visual impairment in relation to sexually transmitted diseases. Alert to the urgent need to develop methods and materials accessible to this clientele. Assistive technology is an enabler element that can help the person with disabilities in carrying out activities, providing greater independence. This study aimed to validate the assistive technology Build to learn how to use the female condom for women with visual impairment. methodological development study, conducted in five institutions located in Fortaleza and Recife. Pasquali was used as a methodological framework. Data collection was carried out between the months of December 2014 to September 2015. Participants 100 women with visual disabilities over 18 years. Assistive technology consists of the Model of the vaginal canal and the assembly instructions and use of the female condom in audio. The pilot test was conducted before the technology is applied to a statistically significant sample. Participants were invited in person by visiting the institutions. After acceptance, they received the necessary materials for construction and use of technology. Then, the technology mounted and used according to the instructions and individually answered the instruments. Data were organized in tables. The associations between Assistive Technology Assessment Scale and the variables age, disability, marital status, education, started sex life and female condom use were analyzed by odds ratio and its 95% and by the Chi-tests square and likelihood ratio. The validation of the technology was conducted by the binomial test. The suggestions and contributions to be coherent were accepted and incorporated into the technology. The ethical aspects were respected under Resolution 466/12, approved under number 851469. The ages of the women ranged from 18 to 75 years, with 54% up to 40 years and most with blindness (55%), because of glaucoma disability (29%), unmarried (62%) attended high school (64%) and they have a family income of up to two minimum wages (58%). Most women started sex life (81%), did gynecological examination in the past three years (83%) and reported having presented vaginal discharge (49%). Most of the women already know the same female condom that only hearsay, but only 11% have used it in sex. All items were in satisfactory agreement ≥ 72% (p <0.0001). Most women (81%) could assemble and use independently technology. The main improvements made in technology were added half a craft paper to replace the plastic bag; placing the alloy in sponges before forming the tube; replace the size 15x15cm, the size of an open hand, as not all have access to appropriate rule to know the centimeters; change the statement asking to form a figure eight with the smaller ring, as many do not know the eight, due in Braille to be different; and replace some words / expressions. It is concluded that assistive technology Build to learn how to use the female condom for women with visual impairment has been validated and is a valid strategy for the promotion and education on sexual health for women with visual impairment.
URI : http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/16671
Aparece en las colecciones: DENF - Teses defendidas na UFC

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