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Tipo: Dissertação
Título: Tocando em frente... Cultura camponesa e apropriação dos recursos no assentamento Ingá/Facundo – Parambu - Ceará
Autor(es): Lima, Anna Erika Ferreira
Orientador: Sampaio, José Levi Furtado
Palavras-chave: Camponês;Cultura;Apropriação;Geografia agrária;Paysan;Culture;Appropriation;Géographie agraire;Reforma agrária;Camponeses - Parambu (CE);Assentamentos humanos;Cultura popular - Parambu (CE)
Data do documento: 2008
Citação: LIMA, Anna Erika Ferreira. Tocando em frente... Cultura camponesa e apropriação dos recursos no assentamento Ingá/Facundo – Parambu - Ceará. 2008. 192 f. Dissertação (mestrado) - Universidade Federal do Ceará, Pró-Reitoria de Pesquisa de Pós-Graduação, Programa Regional de Pós-Graduação em Desenvolvimento em Meio Ambiente - PRODEMA, Fortaleza-CE, 2008.
Resumo: Embora possua origens remotas, a questão agrária se materializa como um debate persistente no início do século XXI. Mesmo diante de consideráveis transformações econômicas, sociais e políticas, o que se percebe no Brasil e no mundo é a vitalidade da luta por terra e da demanda por reforma agrária, via resistência e superação das adversidades postas aos camponeses. Logo, resultantes tanto da história de vida, como dos costumes, os camponeses expressam suas formas de apropriação por meio das tradições culturais ou costumes campesinos. Eles lançam um olhar orientado pelas necessidades, seus conhecimentos e seu saber fazer, para conseguirem a soberania alimentar, superação e recriação. Nesse contexto, objetivou-se realizar um estudo sociocultural sobre os camponeses do assentamento Ingá/Facundo desde 1981 até 2006, considerando as formas de apropriação dos recursos e a influência dos costumes sobre essas práticas, considerando as transformações sociais ocorridas nesse espaço. Assim, para se alcançar tal objetivo, inicialmente, vislumbrou-se apreender o estudo do campesinato dentro do viés sociocultural que remete à compreensão da cultura sob a ótica do materialismo histórico, no qual a dialética é uma das concepções essenciais para se compreender os processos existentes nesse assentamento. Daí o motivo de se estudar autores da Geografia, da Antropologia e das Ciências Ambientais, posto que esses auxiliaram no descortinar dos “segredos íntimos” da vida campesina sertaneja, da relação terra – trabalho – família, não sob a égide da tão profanada idéia de que o camponês sertanejo é um homem sofrido, mas sim de sujeitos sociais que se utilizam de exemplos de vida, ensinamentos, perdas e vitórias para irem “Tocando em Frente” suas vidas e ensinamentos. No mais, sem buscar uma conceituação fechada, pré-estabelecida do ser camponês, afirmamos que esses sujeitos estão constantemente recriando-se, não só por conta do seu próprio processo histórico, mas também por terem a ciência de que suas histórias são expressões de luta, memórias e fatos, que sempre ratificam sua cultura de vida, recorrendo continuamente ao passado, que lhes permite a construção de um saber próprio, transmitido aos filhos, e que possibilita uma cultura própria, evidenciando o ininterrupto tocar em frente que é a vida do camponês.
URI: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/16190
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