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Tipo: Dissertação
Título: Desempenho e resistência imunológica do camarão Litopenaueus vannamei alimentado com uma dieta rica em B-1, 3/1,6-glucano e ácido L-ascórbico-2-monofosfato frente ao vírus da mionecrose infecciosa (IMNV)
Título em inglês: Performance and immune resistance Litopenaueus vannamei shrimp fed a diet rich in B-1, 3 / 1,6-glucan and L-ascorbic acid-2-monophosphate front of infectious myonecrosis virus (IMNV)
Autor(es): Sabry Neto, Hassan
Orientador: Nunes, Alberto Jorge Pinto
Palavras-chave: Camarão - Criação;Litopenaeus vannamei;Carcinicultura
Data do documento: 2007
Instituição/Editor/Publicador: http://www.teses.ufc.br/
Citação: SABRY NETO, Hassan. Desempenho e resistência imunológica do camarão Litopenaueus vannamei alimentado com uma dieta rica em B-1, 3/1,6-glucano e ácido L-ascórbico-2-monofosfato frente ao vírus da mionecrose infecciosa (IMNV). 2007. 66 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Marinhas Tropicias) - Instituto de Ciências do Mar - LABOMAR, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2007.
Resumo: Desde 2002 que um novo agente patogênico denominado de Vírus da Mionecrose Infecciosa (IMNV) vem causando significativas perdas econômicas em fazendas de camarão na Região Nordeste do Brasil. Ao contrário dos vertebrados, os camarões não possuem um sistema imunológico com memória adaptativa, no entanto possuem um sistema imune inato, apresentando respostas de defesa menos complexas. O presente estudo teve como objetivo determinar a eficácia de uma dieta com dosagens elevadas de ácido L-ascórbico-2-monofosfato (VitC) em combinação com um ß-1,3/1,6-glucano (BetG) sobre a sobrevivência, o crescimento e as respostas imunológicas do camarão Litopenaeus vannamei desafiado com o IMNV. O estudo foi realizado em 30 tanques de 500 l, operados com água clara e submetidos a aeração e renovação de água constante. Camarões com 2,58 ± 0,39 g foram povoados com 100 animais/m2 e cultivados por um período de 10 semanas. O desenho experimental foi composto por três tratamentos e três controles. Para cada tratamento foram designados cinco tanques, assim denominados: Ref, IMNV negativo e ração comercial; Neg e Pos, IMNV negativo e positivo respectivamente, alimentados com uma ração experimental contendo níveis normais de ácido L-ascórbico-2-monofosfato (VitC, 250 mg/kg) e sem ß-1,3/1,6-glucano; VitC, (IMNV positivos, alimentados com uma ração experimental contendo 1.160 mg/kg de ácido L-ascórbico-2-monofosfato), VitCBetG, (IMNV positivos, alimentados com uma ração experimental contendo 1.160 mg/kg de VitC e 600 mg/kg de BetG); e, BetG, (IMNV positivos, alimentados com uma ração experimental contendo 600 mg/kg de ß- 1,3/1,6-glucano e níveis normais de VitC). As rações experimentais foram fabricadas em laboratório e a infecção dos camarões se deu através da administração per os de tecido infectado por IMNV (1,82 x 103 copias de IMNV/μl RNA) durante três dias consecutivos, duas vezes ao dia. O desafio per os teve início no 27º dia de exposição dos camarões às rações, quando os animais alcançaram entre 4,93 g e 6,92 g. A contagem total de hemócitos (CTH), a concentração de proteínas totais do soro e a atividade específica da enzima fenoloxidase (PO) foram avaliadas no L. vannamei dois dias antes do desafio oral (27º dia de cultivo), 17 dias após o desafio per os (48º dia de cultivo) e na despesca (70º dia de cultivo). Os camarões cultivados foram efetivamente contaminados com o IMNV. Embora mortalidades de 100% não tenham sido observadas, os animais mostraram-se altamente susceptíveis ao vírus 29 dias após o primeiro dia do desafio. Na despesca, os camarões alcançaram um peso entre 9,07 ± 1,48 g (BetG) e 11,11 ± 1,86 g (Pos). A sobrevivência variou de um mínimo de 22,8 ± 4,9% (VitC) a um máximo de 69,5 ± 5,7% (Ref). O ganho de peso dos camarões foi progressivo e o crescimento semanal variou de 0,56 g no 14º dia de cultivo para 0,77 g na última semana, não havendo diferença estatística significativa entre tratamentos. A sobrevivência decresceu ao longo do cultivo, independente do tratamento adotado. A CTH apresentou um aumento em todos os tratamentos após o desafio per os com IMNV (i.e., 17 dias após), entretanto nem todos foram significativos. Neste dia de amostragem, um maior número de células/mm3 foi observado nos tratamentos voluntariamente infectados, os quais alcançaram uma menor sobrevivência final de camarões (Pos e VitC). Igualmente, o tratamento não infectado, Ref, também exibiu um aumento significativo na CTH no período de pós-infecção viral. De um modo geral, a concentração protéica do soro dos camarões e a atividade relativa da enzima fenoloxidase não se alteraram ao longo do cultivo ou entre os tratamentos avaliados. Através do presente estudo pode-se concluir que a inclusão de 600 mg/kg de ß-1,3/1,6- glucano em uma dieta para o camarão L. vannamei proporcionou um aumento significativo na sobrevivência da espécie quando exposto ao IMNV. Ao contrário, a inclusão de 1.160 mg/kg de ácido L-ascórbico-2-monofosfato em dietas para espécie infectada com IMNV não resultou em um maior crescimento ou sobrevivência da espécie. No presente estudo, não foram detectados indícios de fadiga imunológica ou diminuição no crescimento da espécie quando exposta de forma contínua a uma dieta contendo 600 mg/kg de ß-1,3/1,6-glucano.
Abstract: Since 2002, a new pathogen agent named Infectious Myonecrosis Virus (IMNV) has been causing significant economical losses in shrimp farms in NE Brazil. Contrary to vertebrates, shrimp do not possess an immunological system with an adaptative memory. However, they are equipped with an innate immune system with less complex defense responses. The present study aimed at determining the efficacy of high dosages of L-ascorbyl 2-monophosphate acid (VitC) in combination with a ß-1,3/1,6-glucan (BetG) on the survival, growth and immune responses of the shrimp Litopenaeus vannamei challenged with IMNV. The study was conducted in 30 tanks of 500 l, operated with clear water conditions and constant water renewal and aeration. Shrimp of 2.58 ± 0.39 g were stocked at 100 animals/m2 and reared for 10 weeks. The experimental design consisted of three treatments and three controls. Five tanks were designated for each treatment and control, as follows: Ref, IMNV- (IMNV negative) fed a commercial feed; Neg and Pos, IMNV- and IMNV+ (IMNV positive), fed an experimental feed with normal levels of L-ascorbyl 2-monophosphate (VitC, 250 mg/kg) deprived of BetG; VitC, IMNV+, fed an experimental feed with 1,160 mg/kg of VitC; VitCBetG, IMNV+, fed an experimental feed with 1,160 mg/kg of VitC and 600 mg/kg of BetG; and, BetG, IMNV+, fed an experimental feed with 1,000 mg/kg of BetG and normal levels of VitC. Experimental feeds were manufactured with laboratory equipment, while shrimp viral challenge occurred through oral administration of IMNV+ inoculum (1.82 x 103 copies of IMNV/μl RNA) during three consecutive days, twice a day. Per os challenge began on the 27th day of exposure to the experimental feeds when animals had reached between 4.93 g and 6.92 g in body weight. The total haemocyte count (THC), the total protein concentration and the relative activity of the phenoloxidase enzyme (PO) were evaluated in L. vannamei two days prior to the oral challenge (27th day of rearing), 17 days after the challenge (48th day of rearing) and at harvest (70th day of rearing). Reared shrimp were effectively contaminated with IMNV. Although 100% mortalities were not observed, animals were highly susceptible to the virus 29 days after the first day of infection. At harvest, shrimp reached a body weight between 9.07 ± 1.48 g (BetG) and 11.11 ± 1.86 g (Pos). Survival varied from a minimum of 22.8 ± 4.9% (VitC) to a maximum of 69.5 ± 5.7%. Shrimp body weight gains were continuous with weekly growth ranging from 0.56 g on the 14th day of culture to 0.77 g in the last week of culture. Shrimp weekly growth did not vary statistically between treatments. Survival reduced throughout the culture period, regardless of the treatment adopted. The THC showed a significant increase in all treatments after the per os challenge with IMNV (i.e., 48th day of culture). On this sampling day, the highest number of cells/mm3 were observed in treatments that were voluntarily challenged with IMNV, which were the ones that achieved the lowest final shrimp survival (Pos and VitC). Similarly, the non-challenged treatment (Ref) also displayed a significant increase in THC during the post-infection viral period. In general, the protein concentration and the relative activity of the phenoloxidase activity in shrimp serum did not change significantly throughout the culture period or between treatments. By this study it can be concluded that an inclusion of 600 mg/kg of ß- 1,3/1,6-glucan in a diet for the shrimp L. vannamei provided a significant increase in the species survival when exposed to IMNV. Conversely, the inclusion of 1,160 mg/kg of L-ascorbyl 2-monophosphate acid in diets for this species infected with IMNV did not result in a better growth or survival. In the present study, no signs of immunological fatigue or a detriment in growth could be detected when the species was continually exposed to a diet containing 600 mg/kg of ß-1,3/1,6-glucan.
URI: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/1314
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