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Tipo: Dissertação
Título: "Não vamos mais nos esconder": identidade-metamorfose-emancipação de uma bixa preta e suas implicações sexuais, raciais e regionais
Título em inglês: "We're not going to hide anymore": the identity-metamorphosis-emancipation of a black queer and its sexual, racial and regional implications
Autor(es): Pires, Anderson Moraes
Orientador: Lima, Aluísio Ferreira de
Palavras-chave em português: Bixas pretas;Identidade-metamorfose-emancipação;Reconhecimento;Interseccionalidade;Psicologia social crítica
Palavras-chave em inglês: Black-queer;Identity-metamorphosis-emancipation;Recognition;Intersectionality;Critical social psychology
CNPq: CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::PSICOLOGIA
Data do documento: 2023
Citação: PIRES, Anderson Moraes. "Não vamos mais nos esconder": identidade-metamorfose-emancipação de uma bixa preta e suas implicações sexuais, raciais e regionais. 2023. 137 f. Dissertação (Mestrado em Psicologia) - Programa de Pós-Graduação em Psicologia, Centro de Humanidades, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2023.
Resumo: Nesta dissertação, inserida na Linha de Pesquisa Subjetividade e Crítica do Contemporâneo do Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Universidade Federal do Ceará, discutimos como estão ocorrendo os processos de metamorfose e reconhecimento identitário de homossexuais negros, especialmente daqueles que se autodenominam como bixas pretas. Especificamente, discutimos acerca das construções e negociações da identidade em determinados momentos da vida, como na adolescência e na adultez; e, conhecemos as implicações de raça, gênero, sexualidade e região, de modo interseccional, nos processos identitários. Nosso interesse se deu a partir de contextos que tentam normatizar políticas de identidades fundadas na cis-heterossexualidade-branca. Interrogamo-nos: O que é das bixas pretas ou quem são elas, já que as políticas de identidade, sejam as que se referem ao gênero e/ou sexualidade, sejam as que se referem à raça, dizem que elas não são nem o centro e nem a margem? Se tais políticas dizem o que as bixas pretas são (que não são humanos), o que é possível ser além de não-humanos? Acreditamos que as bixas pretas têm de enfrentar os próprios corpos como inimigos em potencial e, por efeito, ter as elaborações identitárias dificultadas quando são reconhecidas por identidades pressupostas. Isto é, apesar das violências que atingem as identidades, há processos de enfrentamento, de resistência, de vida. Para o desenvolvimento da pesquisa, alicerçados nos estudos sobre identidade da Psicologia Social Crítica, tivemos a narrativa de história de vida Wendi como condutora das nossas reflexões e críticas ao contemporâneo. A entrevista realizada com Wendi, ocorrida em uma plataforma digital, orientou-se pela pergunta “Quem é você?”, sem uma estruturação de roteiro e/ou questionário. Nas análises e discussões, tivemos de considerar os aspectos históricos, sociais e culturais da vida de nosso colaborador, além de usar a interseccionalidade como uma ferramenta. Optamos por organizar as análises dos processos identitários conforme as personagens vividas por Wendi. Ao longo do texto, articulamos conceitos empreendidos nos campos dos estudos sobre questões raciais, de gênero e de sexualidade que nos ajudaram, junto ao nosso referencial teórico, destacar não só os processos de subalternização, marginalização e violência que cercam as experiências de bixas pretas, mas os modos de vida que resistem, emancipam-se e disputam possibilidades de uma vida digna, que pode ser vivida.
Abstract: In this dissertation, which is part of the Subjectivity and Critique of the Contemporary research line of the Graduate Program in Psychology at the Federal University of Ceará, we discuss how the processes of metamorphosis and identity recognition of black homosexuals, especially those who call themselves “bixas pretas”, are taking place. Specifically, we discuss the construction and negotiation of identity at certain moments in life, such as adolescence and adulthood; and we learn about the intersectional implications of race, gender, sexuality and region in identity processes. We are interested in contexts that try to normalize identity policies based on white cis-heterosexuality. We asked ourselves: What are black queers or who are they, since identity politics, whether they refer to gender and/or sexuality or race, say that they are neither the center nor the margin? If such policies say what bixas pretas are (that they are not human), what is it possible to be other than non-human? We believe that bixas pretas have to face their own bodies as potential enemies and, as a result, have their identity elaborations hindered when they are recognized by presupposed identities. In other words, despite the violence that affects identities, there are processes of resistance, of life. In order to carry out the research, based on the studies on identity from Critical Social Psychology, we used Wendi's life story narrative as a conduit for our reflections and criticisms of the contemporary world. The interview with Wendi, which took place on a digital platform, was guided by the question “Who are you?”, without a structured script and/or questionnaire. In the analysis and discussions, we had to consider the historical, social and cultural aspects of our collaborator's life, as well as using intersectionality as a tool. We chose to organize the analyses of identity processes according to the characters Wendi experienced. Throughout the text, we articulate concepts from the fields of racial, gender and sexuality studies that have helped us, together with our theoretical framework, to highlight not only the processes of subalternization, marginalization and violence that surround the experiences of bixas pretas, but also the ways of life that resist, emancipate and dispute the possibilities of a dignified life that can be lived.
URI: http://repositorio.ufc.br/handle/riufc/75552
Tipo de Acesso: Acesso Aberto
Aparece nas coleções:PPGP - Dissertações defendidas na UFC

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