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Tipo: Tese
Título: Avaliação do fenótipo craniofacial e perfil de erupção dentária em crianças com a síndrome congênita do Zika Vírus
Autor(es): Chaves Filho, Francisco César Monteiro
Orientador: Fonteles, Cristiane Sá Roriz
Palavras-chave: Infecção por Zika virus;Erupção Dentária;Fenótipo;Dente Canino;Dente Molar
Data do documento: 2023
Citação: CHAVES FILHO, F. C. M. Avaliação do fenótipo craniofacial e perfil de erupção dentária em crianças com a síndrome congênita do Zika Vírus. 2023. Tese (Doutorado em Odontologia) - Faculdade de Farmácia, Odontologia e Enfermagem, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2023. Disponível em: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/71039. Acesso em: 01 mar. 2023.
Resumo: A presente tese tem seus objetivos divididos em dois capítulos. O capítulo 1 objetivou avaliar o fenótipo craniofacial de crianças portadoras da síndrome congênita do Zika vírus (SCZV) em comparação às crianças clinicamente saudáveis através da fotoantropometria da face. Participaram do estudo 63 crianças com SCZV (9,70 ± 3,2 meses de idade) e 31 controles saudáveis (8,67 ± 6,2 meses de idade). Utilizou-se os testes estatísticos t de Student, Pearson e curva ROC, sendo considerado p<0,05, e software Statistical Packcage for the Social Sciences (SPSS®). Sete dos 15 índices apresentaram diferença entre os grupos: altura média facial/referência facial horizontal (p = 0,0003), distância interalar/referência facial horizontal (p = 0,0027), profundidade da raiz nasal/altura média facial (p = 0,0030), comprimento nasal posterior/altura média facial (p = 0,0002), posição vertical da orelha/altura média facial (p<0,0001), comprimento da orelha/altura média facial (p = 0,0005), altura do queixo/altura facial total (p<0,0001), que mostrou uma alta sensibilidade e especificidade no diagnóstico da SCZV. Dessa forma, podemos concluir que o aumento do índice de altura do queixo das crianças com SCZV forneceu um potencial diagnóstico preciso para a síndrome. Além disso, elas apresentam as faces largas e curtas, distância intercantal diminuída, comprimento nasal posterior curto, raiz nasal proeminente, asas nasais largas e orelhas altas e longas. O capítulo 2 teve como objetivo avaliar a cronologia e a sequência de erupção dos pacientes acometidos com a SCZV, verificando influência da condição sistêmica da síndrome com o processo eruptivo. Foi avaliado o perfil de erupção de 58 crianças diagnosticadas com a SCZV por um período de 26 meses. Utilizou-se os testes estatísticos t de Student e Pearson, sendo considerado p<0,05, e software Statistical Packcage for the Social Sciences (SPSS®). A erupção do primeiro dente decíduo foi com 15,9 ± 6,3 meses após o seu nascimento, e o tempo de erupção necessário para se completar a primeira dentição dessas crianças foi de 17,2 meses, não havendo diferença entre os sexos. As contraturas congênitas aumentam a idade de erupção dos incisivos laterais inferiores (p = 0,001). O perímetro craniano ao nascer apresentou correlação negativa com a erupção do primeiro molar superior (p = 0,036). A sequência de erupção foi iniciada com o incisivo central, incisivo lateral, primeiro molar, canino e finalizada com o segundo molar. Conclui-se que as crianças portadoras da SCZV necessitam de, aproximadamente, o dobro de tempo para a erupção do primeiro dente, mas há preservação da sequência de erupção quando comparada com os estudos de crianças saudáveis descritos na literatura. Esse achado pode ser alterado pelo comprimento do perímetro craniano ao nascer e pela presença de contraturas congênitas. Diante disso, é de suma importância o conhecimento do fenótipo craniofacial e do perfil de erupção dentária das crianças portadoras da SCZV para a elaboração de medidas preventivas, interceptativas e/ou corretivas necessárias para garantir a integridade morfofuncional dos pacientes acometidos, promovendo assim uma melhoria na qualidade de vida dessas crianças.
Abstract: This thesis has its objectives divided into two chapters. Chapter 1 aimed to evaluate the craniofacial phenotype of children with congenital Zika virus syndrome (SZC) in comparison with clinically healthy children through face photoanthropometry. Sixty-three children with SZC (9.70 ± 3.2 months old) and 31 healthy controls (8.67 ± 6.2 months old) participated in the study. Student's t, Pearson and ROC curve statistical tests were used, considering p<0.05 and the Statistical Packcage for the Social Sciences (SPSS®) software. Seven of the 15 indices differed between groups: mean facial height/horizontal facial landmark (p = 0.0003), interalar distance/horizontal facial landmark (p = 0.0027), nasal root depth/mean facial height (p = 0.0030), posterior nasal length/mean facial height (p = 0.0002), vertical ear position/mean facial height (p <0.0001), ear length/mean facial height (p = 0.0005) , chin height/total facial height ( p<.0001) which showed a high sensitivity and specificity in the diagnosis of SZC. Thus, we can conclude that the increase in the chin height index of children with SZC provided a potentially accurate diagnosis for the syndrome. In addition, they have wide and short faces, reduced intercanthal distance, short posterior nasal length, prominent nasal root, wide nasal wings and tall and long ears. Chapter 2 aimed to evaluate the chronology and sequence of eruption of patients affected with SZC, verifying the influence of the systemic condition of the syndrome with the eruptive process. The eruption profile of 58 children diagnosed with SZC was evaluated over a period of 26 months. The t-student and Pearson statistical tests were used, considering p<0.05 and the Statistical Packcage for the Social Sciences (SPSS®) software. The eruption of the first deciduous tooth was 15.9 ± 6.3 months after birth and the eruption time required to complete the first dentition of these children was 17.2 months, with no difference between genders. Congenital contractures increase the age of eruption of lower lateral incisors (p=0.001). Head circumference at birth was negatively correlated with upper first molar eruption (p = 0.036). The eruption sequence started with the central incisor, lateral incisor, first molar, canine and ending with the second molar. It is concluded that children with SZC need approximately twice the time for eruption of the first tooth, but preservation of the eruption sequence when compared with studies of healthy children described in the literature. This finding can be altered by the length of the cranial perimeter at birth and by the presence of congenital contractures. In view of this, knowledge of the craniofacial phenotype and tooth eruption profile of children with SZC is of paramount importance for the elaboration of preventive, interceptive and/or corrective measures necessary to guarantee the morphofunctional integrity of the affected patients, thus promoting an improvement in the quality of care. these children's lives.
URI: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/71039
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