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http://repositorio.ufc.br/handle/riufc/63036
Tipo: | Tese |
Título: | Potencial antibacteriano e antioxidante de extratos aquosos das folhas da aroeira-do-sertão (Myracrodruon urundeuva Allemão) e sua aplicação como conservante natural em queijo frescal ultrafiltrado |
Título em inglês: | Antibacterial and antioxidant potencial of aqueous extracts of aroeira-do-sertão leaves (Myracrodruon urundeuva Allemão) and its application as a natural preservative in fresh ultrafiltered cheese |
Autor(es): | Ferreira, Maria Jaiana Gomes |
Orientador: | Figueiredo, Evânia Altina Teixeira de |
Coorientador: | Silva, Larissa Morais Ribeiro da |
Palavras-chave: | Compostos bioativos;Micrografia;Simulação gastrointestinal;Toxicidade;Matriz alimentar |
Data do documento: | 2021 |
Citação: | FERREIRA, Maria Jaiana Gomes. Potencial antibacteriano e antioxidante de extratos aquosos das folhas da aroeira-do-sertão (Myracrodruon urundeuva Allemão) e sua aplicação como conservante natural em queijo frescal ultrafiltrado. 2021. 140 f. Tese (Doutorado em Ciência e Tecnologia de Alimentos) - Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2021. |
Resumo: | Myracrodruon urundeuva Allemão, popularmente conhecida como “aroeira-do-sertão, é uma planta medicinal que apresenta em sua constituição diversas substâncias com propriedades bioativas apresentando, desta forma, potencial para aplicação na indústria de alimentos. Nesse contexto, o objetivo do trabalho foi avaliar o potencial antibacteriano e antioxidante de extratos aquosos das folhas da aroeira-do-sertão (Myracrodruon urundeuva Allemão) e sua aplicação como conservante natural em queijo frescal ultrafiltrado. Os extratos foram obtidos das folhas secas e frescas cultivadas de Myracrodruon urundeuva e quatro diferentes métodos de extração (decocção, infusão, maceração e turbolização). Foi realizada a identificação dos compostos bioativos e quantificação de antioxidantes, compostos fenólicos, taninos e flavonóides dos extratos e testada a atividade antibacteriana sobre Gram-positivas (Listeria monocytogenes e Staphylococcus aureus) e Gram-negativas (Salmonella Enteritidis, Escherichia coli e Pseudomonas aeruginosa) avaliando os danos celulares ocasionados pela presença dos extratos. Averigou-se a toxicidade e bioacessibilidade in vitro obtendo o percentual de compostos bioativos após digestão gastrointestinal. Para os testes de aplicação foi utilizado o queijo frescal ultrafiltrado com teor normal de gordura e light, o extrato obtido por maceração e Staphylococcus aureus. O extrato aquoso obtido por decocção das folhas de aroeira-do-sertão apresentou-se efetivo contra todos os microrganismos testados. A atividade antimicrobiana foi verificada para S. aureus e L. monocytogenes (0,2 e 0,8 mg/mL respectivamente) e para S. Enteretidis, P. aeruginosa e E. coli (6, 10 e 16 mg/mL respectivamente). Foram isolados vinte e quatro compostos secundários distribuídos em seis frações. As frações apresentaram atividade antimicrobiana sobre as bactérias Gram-positivas em baixas concentrações (0,011 e 0,095 mg/mL) e duas frações apresentaram atividade sobre bactérias Gram-negativas em concentrações mais elevadas (2,4 e 33 mg/mL). A análise de Ressonância Magnética Nuclear identificou a presença de galotaninos, ácido gálico, flavonóides, derivado da prolina (N-Metil-trans-4-hidroxi-L-prolina) e ácido quínico. Os extratos aquosos das folhas secas obtidos por decocção e maceração apresentaram os melhores rendimentos, potencial antioxidante e antimicrobiano. Os danos estruturais bacterianos causados pelos extratos foram rugosidade, perda de parede celular, extravasamento celular e mudança para L- forma. A análise de UPLC-QTOF-MSE dos extratos das folhas secas obtidos por maceração e decocção identificou treze compostos, predominando os flavonóides, taninos, ácido gálico e ácido quínico. Após a digestão gastrointestinal simulada observou-se a presença significativa de compostos bioativos apresentando potencial antioxidante, demonstrando que estes compostos podem estar acessíveis para as células do trato gastrointestinal e exercer seus benefícios à saúde no organismo. O extrato aquoso das folhas obtido por maceração mostrou-se seguro para aplicação no queijo não apresentando toxicidade nas concentrações utilizadas nos experimentos. A bioacessibilidade de compostos bioativos no queijo adicionado do extrato foi quantificada nos tempos inicial e final. O extrato apresentou potencial para uso como antibacteriano sobre S. aureus em queijo frescal ultrafiltrado com teor normal de gordura e light, obtendo mais eficiência no queijo light. Através das microscopias foi possível verificar a presença do S. aureus inoculada no queijo e atuação do extrato sobre a membrana plasmática. A presença de compostos bioativos do extrato adicionado ao queijo frescal ultrafiltrado promoveram ação antimicrobiana e antioxidante durante o armazenamento. |
Abstract: | Myracrodruon urundeuva Allemão, popularly known as “aroeira-do-sertão”, is a medicinal plant that presents in its constitution several substances with bioactive properties, thus, potential for application in the food industry. In this context, the objective of this work was to evaluate the antibacterial and antioxidant potential of aqueous extracts of the leaves of aroeira-do-sertão (Myracrodruon urundeuva Allemão) and its application as a natural preservative in ultrafiltered fresh cheese. The extracts were obtained from fresh and dry cultivated Myracrodruon urundeuva leaves and four different extraction methods (decoction, infusion, maceration and turbolization). The identification of bioactive compounds and quantification of antioxidants, phenolic compounds, tannins and flavonoids in the extracts was performed and the antibacterial activity was tested on Gram-positive (Listeria monocytogenes and Staphylococcus aureus) and Gram-negative (Salmonella Enteritidis, Escherichia coli and Pseudomonas aeruginosa) evaluating the cell damage caused by the presence of extracts. In vitro toxicity and bioaccessibility were investigated by obtaining the percentage of bioactive compounds after gastrointestinal digestion. For the application tests, ultrafiltered fresh cheese with normal fat and light content, the extract obtained by maceration and Sthaphylococcus aureus was used. The aqueous extract obtained by decoction of aroeira-do-sertão leaves was effective against all tested microrganisms. The antimicrobial activity was verified for S. aureus and L. monocytogenes (0.2 and 0.8 mg/mL respectively) and for S. Enteritidis, P. aeruginosa and E. coli (6, 10 and 16 mg/mL respectively). Twenty-four secondary compounds distributed in six fractions were isolated. The fractions showed antimicrobial activity against Gram-positive bacteria at low concentrations (0.011 and 0.095 mg/mL) and two fractions showed activity against Gram-negative bacteria at higher concentrations (2.4 and 33 mg/mL). The Nuclear Magnetic Resonance analysis identified the presence of galotannis, gallic acid, flavonoids, proline derivative (N-Methyl-trans-4-hydroxy-L-proline) and quinic acid. The aqueous extracts of dry leaves obtained by decoction and maceration showed the best yields, antioxidant and antimicrobial potential. The bacterial structural damages caused by the extracts were roughness, cell wall loss, cell extravasation and change to L-shape. The UPLC-QTOF-MSE analysis of dry leaf extracts obtained by maceration and decoction identified thirteen compounds, predominantly flavonoids, tannins, gallic acid and quinic acid. After simulated gastrointestinal digestion, the significant presence of bioactive compounds with antioxidant potential was observed, demonstrating that these compounds can be accessible to the cells of the gastrointestinal tract and exert their health benefits in the body. The aqueous extract of the leaves obtained by maceration proved to be safe for application in cheese, not showing toxicity at the concentrations used in the experiments. The bioaccessibility of bioactive compounds in cheese added with the extract was quantified in the initial and final times. The extract showed potencial for use as an antibacterial against S. aureus in ultrafiltered fresh cheese with normal fat and light content, obtaining more efficiency in light cheese. Through microscopy it was possible to verify the presence of S. aureus inoculated in the cheese and the action of the extract on the plasma membrane. The presence of bioactive compounds from the extract added to ultrafiltered fresh cheese promoted antimicrobial and antioxidant action during storage. |
URI: | http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/63036 |
Aparece nas coleções: | DTA - Teses defendidas na UFC |
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