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Tipo: Dissertação
Título: A relação sujeito-objeto em Jean Piaget: uma análise à luz da ontologia do ser social
Autor(es): Fraga, Regina Coele Queiroz.
Orientador: Jimenez, Maria Susana Vasconcelos
Palavras-chave: Epistemologia;Equilíbrio;Socialização
Data do documento: 2005
Citação: FRAGA, Regina Coele Queiroz. A relação sujeito-objeto em Jean Piaget: uma análise à luz da ontologia do ser social. 2005. 98f. -Dissertação (Mestrado)- Universidade Federal do Ceará, Programa de Pós-Graduação em Educação. 2005.
Resumo: O presente trabalho resulta de uma investigação bibliográfica acerca da relação sujeito-objeto em Jean Piaget. Começamos por expor o caminho pelo qual chegamos a nos interessar por esse objeto, identificado quando da nossa prática educativa. Nossa pesquisa enriquece-se com a visita aos Archives Jean Piaget em Genebra-Suíça, e com uma investigação sobre fatos histórico-pedagógicos que, em nossa forma de compreensão, além de localizar nosso estudo como parte da história da educação brasileira, demonstram sua relevância. A leitura imanente em Piaget, significa, metodologicamente, tomar sua síntese como referência, sem adentrarmos às diversas teorias filosóficas e epistemológicas das quais o autor lança mão no desenvolvimento da Epistemologia Genética. Essa forma escolhida por nós na qualidade de pesquisadora, foi a única possível, dados, o tempo disponível e a vasta literatura com a qual Piaget dialoga em sua obra. Nossas conclusões, são que, as teorias psicogenéticas contemporâneas, sobretudo quando têm referência em Piaget, asseveram que o conhecimento sobre as coisas é produto do relacionamento de interpretação e recriação estabelecida entre capacidades orgânicas do sujeito e o ambiente social. Para compreendermos a relação entre sujeito e objeto da proposta piagetiana, quando no plano da individualidade do sujeito, buscamos compreender como nosso Autor estabelece a relação de continuidade que o ato de conhecer toma necessária desde o conhecimento mais elementar que, no caso, é possível no estádio sensório-motor, até o conhecimento mais avançado, lógico-matemático - esse último, possível graças à fase de desenvolvimento chamado formal. No plano da sociedade, investigamos como sucede a lógica coletiva e aí os fatores individuais e interindividuais. Fazemos, portanto, da relação sujeito-objeto na teoria piagetiana, tanto em sua análise da ontogênese como das relações sociais. Os resultados aos quais chegamos são que, a Epistemologia Genética reforça a alienação, no sentido que naturaliza as relações sociais e seus resultados científicos. Não dizemos que seu conteúdo é inválido, queremos dizer, no entanto, que sua validade está identificada com a sociedade capitalista, pois, sua pretensa neutralidade, não questiona as condições objetivas como determinantes epistemológicos, e constitui um sistema que elege a forma verdadeira de conhecimento como sendo aquela referendada pelas coletividades, concebidas em seu interior como possuidoras de um modus operandi tendente ao equilíbrio.
URI: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/49101
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