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Tipo: Dissertação
Título: Fatores de risco para recorrência do carcinoma hepatocelular após transplante hepático
Título em inglês: Risk factors for hepatocellular carcinoma recurrence after liver transplantation
Autor(es): Costa, Paulo Everton Garcia
Orientador: Garcia, José Huygens Parente
Palavras-chave: Carcinoma Hepatocelular;Fatores de Risco;Transplante de Fígado
Data do documento: 2014
Citação: COSTA, Paulo Everton Garcia. Fatores de risco para recorrência do carcinoma hepatocelular após transplante hepático. 2014. 118 f. Dissertação (Mestrado em Cirurgia) - Universidade Federal do Ceará. Faculdade de Medicina, Fortaleza, 2014.
Resumo: O carcinoma hepatocelular (CHC) é o mais frequente tumor primário maligno do fígado, com incidência mundial anual de mais de um milhão de casos, sendo responsável por pelo menos 500.000 mortes por ano. Em torno de 90 % a 95 % dos tumores estão associados à cirrose. O transplante hepático (TH) é uma modalidade de tratamento curativo para o CHC. Entretanto, a recorrência do CHC após o TH é o principal obstáculo ao sucesso deste tratamento. O objetivo deste estudo foi avaliar os fatores de risco para recorrência de carcinoma hepatocelular após a realização de TH. Foram realizados 664 transplantes de fígado entre maio de 2002 e abril de 2012, no Hospital Universitário Walter Cantídio, da Universidade Federal do Ceará (HUWC – UFC), dos quais 140 casos em pacientes com diagnóstico de CHC. Foi realizado um estudo analítico, descritivo, retrospectivo e longitudinal deste grupo de pacientes, analisando os fatores de risco para a recorrência de CHC após o TH. As variáveis analisadas foram: sexo, idade, tipo sanguíneo, etiologia da cirrose, nível de alfa-fetoproteína, métodos diagnósticos de imagem, critérios de Milão, tempo entre o diagnóstico do CHC e a realização do TH, tempo em lista de espera para o TH e características anatomopatológicas do tumor no explante. O CHC foi mais frequente em homens com idade média de 56 anos, infectados pelo vírus da hepatite C. A taxa de recorrência do carcinoma hepatocelular após o transplante de fígado foi de 8,57% e ocorreu mais frequentemente nos dois primeiros anos após o transplante, tendo como local mais comum o enxerto hepático. Concluiu-se que o tempo de permanência em lista de transplante acima de 7,8 meses, a presença de mais de 3,5 nódulos no explante, o tumor excedendo os critérios de Milão, o nível de Alfa-fetoproteína acima de 1000 ng/ml e a presença de invasão microvascular são fatores de risco independentes para recorrência de carcinoma hepatocelular após a realização do transplante hepático.
Abstract: Hepatocellular carcinoma (HCC) is the most frequent primary liver tumor, with annual worldwide incidence of over one million cases, accounting for at least 500,000 deaths per year. The majority of cases of HCC occur in the setting of liver cirrhosis. Liver transplantation (LT) is a curative treatment modality for HCC. However the recurrence of HCC after LT is the main obstacle to the success of this treatment. The aim of this study was to evaluate the risk factors for recurrence of hepatocellular carcinoma after conducting LT. In this retrospective, descriptive and analytical study, between May 2002 and April 2012, were conducted 664 liver transplantations (LT) at HUWC – UFC, among which 140 LT were performed in patients with HCC. The risk factors of HCC recurrence after liver transplantation were analysed. The variables analyzed were: sex, age, blood type, etiology of cirrhosis, alpha-fetoprotein level, diagnostic imaging, Milan criteria, time from diagnosis of HCC and the realization of LT, time on the waiting list for the LT and pathological tumor characteristics in explant. The tumor was more frequent in men with an average age of 56 years, infected with hepatitis C virus. The rate of HCC recurrence after LT was 8, 57 % and occurred more often in the first two years after transplantation, with the liver graft being the most common site. In conclusion, independent risk factors for carcinoma hepatocellular recurrence after liver transplantation were: time in the LT waiting list above 7,8 months, liver number nodules over 3.5 nodules, tumors exceeding the Milan criteria, level of alphafetoprotein above 1000 ng/ml and presence of micro-vascular invasion.
URI: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/8317
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