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Tipo: Tese
Título: Avaliação do Continence App® para prevenção de incontinência urinária em usuárias do sistema suplementar de saúde: um estudo multimétodos
Autor(es): Lopes, Lia Gomes
Orientador: Vasconcelos, Camila Teixeira Moreira
Palavras-chave em português: Incontinência Urinária;Período Pós-Parto;Aplicativos Móveis
Palavras-chave em inglês: Urinary Incontinence;Postpartum Period;Mobile Apps
CNPq: CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::ENFERMAGEM
Data do documento: 2025
Citação: LOPES, Lia Gomes. Avaliação do Continence App® para prevenção de incontinência urinária em usuárias do sistema suplementar de saúde: um estudo multimétodos. 2025. Tese (Doutorado em Enfermagem) - Faculdade de Farmácia, Odontologia e Enfermagem, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2025. Disponível em: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/ 83097. Acesso em: 16 out. 2025.
Resumo: A Incontinência Urinária (IU) é um sintoma comum e impactante, especialmente no período gravídico-puerperal, fase crítica para estratégias de prevenção e tratamento. Este estudo teve como objetivo avaliar a eficácia e a experiência de uso do aplicativo móvel Continence App® entre usuárias do sistema suplementar de saúde no pós-parto. Trata-se de um estudo de métodos mistos com abordagem sequencial explanatória, conduzido em duas clínicas privadas com 137 gestantes, divididas em grupo controle (GC: n=72) e grupo intervenção (GI: n=65). Na primeira fase, foi realizado um ensaio clínico randomizado. O grupo intervenção utilizou o aplicativo, enquanto o controle recebeu apenas o acompanhamento de rotina. Foram incluídas gestantes a partir do segundo trimestre, excluindo-se menores de 18 anos, mulheres com doenças neurológicas, histórico de IU, ou comprometimento cognitivo. Critérios de descontinuidade incluíram parto instrumental, recém-nascido em UTI neonatal, recémnascido pequeno para a idade gestacional e não atendimento após cinco tentativas de contato. A coleta de dados foi feita via Google Forms, utilizando os instrumentos ICIQFLUTS, ICIQ-SF, um questionário de Conhecimento, Atitude e Prática (CAP) sobre IU, além de dados sociodemográficos e obstétricos. Na segunda fase, foi realizada uma análise qualitativa com entrevistas telefônicas com participantes do grupo intervenção selecionadas aleatoriamente. A análise quantitativa foi feita no SPSS e a qualitativa no MAXQDA. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFC (parecer nº 4.651.582). Na linha de base, os grupos foram semelhantes quanto ao CAP e sintomas urinários, exceto pelo maior impacto da IU de urgência no grupo controle (GC=1,58; GI=0,42; p=0,037). No desfecho, os escores totais de CAP foram semelhantes, mas o grupo intervenção teve maior percentual de conhecimento adequado (GI: 88,2%; GC: 70%; p=0,000), enquanto o controle apresentou maior atitude adequada (GC: 88,2%; GI: 55%; p=0,028). Não houve diferença significativa na ocorrência ou impacto das queixas urinárias entre os grupos. A análise intragrupo revelou redução significativa do conhecimento no grupo controle (p=0,008). A análise qualitativa identificou que a baixa adesão ao aplicativo foi justificada pela falta de tempo, ausência de sintomas urinários, e priorização de demandas do puerpério, como os cuidados com o bebê. Apesar disso, o aplicativo foi bem avaliado pelas usuárias. Os achados sugerem que a percepção de suscetibilidade e os contextos de saúde interferem diretamente na adesão a intervenções preventivas. A combinação dos métodos permitiu uma compreensão mais completa dos resultados. Contudo, limitações como o curto tempo de acompanhamento e a baixa adesão dificultaram a verificação de efeitos significativos. Entre as potencialidades estão o uso inovador de tecnologia validada e a abordagem mista. Estudos futuros devem ampliar o tempo de seguimento, diversificar a amostra e incorporar estratégias de engajamento mais eficazes. Assim, será possível explorar melhor o papel de aplicativos na promoção da saúde urinária.
Abstract: Urinary incontinence (UI) is a common and impactful symptom, especially during the pregnancy-puerperal period, which is a critical phase for prevention and treatment strategies. This study aimed to evaluate the effectiveness and user experience of the mobile application Continence App® among postpartum women in the supplementary health system. A mixed-methods study with an explanatory sequential design was conducted in two private clinics, involving 137 pregnant women divided into a control group (CG: n=72) and an intervention group (IG: n=65). In the first phase, a randomized clinical trial was conducted. The intervention group used the app, while the control group received only routine institutional care. Inclusion criteria involved pregnant women from the second trimester onward, and exclusions included women under 18, with neurological diseases, a history of UI, or cognitive impairment. Discontinuation criteria included instrumental delivery, newborn admission to a neonatal ICU, small-for-gestational-age newborns, and failure to answer phone contact after five attempts. Data collection was carried out via Google Forms, using the ICIQFLUTS, ICIQ-SF, a Knowledge, Attitude, and Practice (KAP) questionnaire on UI, and sociodemographic and obstetric data. The second phase consisted of a qualitative analysis based on telephone interviews with randomly selected participants from the intervention group. Quantitative analysis was performed using SPSS, and qualitative data were analyzed using MAXQDA. The study was approved by the Research Ethics Committee of UFC (approval number 4.651.582). At baseline, the groups were similar in terms of KAP and urinary symptoms, except for a higher urgency UI impact in the control group (CG=1.58; IG=0.42; p=0.037). At follow-up, total KAP scores were similar, but the intervention group showed a higher percentage of participants with adequate knowledge (IG: 88.2%; CG: 70%; p=0.000), while the control group had a higher rate of adequate attitude (CG: 88.2%; IG: 55%; p=0.028). No significant differences were observed between groups regarding the occurrence or impact of urinary symptoms. Intragroup analysis revealed a significant decrease in knowledge in the control group (p=0.008). The qualitative analysis revealed that low adherence to the app was mainly due to lack of time, absence of urinary symptoms, and prioritization of postpartum demands such as newborn care. Nonetheless, users positively evaluated the app. The findings suggest that perceived susceptibility and health context directly influence adherence to preventive interventions. The combination of methods allowed for a more comprehensive understanding of the results. However, limitations such as short follow-up time and low adherence hindered the detection of significant effects. The study’s strengths include the innovative use of a validated technology and the integration of mixed methods. Future research should consider longer follow-up periods, more diverse samples, and enhanced engagement strategies to better explore the role of apps in promoting urinary health.
URI: http://repositorio.ufc.br/handle/riufc/83097
ORCID do(s) Autor(es): https://orcid.org/0000-0002-0689-643X
Currículo Lattes do(s) Autor(es): http://lattes.cnpq.br/5336827808071271
ORCID do Orientador: https://orcid.org/0000-0003-4578-4657
Currículo Lattes do Orientador: http://lattes.cnpq.br/5810658244169447
Tipo de Acesso: Acesso Embargado
Aparece nas coleções:DENF - Teses defendidas na UFC

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