Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://repositorio.ufc.br/handle/riufc/82582
Tipo: Dissertação
Título: A loucura na antropologia de Hegel
Título em inglês: Madness in Hegel's anthropology
Autor(es): Saraiva, Guilherme José Sousa
Orientador: Utz, Konrad Christoph
Palavras-chave em português: Loucura;Antropologia;Dialética;Razão;Sujeito;Filosofia hegeliana
Palavras-chave em inglês: Madness;Anthropology;Dialectic;Reason;Subject
CNPq: CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::FILOSOFIA
Data do documento: 2025
Citação: SARAIVA, Guilherme José Sousa. A loucura na antropologia de Hegel. 2025. Dissertação (Mestrado em Filosofia) - Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2025.
Resumo: Na Antropologia, Hegel apresenta o processo de desenvolvimento dialético da alma, inserindo a loucura como um momento na lógica dialética do Espírito. Nesta pesquisa, buscaremos esmiuçar o estatuto filosófico que Hegel estabelece para a loucura, bem como sua posição sistemática na estrutura dialética da subjetividade na Antropologia. A Antropologia consiste no processo de desenvolvimento dialético da alma natural à alma efetiva, onde a alma que-sente é o momento intermediário em que ocorre a cisão interna que será então suprassumida na estrutura mediatizada da consciência racional. A loucura funciona como uma regressão da consciência racional para um abismo da indiferenciação. Por esse desvio da consciência racional, a loucura é a experiência da dialética (negação e negação da negação) sem mediação; enquanto a loucura é uma negatividade imediata, a consciência racional é uma negatividade mediatizada. A loucura, como figura dialética, é um sonhar acordado, uma abstração concreta imediata, a qual é resultado do movimento de regressão da consciência racional para um momento de indeterminação. O excesso de negatividade na loucura provoca, com isso, uma projeção e substituição da realidade pela vida de sonho inconsciente, funcionando como uma noite da razão. Nesse sentido, a loucura é uma patologia da alma enquanto ruptura das conexões com a realidade objetiva e regressão da consciência racional por meio de um excesso de negatividade não-mediatizada. O desejo, na loucura, é do âmbito de uma nostalgia que fantasia com uma unidade paradisíaca e harmônica que foi perdida, e a qual se quer reecontrar. A alma efetiva, como consciência racional e atualidade do espírito, corresponde à uma estrutura mediatizada; o hábito, que é definido como segunda natureza, é a alma natural suprassumida e autodiferenciada. O hábito, como atividade mediatizada da consciência racional constitui-se como pressuposto do tratamento da loucura. Sendo a loucura imanente à razão, ela assume um momento ontológico, enquanto possibilidade, na estrutura dialética negativa do sujeito. Nesse sentido, esta dissertação investigou o funcionamento da loucura a partir da Antropologia de Hegel, que está situada na primeira seção do Espírito Subjetivo, no terceiro volume da Enciclopédia das Ciências Filosóficas (2011), a Filosofia do Espírito.
Abstract: In Anthropology, Hegel presents the process of dialectical development of the soul, inserting madness as a moment in the dialectical logic of the Spirit. In this research, we will seek to scrutinize the philosophical status Hegel establishes for madness, as well as its systematic position in the dialectical structure of subjectivity in Anthropology. Anthropology consists of the process of dialectical development from the natural soul to the effective soul, where the feeling soul is the intermediate moment in which the internal split occurs, which will then be subsumed in the mediated structure of rational consciousness. Madness functions as a regression of rational consciousness into an abyss of undifferentiation. Due to this deviation from rational consciousness, madness is the experience of dialectics (negation and negation of negation) without mediation; while madness is an immediate negativity, rational consciousness is a mediated negativity. Madness, as a dialectical figure, is a daydream, an immediate concrete abstraction, which is the result of the regression of rational consciousness into a moment of indeterminacy. The excess negativity in madness thus provokes a projection and replacement of reality by the unconscious dream life, functioning as a night of reason. In this sense, madness is a pathology of the soul as a rupture of connections with objective reality and a regression of rational consciousness through an excess of unmediated negativity. Desire, in madness, is within the realm of a nostalgia that fantasizes about a paradisiacal and harmonious unity that was lost and which one seeks to rediscover. The effective soul, as rational consciousness and actuality of the spirit, corresponds to a mediated structure; habit, which is defined as second nature, is the subsumed and self-differentiated natural soul. Habit, as a mediated activity of rational consciousness, constitutes the prerequisite for the treatment of madness. Since madness is immanent to reason, it assumes an ontological moment, as a possibility, in the negative dialectical structure of the subject. In this sense, this dissertation investigated the functioning of madness based on Hegel's Anthropology, which is located in the first section of the Subjective Spirit, in the third volume of the Encyclopedia of Philosophical Sciences (2011), the Philosophy of Spirit.
URI: http://repositorio.ufc.br/handle/riufc/82582
Currículo Lattes do(s) Autor(es): http://lattes.cnpq.br/0171180419649377
Currículo Lattes do Orientador: http://lattes.cnpq.br/0929660698674233
Tipo de Acesso: Acesso Aberto
Aparece nas coleções:PPGFILO - Dissertações defendidas na UFC

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
2025_dis_gjssaraiva.pdf701,05 kBAdobe PDFVisualizar/Abrir


Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.