Por favor, use este identificador para citar o enlazar este ítem: http://repositorio.ufc.br/handle/riufc/82355
Registro completo de metadatos
Campo DC Valor Lengua/Idioma
dc.contributor.advisorBarros, João Paulo Pereira-
dc.contributor.authorCardoso, Rita de Cássia da Silva-
dc.date.accessioned2025-09-03T14:17:18Z-
dc.date.available2025-09-03T14:17:18Z-
dc.date.issued2025-
dc.identifier.citationCARDOSO, Rita de Cássia da Silva. Branco/a demais para ser negro/a e negro/a demais para ser branco/a: processos de racialização de juventudes que se reconhecem como pardas e periferizadas em Fortaleza (CE). 2025. 115 f. Dissertação (Mestrado em Psicologia) - Programa de Pós-Graduação em Psicologia, Centro de Humanidades, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2025.pt_BR
dc.identifier.urihttp://repositorio.ufc.br/handle/riufc/82355-
dc.description.abstractThis research investigated the processes of racialization of young people living in the outskirts of Fortaleza who self-identify as mixed-race. The guiding question of the research was: How does the process of racialization occur among young people living in the outskirts of the capital of Ceará who self-identify as mixed-race? The general objective was to analyze how the process of racialization unfolds among young people living in the outskirts of the capital of Ceará who self-identify as mixed-race. The specific objectives were: 1) To understand the narratives and meanings about being mixed-race that young people who self-recognize as such produce in their life trajectories and experiences, considering the intersectionality of race, gender, and class; 2) To discuss the role of interracial family relationships in the process of racialization of young people who recognize themselves as mixed-race; and 3) To reflect on the psychosocial effects that being recognized as mixed-race produces and the experiences of transformation of this racialization process in the life trajectories of young people in peripheral urban contexts. The research was conducted through a qualitative, inter(in)ventive, and participatory approach, grounded in a decolonial perspective and in the concept of "escrevivência" (writing-living), developed by Conceição Evaristo, as a methodological and political strategy. It was carried out with young students from a high school in Grande Bom Jardim and operationalized through two methodological devices: 1) workshops on racialization processes; 2) autobiographical interviews. The analysis of the narratives was guided by the episodic approach proposed by Kilomba (2019), valuing the meanings constructed by the embodied experiences of the participants and drawing on theoretical contributions from authors such as Frantz Fanon (sociogenesis and the psychosocial effects of racism), Achille Mbembe (coloniality and necropolitics), Lélia Gonzalez, Sueli Carneiro, and Cida Bento (race, whiteness, and Black subjectivity), Carla Akotirene (intersectionality), Neusa Santos Souza (Black identity and subjectivity), among others. This research affirms "escrevivência" (Evaristo, 2017) as an ethical and political force in denouncing racial violence and asserting other possibilities of existence for mixed-race youth from peripheral communities. The results reveal that being recognized as mixed-race is experienced as a racial identity limbo, marked by ambiguities, silences, and conflicts in family and school relationships. The narratives indicate that racial self-recognition as Black emerges from experiences of pain, exclusion, and violence, but also from collective encounters that enable racial literacy and the construction of positive meanings about Blackness. The research highlighted that the process of racialization intersects with markers of class, gender, and generation, producing psychosocial effects that encompass issues such as self-hate, but also experiences of belonging and re-existence.pt_BR
dc.language.isopt_BRpt_BR
dc.rightsAcesso Abertopt_BR
dc.titleBranco/a demais para ser negro/a e negro/a demais para ser branco/a: processos de racialização de juventudes que se reconhecem como pardas e periferizadas em Fortaleza (CE)pt_BR
dc.typeDissertaçãopt_BR
dc.description.abstract-ptbrEsta pesquisa investigou os processos de racialização de jovens residentes na periferia de Fortaleza que se autoidentificam como pardos/as. A pergunta que orientou a pesquisa foi: Como se dá o processo de racialização de jovens residentes na periferia da capital cearense que se autoidentificam como pardos/pardas? Como objetivo geral, propôs-se analisar como se dá o processo de racialização de jovens residentes na periferia da capital cearense que se auto identificam como pardos/as. Já os objetivos específicos foram esses: 1) Conhecer narrativas e sentidos sobre ser pardo/a que jovens que se autorreconhecem como tal produzem em suas trajetórias e experiências, considerando a interseccionalidade entre raça, gênero e classe; 2) Discutir o lugar das relações familiares inter-raciais no processo de racialização de jovens que se reconhecem como pardos/pardas; e 3) Refletir sobre os efeitos psicossociais que o reconhecimento como pardo/a produz e as experiências de transformação desse processo de racialização nas trajetórias de jovens inseridos em contextos urbanos periferizados .A pesquisa foi construída por meio de uma abordagem qualitativa, inter(in)ventiva e participativa, fundamentada em uma perspectiva de(s)colonial e na escrevivência, conceito elaborado por Conceição Evaristo, como estratégia metodológica e política. Foi realizada com jovens estudantes de uma escola de ensino médio no Grande Bom Jardim, e operacionalizada através de dois dispositivos metodológicos: 1) oficinas sobre processos de racialização; 2) entrevistas autobiográficas. A análise das narrativas foi orientada pela abordagem episódica proposta por Kilomba (2019), valorizando os sentidos construídos pelas experiências encarnadas dos/das participantes e ancorado-se em aportes teóricos de autores como Frantz Fanon (sociogênese e os efeitos psicossociais do racismo), Achille Mbembe (colonialidade e necropolítica), Lélia Gonzalez, Sueli Carneiro e Cida Bento (raça, branquitude e subjetividade negra), Carla Akotirene (interseccionalidade), Neusa Santos Souza (identidade e subjetividade negra), dentre outros/as. Esta pesquisa afirma a escrevivência (Evaristo, 2017) como potência ética e política na denúncia das violências raciais e na afirmação de outras possibilidades de existência para as juventudes pardas de periferia. Os resultados revelam que o reconhecimento como pardo/a é vivido como um limbo identitário racial, marcado por ambiguidades, silenciamentos e conflitos nas relações familiares e escolares. As narrativas apontam que um auto(re)conhecimento racial enquanto negro/a emerge de experiências de dor, exclusão e violência, mas também de encontros coletivos que possibilitam o letramento racial e a construção de sentidos positivos sobre a negritude. A pesquisa evidenciou que o processo de racialização se articula com marcadores de classe, gênero e geração, produzindo efeitos psicossociais que perpassam questões como o auto-ódio, mas também experiências de pertencimento e reexistência.pt_BR
dc.title.enToo white to be black and too black to be white: racialization processes of youth who identify as brown and peripheral in Fortaleza (CE)pt_BR
dc.subject.ptbrRelações raciaispt_BR
dc.subject.ptbrPesquisa participativapt_BR
dc.subject.ptbrJuventudespt_BR
dc.subject.ptbrTerritóriopt_BR
dc.subject.ptbrPsicologiapt_BR
dc.subject.enRacial relationspt_BR
dc.subject.enParticipatory researchpt_BR
dc.subject.enYouthpt_BR
dc.subject.enTerritorypt_BR
dc.subject.enPsychologypt_BR
dc.subject.cnpqCNPQ::CIENCIAS HUMANAS::PSICOLOGIApt_BR
local.author.latteshttp://lattes.cnpq.br/4393855497221217pt_BR
local.advisor.latteshttp://lattes.cnpq.br/0351156693555523pt_BR
local.date.available2025-09-03-
Aparece en las colecciones: PPGP - Dissertações defendidas na UFC

Ficheros en este ítem:
Fichero Descripción Tamaño Formato  
2025_dis_rcscardoso.pdf9,8 MBAdobe PDFVisualizar/Abrir


Los ítems de DSpace están protegidos por copyright, con todos los derechos reservados, a menos que se indique lo contrario.