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Tipo: Tese
Título: Neuroproteção fornecida por docosanoides: uma nova estratégia terapêutica no AVC isquêmico experimental
Título em inglês: Neuroprotection provided by docosanoids: a new therapeutic strategy in experimental ischemic stroke
Autor(es): Roque, Cássia Rodrigues
Orientador: Oriá, Reinaldo Barreto
Palavras-chave em português: Guias como Assunto;Acidente Vascular Cerebral;Terapia Combinada;Neuroproteção
Palavras-chave em inglês: Guidelines as Topic;Stroke;Combined Modality Therapy;Neuroprotection
CNPq: CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::FARMACOLOGIA
Data do documento: 2023
Citação: ROQUE, Cássia Rodrigues. Neuroproteção fornecida por docosanoides: uma nova estratégia terapêutica no AVC isquêmico experimental, 2023. Tese (Doutorado em Farmacologia) – Faculdade de Medicina, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2023. Disponível em: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/ 81701. Acesso em: 25 jul. 2025.
Resumo: O Acidente vascular cerebral (AVC) isquêmico agudo desencadeia alterações neurovasculares, neuroinflamatórias e sinápticas complexas. A neuroproteção para atenuar ou bloquear a cascata isquêmica e salvar o dano neuronal tem sido extensivamente explorada no tratamento do AVC isquêmico. No entanto, apesar do crescente conhecimento das caracterizações fisiológicas, mecanísticas e de imagem da penumbra isquêmica, nenhuma terapia neuroprotetora eficaz foi encontrada. Testamos a hipótese se a administração do antagonista do fator ativador de plaquetas (PAF) LAU-0901 e alguns docosanoides selecionados (DHA, NPD1, AT-NPD1 e RvD1) em monoterapia ou em associação, após a oclusão da artéria carótida média (MCAo), levaria à recuperação neurológica. Ratos Sprague-Dawley machos foram submetidos à MCAo e após o período estabelecido pela série experimental executada (entre 2 e 6 h) foi realizada a administração das substâncias. Testes de comportamento, ressonância magnética ex vivo e análise lipidômica foram conduzidos para avaliar as características da lesão. A série 1 foi dividida em três protocolos: (LAU‑0901+NPD1, 14d), (LAU‑0901+AT‑NPD1, 3d) e (LAU‑0901+DHA, 1d). Nas séries 2 e 3 foram realizados os estudos de dose-resposta e janela terapêutica, respectivamente, do LAU, NPD1 e AT-NPD1, e RvD1 e NPD1, sozinhos ou combinados e em diferentes dosagens. Na série 1 foi observado que os grupos combinados melhoraram o comportamento em comparação com os tratamentos NPD1, AT‑NPD1 ou DHA sozinhos. Os volumes totais de lesão foram reduzidos com LAU‑0901+NPD1 em 62% e LAU‑0901+AT‑NPD1 em 90% dos tratamentos versus grupos de veículos. LAU‑0901 e LAU‑0901 + DHA aumentaram a produção de mediadores lipídicos vasoativos (prostaglandinas: PGE2, PGF2‑α, 6‑ceto‑PGF1‑α e PGD2), bem como um mediador regulador inflamatório ácido hidroxioctadecadienóico. Em contraste, LAU‑0901 e LAU‑0901 + DHA diminuíram a produção de ácido 12‑hidroxieicosatetraenóico, um mediador pró‑inflamatório. Na série 2, os tratamentos com LAU e AT-NPD1 sozinhos melhoraram o comportamento em 40–42% e 20–30%, respectivamente, e LAU+AT-NPD1 em 40% em comparação com o grupo veículo. Os volumes de imagem ponderada em T2 (T2WI) foram reduzidos com todas as doses de LAU e AT-NPD1 em 73–90% e 67–83% e LAU+AT-NPD1 em 94% em comparação com o veículo. Na janela terapêutica, LAU+AT-NPD1, quando administrado em 3, 4, 5 e 6 horas, melhorou o comportamento em 50, 56, 33 e 26% e reduziu os volumes T2WI em 93, 90, 82 e 84% comparado ao veículo. Com a série 3 demonstramos que o tratamento com NPD1, RvD1 e terapia combinada fornece recuperação neurocomportamental de alto grau e diminui os volumes isquêmicos do núcleo e da penumbra mesmo quando administrado até 6 horas após o AVC. A terapia com um antagonista do receptor do fator ativador de plaquetas, LAU‑0901, e o uso de docosanoides selecionados é mais eficaz do que a terapia única, proporcionando neuroproteção sinérgica, com mediadores lipídicos pró‑homeostáticos restaurados e melhor recuperação neurológica. Em conjunto, nossos achados apoiam a terapia combinada como base para futuras terapêuticas para AVC isquêmico.
Abstract: Acute ischemic stroke triggers complex neurovascular, neuroinflammatory and synaptic changes. Neuroprotection to attenuate or block the ischemic cascade and save neuronal damage has been extensively explored in the treatment of ischemic stroke. However, despite increasing knowledge of regulatory, mechanistic, and imaging characterizations of ischemic penumbra, no effective neuroprotective therapy has been found. We tested the hypothesis whether the administration of LAU-0901 and some selected docosanoids (DHA, NPD1, AT-NPD1 and RvD1) in monotherapy or in combination, after middle carotid artery occlusion (MCAo), would lead to neurological recovery. Male Sprague-Dawley rats received were protected by MCAo and after the period established by the experimental series performed (between 2 and 6 h) the substances were administered. Behavioral tests, ex vivo MRI and lipidomic analysis were performed a few days later to assess the lesion characteristics. Series 1 was divided into three protocols: (LAU‑0901+NPD1, 14d), (LAU‑0901+AT‑NPD1, 3d) and (LAU‑0901+DHA, 1d). In series 2 and 3, dose-response and therapeutic window studies were carried out, respectively, for LAU, NPD1 and AT-NPD1, and RvD1 and NPD1, alone or combined and at different dosages. In series 1 it was observed that combinatorial groups improved behavior compared to NPD1, AT‑NPD1 or DHA treatments alone. Total lesion volumes were reduced with LAU‑0901+NPD1 by 62% and LAU‑0901+AT‑NPD1 by 90% of treatments versus vehicle groups. LAU‑0901 and LAU‑0901+DHA increased the production of vasoactive lipid mediators (prostaglandins: PGE2, PGF2‑α, 6‑keto‑PGF1‑α and PGD2), as well as an inflammatory regulatory mediator hydroxyoctadecadienoic acid. In contrast, LAU‑0901 and LAU‑0901+DHA decreased the production of 12‑hydroxyeicosatetraenoic acid, a pro‑inflammatory mediator. In series 2, LAU and AT-NPD1 treatments alone improved behavior by 40–42% and 20–30%, respectively, and LAU+AT-NPD1 by 40% compared to the vehicle group. T2-weighted image volumes (T2WI) were reduced with all doses of LAU and AT-NPD1 by 73–90% and 67–83% and LAU+AT-NPD1 by 94% compared to vehicle. In the therapeutic window, LAU+AT-NPD1, when given at 3, 4, 5, and 6 hours, improved behavior by 50, 56, 33, and 26% and included T2WI volumes by 93, 90, 82, and 84% compared to vehicle. With series 3 we demonstrated that treatment with NPD1, RvD1 and combined therapy provides high-grade neurobehavioral recovery and decreases ischemic core and penumbra volumes even when administered up to 6 hours after stroke. Therapy with a platelet activating factor receptor antagonist, LAU‑0901, and the use of selected docosanoids is more effective than therapy alone, providing synergistic neuroprotection, with restorative, prohomeostatic lipid mediators and improved neurological recovery. Taken together, our findings support combination therapy as the basis for future ischemic stroke therapies.
URI: http://repositorio.ufc.br/handle/riufc/81701
ORCID do(s) Autor(es): https://orcid.org/0000-0001-8367-2061
Currículo Lattes do(s) Autor(es): http://lattes.cnpq.br/4326173740415571
Tipo de Acesso: Acesso Aberto
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