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http://repositorio.ufc.br/handle/riufc/79976
Tipo: | Tese |
Título: | A cárie dentária no curso da vida: análise longitudinal baseada na mobilidade educacional e trajetória de renda |
Autor(es): | Filgueira, Adriano de Aguiar |
Orientador: | Teixeira, Ana Karine Macedo |
Palavras-chave em português: | Saúde Bucal;Fatores Socioeconômicos;Cárie Dentária;Estudos longitudinais |
Palavras-chave em inglês: | Oral Health;Dental Caries;Socioeconomic Factors;Longitudinal Studies |
CNPq: | CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::ODONTOLOGIA::CLINICA ODONTOLOGICA |
Data do documento: | 2025 |
Citação: | FILGUEIRA, Adriano de Aguiar. A cárie dentária no curso da vida: análise longitudinal baseada na mobilidade educacional e trajetória de renda. 2025. 81 f. Tese (Doutorado em Odontologia) - Faculdade de Farmácia, Odontologia e Enfermagem, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2025. Disponível em: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/ 79866. Acesso em: 10 mar. 2025. Disponível em: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/ 79976. Acesso em: 10 mar. 2025. |
Resumo: | A cárie dentária é considerada um problema de saúde pública e tem como principal consequência o edentulismo, que afeta principalmente os adultos e os idosos. A compreensão sobre como os eventos ao longo da vida afetam o processo saúde-doença são importantes na construção de estratégias que melhorem a qualidade de vida da população. O objetivo desse trabalho foi investigar a cárie dentária em adultos a partir da trajetória educacional intergeracional e da trajetória socioeconômica ao longo da vida. Para isso, utilizaram-se os dados da coorte de saúde bucal realizada no município de Sobral que conta com quatro ondas: 2000, 2006, 2012 e 2022, nas quais 224 pessoas participaram de todos os momentos. Quando se utiliza dados apenas de 2000 e 2022, o total da amostra foi de 275, visto que 51 sujeitos não participaram de pelo menos uma onda. Para a coleta de dados, aplicou-se um questionário estruturado e realizou-se um exame bucal seguindo a metodologia para exames epidemiológicos da OMS. Para a presente tese, dois capítulos foram construídos. O primeiro trata-se da mobilidade intergeracional educacional, no qual se construiu uma trajetória com base na escolaridade parental no ano de 2000 e no nível educacional do adulto em 2022. A variável de desfecho consistiu na quantidade de dentes cariados não tratados na última onda. A amostra foi composta por 275 adultos na faixa etária de 27 a 31 anos. Os resultados apontaram que adultos que não chegaram ao ensino médio e residiam com chefes de família analfabetos apresentaram uma maior média de dentes cariados (x̅ = 5,20; DP = 1,31) quando comparados com aqueles que conseguiram concluir o ensino médio (x̅ = 2,02; DP = 1,72) mesmo quando ajustado por renda per capita, sexo e uso de escova, creme dental e fio dental (p <0,001). Já os participantes que residiam com chefes de família com ensino fundamental completo e alcançaram o ensino médio (x̅ = 2,29; DP = 2,59) ou o ensino superior (x̅ = 1,35; DP = 1,86) apresentaram menor média de dentes cariados quando comparado com aqueles que não conseguiram alcançar o nível médio (x̅ = 4,87; DP = 5,55; p =0,01) ou o ensino superior (x̅ = 3,15; DP = 3,15; p = 0,02). O segundo capítulo utilizou como desfecho a perda dentária segundo a trajetória socioeconômica, que se baseou na quantidade de episódios de pobreza ao longo da vida. Participaram desse estudo 224 adultos. Quando comparado com o grupo que sempre apresentou o melhor tercil de renda per capita e ajustado por sexo, raça, fumo, escolaridade do chefe de família, Significant Index Caries e trajetória de uso do serviço odontológico, aqueles que experimentaram 1 ou 2 episódios de pobreza obtiveram um maior risco de perder dentes [RR = 1,48 (1,04-2,11); p = 0,029]. O risco foi ainda maior entre aqueles com 3 ou 4 episódios de pobreza [RR = 1,68 (1,10-2,57); p = 0,015). Pode-se concluir que piores trajetórias de vida e mobilidade educacional intergeracional apresentam-se como fatores de risco no desenvolvimento de cárie dentária e na perda de dentes na vida adulta. |
Abstract: | Dental caries is considered a public health problem and its main consequence is edentulism, which mainly affects adults and the elderly. Understanding how events throughout life affect the health-disease process is important in building strategies that improve the population's quality of life. The objective of this work was to investigate tooth decay in adults based on the intergenerational educational trajectory and socioeconomic trajectory throughout life. For this, we used data from an oral health cohort carried out in the municipality of Sobral, which has four waves: 2000, 2006, 2012 and 2022, in which 224 people participated at all times. When using data only from 2000 and 2022, the total sample was 275, since 51 subjects did not participate in at least one wave. For data collection, a structured questionnaire was applied and an oral examination was carried out following the WHO methodology for epidemiological examinations. For data collection, a structured questionnaire was applied and an oral examination was carried out following the WHO methodology for epidemiological examinations. For this thesis, two chapters were constructed. The first is intergenerational educational mobility, in which a trajectory was constructed based on parental education in 2000 and the adult's educational level in 2022. The outcome variable consisted of the number of decayed teeth not treated in the last wave. The sample consisted of 275 adults aged 27 to 31 years. The results showed that adults who did not reach high school and lived with illiterate heads of families had a higher average number of decayed teeth (x̅ = 5.20; SD = 1.31) when compared to those who managed to complete high school (x̅ = 2.02; SD = 1.72) even when adjusted for per capita income, gender and use of toothbrush, toothpaste and dental floss (p <0.001). Participants who lived with heads of families who had completed primary education and had completed secondary education (x̅ = 2.29; SD = 2.59) or higher education (x̅ = 1.35; SD = 1.86) had lower average number of decayed teeth when compared to those who were unable to reach secondary level (x̅ = 4.87; SD = 5.55; p =0.01) or higher education (x̅ = 3.15; SD = 3.15; p = 0.02). The second chapter used tooth loss as an outcome according to socioeconomic trajectory, which was based on the number of episodes of poverty throughout life. 224 adults participated in this study. When compared with the group that always presented the best tertile of per capita income and adjusted for sex, race, smoking, level of education of the head of the family, Significant Index Caries and trajectory of use of dental services, those who experienced 1 or 2 episodes of poverty had a higher risk of losing teeth [RR = 1.48 (1.04-2.11); p = 0.029]. The risk was even greater among those with 3 or 4 episodes of poverty [RR = 1.68 (1.10-2.57); p = 0.015). It can be concluded that worse life trajectories and intergenerational educational mobility are risk factors in the development of tooth decay and tooth loss in adult life. |
URI: | http://repositorio.ufc.br/handle/riufc/79976 |
ORCID do(s) Autor(es): | https://orcid.org/0000-0003-3656-0854 |
Currículo Lattes do(s) Autor(es): | http://lattes.cnpq.br/8371601361583136 |
ORCID do Orientador: | https://orcid.org/0000-0001-5923-1813 |
Currículo Lattes do Orientador: | http://lattes.cnpq.br/2624106157896768 |
Tipo de Acesso: | Acesso Embargado |
Aparece nas coleções: | DCOD - Teses defendidas na UFC |
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