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http://repositorio.ufc.br/handle/riufc/77641
Tipo: | Dissertação |
Título: | “Agora é tudo mato” – intervenções na cafeicultura na serra de Baturité: discursos, sujeitos e ressignificações (1967-1990) |
Autor(es): | Morais, Leonardo Noberto de |
Orientador: | Neves, Frederico de Castro |
Palavras-chave em português: | Cafeicultura;Baturité;Tradição;Trabalhadores;Experiência |
Palavras-chave em inglês: | Coffee cultivation;Tradition;Workers;Experience |
CNPq: | CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::HISTORIA |
Data do documento: | 2024 |
Citação: | MORAIS, Leonardo Noberto de. “Agora é tudo mato” – intervenções na serra de Baturité: discursos, sujeitos e ressignificações(1967-1990). 2024. 205 f. Dissertação (Mestrado em História) - Programa de Pós-Graduação em História, Centro de Humanidades, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2024. |
Resumo: | A cafeicultura na Serra de Baturité foi uma atividade agrícola e econômica relevante desde os processos de ocupação da região, no século XIX. Em torno dessa atividade foi desenvolvida uma tradição com diversos costumes, além de uma dinâmica de sobrevivência de homens e mulheres que conseguiam a sobrevivência por meio dessa cultura agrícola. As diversas etapas produtivas, principalmente a sua colheita, envolviam um contingente de pessoas e causava mobilizações sociais. Contudo, a partir da década de 1960, ocorreram novas formas de se pensar e produzir o café serrano, principalmente por meio de intervenções de caráter modernizador que modificaram essa cultura agrícola. Essas políticas foram desenvolvidas pelo Estado, representado pela figura do Instituto Brasileiro do Café – IBC, que buscou repensar e racionalizar a cafeicultura brasileira entre as décadas de 1960 e 1970, desenvolvendo novas práticas para a cafeicultura na região, inseridas em um ideal modernizador de alta produtividade, com foco na produção voltada para o capital. As modernizações na cafeicultura, serrana, contudo, não conseguiram atender as expectativas produtivas esperadas pelo Estado, o que trouxe reveses, impactos, adaptações e novos imperativos produtivos para a cultura cafeeira da região e para os sujeitos do café envolvidos, que vivenciaram profundas ressignificações em suas vidas, nos modos de sobreviver e na própria cultura cafeeira. Desta forma, este trabalho busca analisar como as intervenções na cafeicultura serrana silenciaram experiências de sujeitos ao desenvolver novos sentidos produtivos e estruturais pautados primeiramente na ideia da modernização agrícola sem levar em conta as especificidades e as experiências dos sujeitos. Também queremos compreender as dinâmicas do trabalho e dos costumes dos camponeses e camponesas envolvidos na cafeicultura no momento das intervenções. Por fim, busca-se entender como os sujeitos e a tradição cafeeira serrana se adaptaram, resistiram e ressignificaram suas dinâmicas após as intervenções, vendo também o envolvimento de novos discursos e atores sociais como o discurso ambientalista e turístico. São utilizadas fontes escritas como manuais de planejamento e estudos técnicos, assim como artigos jornalísticos e de revistas periódicas. Além disso, recorre-se a história oral e às experiências de vida de vários homens e mulheres que consideramos serem os sujeitos do café. |
Abstract: | The coffee cultivation in the Serra de Baturité has been a significant agricultural and economic activity since the region's settlement in the 19th century. Around this activity, a tradition emerged with diverse customs, alongside a survival dynamic for men and women who relied on this agricultural culture for their livelihoods. The various stages of production, particularly harvesting, involved a considerable number of people and sparked social mobilizations. However, from the 1960s onward, new approaches to thinking about and producing mountain coffee emerged, primarily through modernizing interventions that reshaped this agricultural culture. These policies were spearheaded by the State, represented by the Brazilian Coffee Institute (IBC), which aimed to rethink and rationalize Brazilian coffee farming between the 1960s and 1970s. They developed new practices for the region's coffee cultivation, driven by a modernizing ideal focused on high productivity and capital-oriented production. Nevertheless, these modernizations in mountain coffee farming failed to meet the State's productivity expectations, leading to setbacks, impacts, adaptations, and new production imperatives for the region's coffee culture and its stakeholders. This period brought profound reinterpretations to their lives, survival strategies, and the coffee culture itself. This study seeks to analyze how interventions in mountain coffee farming silenced the experiences of individuals by developing new productive and structural meanings primarily based on agricultural modernization, without considering the specificities and experiences of the stakeholders. We also aim to understand the work dynamics and customs of the rural men and women involved in coffee farming during these interventions. Lastly, we explore how stakeholders and the Serra de Baturité coffee tradition adapted, resisted, and reinterpreted their dynamics post-interventions, considering the involvement of new discourses and social actors such as environmental and tourism perspectives. The study draws on written sources like planning manuals, technical studies, journalistic articles, and periodicals. Additionally, oral history and life experiences of various men and women, whom we consider the coffee stakeholders, are crucial sources. |
URI: | http://repositorio.ufc.br/handle/riufc/77641 |
Currículo Lattes do(s) Autor(es): | http://lattes.cnpq.br/3808449528568725 |
Currículo Lattes do Orientador: | http://lattes.cnpq.br/8367224927568902 |
Tipo de Acesso: | Acesso Aberto |
Aparece nas coleções: | PPGH - Dissertações defendidas na UFC |
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Arquivo | Descrição | Tamanho | Formato | |
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