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http://repositorio.ufc.br/handle/riufc/76992
Registro completo de metadados
Campo DC | Valor | Idioma |
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dc.contributor.advisor | Rios, Kenia Sousa | - |
dc.contributor.author | Reges, Luciana Meire Gomes | - |
dc.date.accessioned | 2024-06-05T14:22:58Z | - |
dc.date.available | 2024-06-05T14:22:58Z | - |
dc.date.issued | 2024 | - |
dc.identifier.citation | REGES, Luciana Meire Gomes. “Se eu morrer e continuarem a minha luta, morro feliz”: a construção do mártir Zé Maria do Tomé (2010-2023). 2023. 227 f. Tese (Doutorado em História), Programa de Pós-Graduação em História, Centro de Humanidades, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2023. | pt_BR |
dc.identifier.uri | http://repositorio.ufc.br/handle/riufc/76992 | - |
dc.description.abstract | This thesis analyzes the social and political construction of Zé Maria do Tomé as a martyr of the socio-environmental struggle in/in Ceará. José Maria Filho was murdered near his residence, located in Chapada do Apodi, an area of intense land conflict, with twenty-five shots, on April 21, 2010. The death marked by violence of the peasant and community leader put at risk the existence and continuity of the activities of Social Movements that had their agendas aligned with the struggle flags of Zé Maria do Tomé: the expropriation of land, the contamination of water and soil due to indiscriminate use of pesticides. Death is a phenomenon made up of values and meanings, circumscribed in the social, cultural and historical situation of the subject. The murder of Zé Maria do Tomé means the death of the body. This event generates another body, marked by blood, violence, and the power of its struggles. From 2010 onwards, after the crime, there is an alignment of proposals and demands for struggles around the agencies and disputes over memories about Zé Maria do Tomé, movements such as MST (Movimentos do Sem Terra), MAB (Movimento dos Atingidos por Barragem) , Cáritas Diocesana and the CPT (Pastoral Commission for the Land – Catholic Church), teachers and students linked to UECE (State University of Ceará) and UFC (Federal University of Ceará), civil society collectives, among others, met and created a collective called M21 (Movimento 21 de Abril). This movement became a collective device that corroborated the creation of Zé Maria do Tomé as a martyr of the rural social struggle, building narratives about exemplarity and the donation of his life in favor of a greater good, thus, the fight against Agribusiness. The construction of the presence of Zé Maria do Tomé is a significant symbolic element that is affirmed in the creation of a debate agenda, in the Zé Maria do Tomé Week (10 editions), in the Pilgrimage, in Law 16820 (authored by State Deputy Renato Rosseno, which prohibits the aerial spraying of pesticides in Ceará), public spaces and offices that received their names. Zé Maria do Tomé was an important interlocutor of the conflicts experienced in the countryside, but, in death, in the making of a martyr, he became a symbol of the fight for social and environmental justice in the daily struggle for rights to land, water and life. However, death is not the end, Zé Maria gains another type of body, he becomes an image, a martyr of/for the social struggle. The death of José Maria Filho gave birth to Zé Maria do Tomé. | pt_BR |
dc.language.iso | pt_BR | pt_BR |
dc.rights | Acesso Aberto | pt_BR |
dc.title | “Se eu morrer e continuarem a minha luta, morro feliz”: a construção do mártir Zé Maria do Tomé (2010-2023) | pt_BR |
dc.type | Tese | pt_BR |
dc.description.abstract-ptbr | Esta tese analisa a construção social e política de Zé Maria do Tomé como mártir da luta socioambiental no/do Ceará. José Maria Filho foi assassinato nas proximidades de sua residência, localizada na Chapada do Apodi, espaço de intenso conflito fundiário, com vinte e cinco tiros, no dia 21 de abril de 2010. A morte, marcada pela violência, do camponês e líder comunitário colocou em risco a existência e a continuidade da atuação de Movimentos Sociais que tinham suas agendas alinhadas às bandeiras de lutas de Zé Maria do Tomé: a expropriação de terras e a contaminação das águas e do solo por uso indiscriminado por agrotóxicos. A morte é um fenômeno constituído de valores e sentidos, circunscritos na conjuntura social, cultural e histórica do sujeito. O assassinato de Zé Maria do Tomé significa a morte do corpo. Esse acontecimento gera um outro corpo, marcado pelo sangue, pela violência, pela potência de suas lutas. A partir de 2010, após o crime, há um alinhamento de propostas e demandas de lutas em torno dos agenciamentos e disputas das memórias sobre Zé Maria do Tomé: movimentos como MST (Movimentos do Sem Terra), MAB (Movimento dos Atingidos por Barragem), Cáritas Diocesana e a CPT (Comissão da Pastoral pela Terra – Igreja Católica), docentes e discentes ligados à UECE (Universidade Estadual do Ceará) e à UFC (Universidade Federal do Ceará), coletivos da sociedade civil, entre outros, reuniram-se e criaram um coletivo denominado como M21 (Movimento 21 de Abril). Esse movimento tornou-se um dispositivo coletivo que corroborou a construção de Zé Maria do Tomé como um mártir da luta social do campo, construindo narrativas sobre a exemplaridade e a doação da sua vida em prol de um bem maior: a luta contra o Agronegócio. A construção da presença de Zé Maria do Tomé é um elemento simbólico significativo que se afirma na criação de uma agenda de debates, seja na Semana Zé Maria do Tomé (10 edições), na Romaria, na Lei 16820 (de autoria do Deputado Estadual Renato Rosseno, que proíbe a pulverização aérea de agrotóxicos no Ceará), seja em espaços e repartições públicas que receberam seus nomes. Zé Maria do Tomé foi um importante interlocutor dos conflitos vivenciados no campo, mas, em morte, na construção como mártir, tornou-se um símbolo de luta pela justiça social e ambiental no enfrentamento cotidiano por direitos à terra, à água, à vida. A morte não é o fim, Zé Maria ganha outro tipo de corpo, ele se torna uma imagem, um mártir da/pela luta social. A morte de José Maria Filho fez nascer Zé Maria do Tomé. | pt_BR |
dc.subject.ptbr | Mártir | pt_BR |
dc.subject.ptbr | Morte | pt_BR |
dc.subject.ptbr | Movimentos sociais | pt_BR |
dc.subject.ptbr | Meio ambiente | pt_BR |
dc.subject.en | Martyr | pt_BR |
dc.subject.en | Death | pt_BR |
dc.subject.en | Social movements | pt_BR |
dc.subject.en | Environment | pt_BR |
dc.subject.cnpq | CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::HISTORIA | pt_BR |
local.author.orcid | https://orcid.org/0000-0002-1284-8979 | pt_BR |
local.author.lattes | http://lattes.cnpq.br/9622080976657131 | pt_BR |
local.advisor.orcid | https://orcid.org/0000-0003-0138-8433 | pt_BR |
local.advisor.lattes | http://lattes.cnpq.br/1319642653599184 | pt_BR |
local.date.available | 2024-06-05 | - |
Aparece nas coleções: | PPGH - Teses defendidas na UFC |
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Arquivo | Descrição | Tamanho | Formato | |
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