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Tipo: TCC
Título: Análise de encalhes de tartarugas-marinhas no Litoral Cearense entre 2015 e 2020
Título em inglês: Analysis of sea turtle strandings on the coast of Ceará between 2015 and 2020
Autor(es): Gois, Arthur José Cavalcante
Orientador: Rezende, Carla Ferreira
Palavras-chave: Encalhe;Tartarugas-marinhas;GTAR-Verdeluz
Data do documento: 2023
Citação: GOIS, Arthur José Cavalcante. Análise de encalhes de tartarugas-marinhas no Litoral Cearense entre 2015 e 2020. 2023. 47 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Ciências Biológicas) – Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2023.
Resumo: No Brasil, existem 5 espécies de tartarugas-marinhas: Chelonia mydas, Eretmochelys imbricata, Caretta caretta, Lepidochelys olivacea e Dermochelys coriacea. Apesar das espécies serem protegidas por lei, todas constam na Lista Vermelha da IUCN. O Instituto Verdeluz, através do projeto GTAR, realiza atividades voltadas para o estudo e a conservação destes animais, realizando monitoramentos de praia para identificar ninhos e encalhes e recebendo notificações da população sobre os mesmos. Foram registrados 322 encalhes no litoral cearense que foram tabulados com dados de data, local, espécie, cumprimento e largura curvilineos da carapaça do animal, faixa etária, sexo, estado de conservação, presença de fibropapilomatose e interação com pesca e óleo, alem de dados maregráficos cedidos pela Marinha do Brasil, como elevação média da maré, velocidade dos ventos e umidade relativa do ar. Entre Dezembro/2015 até Dezembro/2020, não houve encalhe registrado de tartaruga-de-couro, enquanto a tartaruga-verde contabilizou 203 encalhes, representando 63,04% dos registros. As fêmeas representam a maioria dos encalhes em todas as espécies (42,95%), inclusive entre os indivíduos não identificados, corroborando com a tendência das fêmeas se aproximarem da costa. A maioria dos encalhes foram classificados como em estado avançado de decomposição, o que indica mortalidade destes animais no mar antes de encalhar e dificulta a obtenção de dados. O ano com o maior número de encalhes registrados foi 2019 (41,61%), mesmo período em que houve derramamento de óleo nas praia do nordeste do Brasil. 83,3% dos encalhes de filhotes foram de tartaruga-de-pente, representando área de nidificação da espécie. Os testes de correlação indicaram uma tendência menor de encalhe para animais maiores, bem como em marés altas, mas há pouca bibliografia sobre esses temas.
Abstract: In Brazil, there are 5 species of sea turtles: Chelonia mydas, Eretmochelys imbricata, Caretta caretta, Lepidochelys olivacea, and Dermochelys coriacea. Despite being protected by law, all species are listed on the IUCN Red List. The Verdeluz Institute, through the GTAR project, carries out activities focused on the study and conservation of these animals, conducting beach monitoring to identify nests and strandings, and receiving reports from the population about them. A total of 322 strandings were recorded on the coast of Ceará, and data on date, location, species, curved carapace length and width, age range, sex, conservation status, presence of fibropapillomatosis, and interaction with fishing and oil were tabulated. Additionally, tidal data provided by the Brazilian Navy, such as average tide elevation, wind speed, and relative humidity, were included. From December 2015 to December 2020, there were no recorded leatherback turtle strandings, while the green turtle accounted for 203 strandings, representing 63.04% of the records. Females represented the majority of strandings in all species (42.95%), including unidentified individuals, corroborating the tendency for females to approach the coast. Most strandings were classified as advanced decomposition, indicating mortality at sea before stranding, making data collection difficult. The year with the highest number of recorded strandings was 2019 (41.61%), which coincided with an oil spill on the Northeast beaches of Brazil. 83.3% of the stranded hatchlings were hawksbill turtles, representing the nesting area for the species. Correlation tests indicated a lower tendency for larger animals to strand, as well as during high tides, but there is limited literature on these topics.
URI: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/73927
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