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Tipo: Dissertação
Título: Símbolos sacrificiais: o cordeiro e o pastor na narrativa Joanina
Autor(es): Oliveira, Carlos Luiz de Sousa
Orientador: Prezotto, Joseane Mara
Palavras-chave: Mimese;Bode expiatório;Sacrifício;Bíblia;Girard;Mimesis;Scapegoat;Sacrifice;Bible
Data do documento: 2023
Citação: OLIVEIRA, Carlos Luiz de Sousa. Símbolos sacrificiais: o cordeiro e o pastor na narrativa Joanina. Orientadora: Joseane Mara Prezotto. 2023. 123 f. Dissertação (Mestrado em Letras) - Programa de Pós-Graduação em Letras, Centro de Humanidades, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2023.
Resumo: Esta pesquisa abordou, a partir da teoria mimética de René Girard, os símbolos sacrificiais do Evangelho de João, nos episódios do testemunho da João Batista, das Bodas de Caná e da Purificação do Templo, com destaque para a simbologia do cordeiro e do pastor associada a Jesus pelo autor do Evangelho de João. Analisou-se a estruturação da caracterização de Jesus, simultaneamente, como Cordeiro e Pastor, isto é, como ser sacrificial e como sacerdote condutor do processo sacrificial, realizada por meio da utilização de símbolos consagrados na Escritura hebraica para se constituir uma narrativa antissacrificial. Para se compreender esse empreendimento literário, apresentamos os conceitos centrais do pensamento de René Girard: a origem mimética do desejo, o mecanismo do bode expiatório e a Bíblia como leitura crítica das práticas sacrificiais. A crítica aos processos sacrificiais é realizada, de forma completa pela Paixão. Pois, ao revelar a inocência de Jesus, institui-se novo paradigma que revela, também, a inocência de todas as vítimas sacrificiais anteriores. Por isso, o Cristianismo atinge a estrutura mantenedora das sociedades arcaicas e, em longo prazo, inviabiliza sua própria sobrevivência. O que se verificou em nosso estudo foi a utilização dos vastos recursos simbólicos-literários da Escritura hebraica, no Evangelho de João, para sustentar a inocência de Jesus, morto para aplacar uma crise social, bem como proclamar que todas as vítimas sacrificiais, desde o início do processo de humanização, eram inocentes.
Abstract: Based on the mimetic theory of René Girard, this research approached the sacrificial symbols of the Gospel of John, in the episodes of the testimony of John the Baptist, the Wedding at Cana and the Purification of the Temple, with emphasis on the symbology of the lamb and the shepherd associated with Jesus by the author of the Gospel of John. We have analyzed the structuring of the characterization of Jesus as both lamb and shepherd, that is, as sacrificial being and as priest who leads the sacrificial process, using symbols enshrined in Hebrew Scripture to constitute an anti-sacrificial narrative. To understand this literary enterprise, we present the central concepts of René Girard's thought: the mimetic origin of desire, the mechanism of the scapegoat, and the Bible as a critical reading of sacrificial practices. The critique of sacrificial processes is fully realized by Passion by revealing the innocence of Jesus, a new paradigm is instituted that also reveals the innocence of all previous sacrificial victims. Therefore, Christianity strikes at the structure that maintains archaic societies and makes its own survival impossible. What was found in our study was the use of the vast symbolic-literary resources of the Hebrew Scripture, in John's Gospel, to sustain the innocence of Jesus, killed to placate a social crisis, as well as to proclaim that all sacrificial victims, since the beginning of the humanization process, have always been innocent.
URI: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/72763
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