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Tipo: Tese
Título: Efeito antifúngico de um inibidor de tripsina de sementes de Salvia hispanica L. contra cepas de Candida spp. resistentes de interesse clínico e avaliação da toxicidade in vitro
Título em inglês: Antifungal effect of a trypsin inhibitor from seeds of Salvia hispanica L. against strains of Candida spp. resistants of clinical interest and in vitro toxicity evaluation
Autor(es): Nogueira, Francisca Cristiane
Orientador: Oliveira, Hermógenes David de
Palavras-chave: Salvia hispanica;Proteína;Candida albicans;Sinergismo;Toxicidade
Data do documento: 2023
Citação: NOGUEIRA, Francisca Cristiane. Efeito antifúngico de um inibidor de tripsina de sementes de Salvia hispanica L. contra cepas de Candida spp. resistentes de interesse clínico e avaliação da toxicidade in vitro. 2023. 86 f. Tese (Doutorado em Bioquímica) - Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2023.
Resumo: Nos últimos anos, infecções fúngicas graves causadas por Candida spp. têm aumentado consideravelmente, bem como, os episódios de resistência aos antifúngicos convencionais. Esse cenário tem provocado o aumento dos custos com tratamento hospitalar e das taxas de mortalidade dos pacientes, o que reforça a necessidade de novas estratégias terapêuticas contra a resistência microbiana. O presente estudo avaliou o potencial antifúngico de um inibidor de tripsina termoestável isolado das sementes de Salvia hispanica L. (chia), aqui denominado de ShTI, contra Candida spp. resistentes ao fluconazol e a toxicidade in vitro em células de mamíferos. Para a determinação do efeito antifúngico de ShTI (0,02 - 8,22 μM) foi realizado o ensaio de microdiluição em caldo em microplacas de 96 poços contra diferentes cepas de Candida. Tratamentos com ShTI e o antifúngico convencional fluconazol (CIM/2 a CIM/32) combinados também foram testados para avaliar um possível efeito sinérgico. Para avaliar o modo de ação, cepas de C. krusey (ATCC® 6258™) e C. albicans (cepa 1) tratadas com ShTI, foram analisadas quanto a integridade de membrana e produção de espécies reativas de oxigênio (EROs) por microscopia de fluorescência, bem como, a morfologia celular por microscopia eletrônica de varredura (MEV). A toxicidade de ShTI foi avaliada por ensaios de viabilidade (MTT) e morfologia celular e ensaio do cometa alcalino frente a cultura de fibroblastos L929, incubadas com ShTI (8,65 - 17,3 μM). Os resultados mostraram que ShTI foi capaz de inibir o crescimento de todas as cepas testadas: C. parapsilosis (ATCC® 22019), C. krusey (ATCC® 6258™) e cepas clínicas resistentes ao fluconazol: C. albicans (cepa 1 e 2), C. parapsilosis (cepa 1 e 2) e C. tropicalis (cepa 1 e 2) (CIM = 8,2 μM) e exibiu sinergismo contra C. albicans (cepa 1) (ICIF = 0,5) com alteração completa da estrutura morfológica da levedura. Além disso, ShTI promoveu um aumento da permeabilidade de membrana e a superprodução de EROs indicados por sinais de fluorescência e alterações morfológicas com a formação de poros, pseudohifas e extravasamento de fluido intracelular em células de C. krusey (ATCC® 6258™) e C. albicans (cepa 1). Além disso, ShTI não exibiu efeito cito- e genotóxico contra fibroblastos murinos nas concentrações testadas. Os resultados indicaram que ShTI é um candidato antifúngico promissor, especialmente contra espécies clínicas resistentes de C. albicans e demonstrou ser uma droga segura após ensaios toxicológicos preliminares in vitro em células de mamíferos. No entanto, tais estudos são preliminares e novos testes em modelo in vivo de infecção por Candida spp. e ensaios toxicológicos pré-clínicos serão necessários para assegurar o uso de ShTI como uma nova droga.
Abstract: In recent years, serious fungal infections caused by Candida spp. have increased considerably, as well as episodes of resistance to conventional antifungals. This scenario has led to increased hospital treatment costs and patient mortality rates, which reinforces the need for new therapeutic strategies against microbial resistance. The present study evaluated the antifungal potential of a thermostable trypsin inhibitor isolated from Salvia hispanica L. (chia) seeds, here called ShTI, against Candida spp. resistant to fluconazole and in vitro toxicity in mammalian cells. To determine the antifungal effect of ShTI (0.02 to 8.22 μM) a microdilution assay was performed in broth in 96-well microplates against different strains of Candida. Combined treatments with ShTI and the conventional antifungal fluconazole (MIC/2 to MIC/32) were also tested to assess a possible synergistic effect. To evaluate the mode of action, strains of C. krusey (ATCC® 6258™) and C. albicans (strain 1) treated with ShTI were analyzed for cell membrane integrity and production of reactive oxygen species (ROS) by fluorescence microscopy, and cell morphology was evaluated by scanning electron microscopy (SEM). The toxicity of ShTI was evaluated by viability (MTT) and, cell morphological assays and alkaline comet assay in L929 mouse fibroblast cell lines, incubated with ShTI (8.65 - 17.3 μM). The results showed that ShTI was able to inhibit the growth of all tested strains: C. parapsilosis (ATCC® 22019), C. krusei (ATCC® 6258™) and fluconazole resistant-clinical strains: C. albicans (strain 1 and 2), C. parapsilosis (strain 1 and 2), and C. tropicalis (strain 1 and 2) (MIC = 8 .2 μM) besides exihibiting synergism against C. albicans (strain 1), (ICIF = 0.5) with complete alteration of the yeast morphological structure. Furthermore, ShTI promoted an increase in membrane permeability, overproduction of ROS indicated by fluorescence signals. Morphological changes with the formation of pores, pseudohyphae and extravasation of intracellular fluid, with the presence of pores C. krusey (ATCC® 6258™) and C. albicans (strain 1) cells. Furthermore, ShTI did not exhibit cyto- and genotoxic effects against murine fibroblasts at the tested concentrations. Results indicated that ShTI is a promising antifungal candidate, especially against clinically resistant species of C. albicans (strain 1), and has been shown to be a safe drug after preliminary in vitro toxicological assays in mammalian cells.
URI: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/72707
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