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Tipo: Dissertação
Título: Avaliação de alterações na sinalização estrogênica e inflamatória em placentas de gestantes infectadas com o vírus SARS-CoV-2 no último trimestre de gestação: em busca de marcadores preditivos de transtornos do neurodesenvolvimento
Título em inglês: Assessment of changes in estrogen and inflammatory signaling in placentas of pregnant women infected with the SARS-CoV-2 virus in the last trimester of pregnancy: In search of predictive markers of neurodevelopmental disorders
Autor(es): Viana, Marylane da Silva
Orientador: Gaspar, Danielle Macêdo
Palavras-chave: Inflamação;Placenta;Transtornos do Neurodesenvolvimento;SARS-CoV-2
Data do documento: 16-Set-2022
Citação: VIANA, Marylane da Silva. Avaliação de alterações na sinalização estrogênica e inflamatória em placentas de gestantes infectadas com o vírus SARS-CoV-2 no último trimestre de gestação: em busca de marcadores preditivos de transtornos do neurodesenvolvimento. 2022. 59 f. Dissertação (Mestrado em Farmacologia) – Faculdade de Medicina, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2022. Disponível em: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/72430. Acesso em: 23 maio 2023.
Resumo: INTRODUÇÃO: Evidências acumuladas têm mostrado uma importante relação entre infeções virais na gravidez, especialmente pelo vírus influenza, e o risco aumentado para esquizofrenia. Não somente a presença do vírus, mas o processo inflamatório associado a este mostra-se um importante fator de risco para o surgimento de transtornos do neurodesenvolvimento. A barreira hemato-placentária é uma barreira mais permeável, em comparação à barreira hematoencefálica, permitindo a passagem para o feto de agentes infeciosos e substâncias químicas, como citocinas inflamatórias. Neste contexto, pesquisas apontam para a placenta como uma janela para o cérebro, podendo fornecer marcadores a serem utilizados na predição de transtornos neurodenvolvimentais. OBJETIVO: Avaliar possíveis alterações em alvos relacionados à sinalização estrogênica e inflamatória em placentas de gestantes infectadas com o vírus SARS-CoV-2 no último trimestre de gestação. METODOLOGIA: Foram recrutadas gestantes no último trimestre de gestação, entre a 37ª e 40ª semanas de gestação, atendidas na emergência da Maternidade Escola Assis Chateaubriand da Universidade Federal do Ceará. As gestantes com e sem suspeita de COVID-19 foram submetidas à testagem e separadas em três grupos: controle, síndrome gripal (SG – com RT-PCR negativo para COVID-19) e COVID. Após o parto foram coletadas as placentas, dissecadas e armazenadas no laboratório. Após dissecação a placenta foi dividida em face materna (FM) e fetal (FF). Até o presente momento analisamos expressão de genes de interesse em placentas de 5 gestantes por grupo através da técnica de RT-PCR para determinação de proteínas inflamatórias e relacionadas à via de sinalização do estrógeno. RESULTADOS: Todos os nascimentos foram a termo, maioria por parto cesário, nenhuma criança teve baixo peso ao nascer, maioria do sexo feminino e nenhuma teve score de apgar abaixo de 8. Os resultados da expressão gênica dos RNAm dos marcadores selecionados mostram que na FM do grupo COVID houve aumento significativo na expressão do proto-oncogene tirosina-proteína quinase (SRC), uma proteína intracelular ativada por receptores de estrógeno tendo importante papel no desenvolvimento embrionário e crescimento celular, e na FF do fator nuclear kappa B (NF-kB), um fator de transcrição para inflamação e estresse oxidativo, em relação ao controle. A interleucina (IL)-6 teve uma tendência de aumento em torno de 4 vezes em relação ao controle tanto no grupo SG como COVID. CONCLUSÃO: Os resultados obtidos apontam para a presença de alterações inflamatórias na placenta de gestações com exposição ao vírus SARS-CoV-2, bem como no caso da IL-6 também relacionado a outros vírus respiratórios, o que aponta para uma possível exposição do feto a um ambiente pró-inflamatório sendo um fator de risco para o desenvolvimento de transtornos do neurodesenvolvimento.
Abstract: INTRODUCTION: Accumulating evidence has shown a significant relationship between viral infections in pregnancy, especially the influenza virus, and increased risk for schizophrenia. Not only the presence of the virus, but the inflammatory process associated with it, is a significant risk factor for the emergence of neurodevelopmental disorders. The blood-placental barrier is more permeable than the blood-brain barrier, allowing the fetus to pass infectious agents and chemicals, such as inflammatory cytokines. In this context, research points to the placenta as a window to the brain, which may provide markers to predict neurodevelopmental disorders. OBJECTIVE: To evaluate possible changes in targets related to estrogen and inflammatory signaling in the placentas of pregnant women infected with the SARS-CoV-2 virus in the last trimester of pregnancy. METHODOLOGY: Pregnant women were recruited in the last trimester of pregnancy, between the 37th and 40th weeks of pregnancy, at the emergency room of the Federal Maternity School Assis Chateaubriand of the Federal University of Ceará. Pregnant women with and without suspected COVID-19 were tested and separated into three groups: control, flu syndrome (GS - with negative RT-PCR for COVID-19), and COVID. After delivery, placentas were collected, dissected, and stored in the laboratory. After dissection, the placenta was divided into maternal (FM) and fetal (FF) sides. So far, we have analyzed the expression of genes of interest in the placentas of 5 pregnant women per group using the RT-PCR technique to determine inflammatory proteins and proteins related to the estrogen signaling pathway. RESULTS: All births were at term, most by cesarean section, no child had low birth weight, most were female, and none had an Apgar score below 8. The results of the mRNA gene expression of the selected markers show that in FM in the COVID group, there was a significant increase in the expression of the proto-oncogene tyrosine-protein kinase (SRC), an intracellular protein activated by estrogen receptors having an important role in embryonic development and cell growth, and in the FF of the nuclear factor kappa B (NF-kB ), a transcription factor for inflammation and oxidative stress, relative to control. Interleukin (IL)-6 tended to increase around 4-fold compared to control in both the SG and COVID groups. CONCLUSION: The results obtained point to the presence of inflammatory changes in the placenta of pregnancies with exposure to the SARS-CoV-2 virus, as well as in the case of IL-6 also related to other respiratory viruses, which points to possible exposure of the fetus to a pro-inflammatory environment being a risk factor for the development of neurodevelopmental disorders.
URI: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/72430
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