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Tipo: Dissertação
Título: Bastidores da cena e liminaridade: fragmentos do encontro da imagem com o epigrama
Título em inglês: Backstage of the scene and liminality: fragments of the encounter of the image with the epigram
Autor(es): Sobreira, Caroline Veras
Orientador: Teixeira, Francimara Nogueira
Palavras-chave: Fotoepigramas;Bastidores;Teatro;Fotografia;Liminar
Data do documento: 2022
Citação: SOBREIRA, Caroline Veras. Bastidores da cena e liminaridade: fragmentos do encontro da imagem com o epigrama. 2022. 151 f. Dissertação (Mestrado em Artes) – Universidade Federal do Ceará, Instituto de Cultura e Arte, Fortaleza, 2022
Resumo: Esta pesquisa foi disparada pela relação palavra-imagem, apresentada pelos fotoepigramas de Bertolt Brecht. Presentes na obra O Abecedário da Guerra (1955), tais composições tomam texto (epigrama) e imagem (fotografia) pela dialética que se instaura entre eles, com uma polifonia gerada pela qualidade de afrontamento daí advinda. Como a dialética repousa na correspondência ou na contradição (BENJAMIN, 2006), percorremos brevemente esse confronto existente entre os dois meios, imagem e texto, para encontrar, na noção de montagem trazida por Didi-Huberman (2017), um procedimento importante para esta dissertação. Nesta pista, abrimos mão de um desenrolar histórico ou cronológico e concentramo-nos em investigar o que se desdobra dos encontros fronteiriços. Como principal base para esta discussão, o conceito de liminaridade de Ileana Dieguez (2011), cujo enfrentamento entre dois territórios sugere que suas distinções e aproximações podem ter limites borrados. Neste sentido, fotografia e poesia encontram-se, complementam-se, confrontam-se e confundem-se, visitando ou desdobrando-se em questões como memória, autorretrato, corporeidade, temporalidade, expansão e permanência/sobrevivência. Neste trabalho, os bastidores teatrais tomam a frente do palco no protagonismo da discussão teatral, por uma dimensão imagética, cujo caráter não-ficcional também mistura-se com o próprio teatro em espacialidade e ritualidade. Assim, como dispositivo autopoiético (MATURANA, 1997), recorremos a fotografias autorais, feitas por mim em bastidores teatrais ao longo de quase 15 anos. Inspirados em Brecht, entregamos ao leitor algumas fotografias e alguns poemas para que ele, em um jogo anacrônico e fragmentado, possa compor seus fotoepigramas. Nesta mesma perspectiva de obra aberta, segue a estrutura textual desta pesquisa, organizada em fragmentos que podem ser lidos fora de uma ordem fechada, também como recurso literário apto a favorecer a pluralidade e o diálogo, concedendo autonomia às partes, que são pedaços e são também totalidades em si.
Abstract: This research was triggered by the word-image relationship, presented by Bertolt Brecht's photoepigrams. Present in the work War Primer (1955), such compositions take text (epigram) and image (photography) by the dialectic that is established between them, with a polyphony generated by the quality of confrontation arising therefrom. As dialectics rests on correspondence or contradiction (BENJAMIN, 2006), we briefly covered this existing confrontation between the two media, image and text, to find, in the notion of montage brought by Didi-Huberman (2017), an important procedure for this dissertation. On this track, we give up a historical or chronological development and focus on investigating what unfolds in border encounters. As the main basis for this discussion, Ileana Dieguez's concept of liminality (2011), whose confrontation between two territories suggests that their distinctions and approximations may have blurred limits. In this sense, photography and poetry meet, complement, confront and confuse each other, visiting or unfolding in issues such as memory, self-portrait, corporeity, temporality, expansion and permanence/survival. In this work, the theatrical backstage takes the front of the stage in the protagonism of the theatrical discussion, through an imagery dimension, whose non-fictional character also mixes with the theater itself in spatiality and rituality. Thus, as an autopoietic device (MATURANA, 1997), we resort to authorial photographs, taken by me in theatrical backstage over almost 15 years. Inspired by Brecht, we deliver to the reader some photographs and some poems so that he, in an anachronistic and fragmented game, can compose his photoepigrams. In this same perspective of an open work, the textual structure of this research follows, organized into fragments that can be read out of a closed order, as a literary resource capable of favoring plurality and dialogue, granting autonomy to the parts, which are pieces and are also totalitarian in themselves.
URI: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/71435
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