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Tipo: Dissertação
Título: Uso do Aloe vera no modelo de autismo induzido por ácido valpróico em ratos Wistar
Autor(es): Mesquita, Dara da Silva
Orientador: Aragão, Gislei Frota
Coorientador: Honário Júnior, José Eduardo Ribeiro
Palavras-chave: Aloe;Transtorno do Espectro Autista;Neuroproteção;Ácido Valpróico
Data do documento: 2023
Citação: MESQUITA, Dara da Silva. Uso do Aloe vera no modelo de autismo induzido por ácido valpróico em ratos Wistar. 2023. 89 f. Dissertação (Mestrado Acadêmico em Medicina Translacional) - Faculdade de Medicina, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2023. Disponível em: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/71385. Acesso em: 22 mar. 2023
Resumo: Pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) são afetados em diversos segmentos da vida incluindo educação, saúde, moradia, emprego, benefícios sociais e mercado de trabalho, resultando em um alto custo econômico que se estende até a fase adulta. Atualmente, não existem terapias farmacológicas definitivas ou eficazes para o TEA. A Aloe vera é uma planta utilizada como remédio popular em diversas culturas por mais de 2000 anos para tratar diversos distúrbios e doenças devido seus efeitos anti-inflamatórios, antimicrobianos e imunomoduladores. Portanto, o presente estudo tem por finalidade avaliar o efeito neuroprotetor do Aloe vera em filhotes de ratos Wistar em modelo de autismo gestacional induzido por ácido valpróico. Foram utilizados ratos Wistar de ambos os sexos, do qual foi realizado o acasalamento e administrado nas ratas o ácido valpróico 400 mg/kg ou salina no 12,5º dia de gestação. Após o desmame, os filhotes dessas matrizes foram separados em grupos e tratados com Aloe vera (100 mg/kg) ou solução salina por 28 dias. Ao término do tratamento, os animais foram submetidos aos testes de campo aberto, interação social, Y-maze e marble burying, posteriormente, o sangue, o intestino grosso, as fezes foram retirados para análises. Os resultados demonstraram que a administração do ácido valpróico causou danos relevantes quanto aos indicadores hematológicos e bioquímicos e comportamentos autista-símile do quais o tratamento via oral com Aloe vera de 100 mg/kg foi capaz de reverter a maioria destas alterações. Foi observada a reversão da perda ponderal, de alguns danos bioquímicos (ureia, HDL e fosfatase alcalina), além de agir em alguns comportamentos alterados, produzindo aumento da locomoção, reversão do comportamento repetitivo e estereotipado e melhora de interação social. Desse modo, o tratamento com o Aloe vera teve uma influência positiva, melhorando os parâmetros comportamentais e bioquímicos, reduzindo os efeitos tóxicos do ácido valpróico, sugerindo uma perspectiva positiva para tratamento de sintomas do autismo e abrindo uma nova via de estudo para utilização desse fitoterápico em transtornos mentais.
Abstract: People with Autistic Spectrum Disorder (ASD) are affected in several segments of life including education, health, housing, employment, social benefits and the labor market, resulting in a high economic cost that extends into adulthood. Currently, there are no definitive or effective pharmacological therapies for ASD. Aloe vera is a plant used as a folk remedy in several cultures for more than 2000 years to treat various disorders and diseases due to its anti-inflammatory, antimicrobial and immunomodulatory effects. Therefore, the present study aims to evaluate the neuroprotective effect of Aloe vera in Wistar rat pups in a model of gestational autism induced by valproic acid. Wistar rats of both sexes were used, which were mated and administered valproic acid 400 mg/kg or saline on the 12.5th day of pregnancy. After weaning, the offspring of these breeders were separated into groups and treated with Aloe vera (100 mg/kg) or saline solution for 28 days. At the end of the treatment, the animals were submitted to open field tests, social interaction, Y-maze and marble burying, later, the blood, the large intestine, the feces were removed for analysis. The results showed that the administration of valproic acid caused significant damage in terms of hematological and biochemical indicators and autistic-like behavior, of which oral treatment with Aloe vera 100 mg/kg was able to reverse most of these changes. The reversal of weight loss, of some biochemical damage (urea, HDL and alkaline phosphatase) was observed, in addition to acting on some altered behaviors, producing increased locomotion, reversal of repetitive and stereotyped behavior and improvement of social interaction. Thus, treatment with Aloe vera had a positive influence, improving behavioral and biochemical parameters, reducing the toxic effects of valproic acid, suggesting a positive perspective for the treatment of autism symptoms and opening a new avenue of study for the use of this herbal medicine in mental disorders.
URI: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/71385
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