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Tipo: Dissertação
Título: Busca pela padronização de um modelo animal de depressão para estudos do eixo microbiota-intestino-cérebro
Título em inglês: Pursuiting the padronization of an animal model of depression to studie the microbiota-intestine-brain axis
Autor(es): Lima, Júlia Martins de
Orientador: Miyajima, Fabio
Coorientador: Gaspar, Danielle Macedo
Palavras-chave: Modelos Animais;Depressão;Microbioma Gastrointestinal;Antidepressivos
Data do documento: 30-Nov-2022
Citação: LIMA, J. M. Busca pela padronização de um modelo animal de depressão para estudos do eixo microbiota-intestino-cérebro. 2022. 97 f. Dissertação (Mestrado em Farmacologia) – Faculdade de Medicina, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2022. Disponível em: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/70481. Acesso em: 03 fev. 2023.
Resumo: O conjunto de microrganismos intestinais e seus produtos metabólicos são reconhecidos por regular inúmeros processos fisiológicas no organismo humano, incluindo a regulação do Sistema Nervoso Central através de um chamado eixo microbiota-intestino-cérebro. Doenças neuropsiquiátricas como a depressão, e o seu tratamento, parecem estar sob grande influência desses comensais. Os modelos animais sempre tiveram grande importância nas pesquisas biomédicas e têm sido de grande serventia para estudos do eixo microbiota-intestino-cérebro. Apesar de muitos estudos demonstrarem alterações na microbiota intestinal de modelos animais de depressão, existe ainda uma grande variabilidade entre os achados. Muitas das dissimilaridades dependem de fatores como o delineamento experimental, a dieta dos animais, a natureza, o tempo e a intensidade dos protocolos de indução, a coleta de amostras, o método de extração de DNA fecal, bem como as técnicas de sequenciamento e de bioinformática utilizadas para análise da microbiota. Nesse contexto, o trabalho objetivou a padronização de um modelo animal de depressão para estudos do eixo microbiota-intestino-cérebro. Os animais foram expostos a um protocolo de Estresse Crônico Moderado Imprevisível de seis semanas e tratados oralmente com Sertralina por três semanas (10 mg/Kg). Ao final do protocolo, os animais passaram por testes comportamentais de avaliação da atividade locomotora, social, depressiva e ansiogênica. Amostras fecais foram colhidas e processadas para o sequenciamento direcionado do gene 16S rRNA. Os resultados demonstraram que o modelo proposto foi capaz de ocasionar alterações fenotípicas nos animais, mas não alterações comportamentais satisfatórias. O modelo também não se demonstrou capaz de impactar os índices de diversidade da microbiota intestinal dos animais. Dessa forma, foi concluído que o modelo não foi satisfatório para estudos do eixo microbiota-intestino-cérebro. Uma contínua busca pela padronização de modelos animais para estudos dessa natureza apresenta-se necessária, de forma a melhorar a reprodutibilidade dos trabalhos e garantir resultados mais consistentes e representativos.
Abstract: The set of intestinal microorganisms and their metabolic products are recognized by physiological regulatory activity in many processes in the human body, including the regulation of the Central Nervous System. Neuropsychiatric disorders such as depression, and their treatment, seems to be under great influence of these commensals. Although many studies demonstrate alterations in the intestinal microbiota of animal models of depression, there is still great variability among the findings. Many of the dissimilarities depend on factors such as the experimental design, the diet of the animals, the nature, time and intensity of the induction protocols, the collection of samples, the fecal DNA extraction method, as well as the sequencing and bioinformatics techniques used for microbiota analysis. In this context, the work aimed to standardize an animal model of depression for studies of the microbiota-gut-brain axis. The animals were exposed to a six-week Moderate Unpredictable Chronic Stress protocol and orally treated with Sertraline for three weeks (10 mg/Kg). At the end of the protocol, the animals underwent behavioral tests to assess locomotor, social, depressive and anxiolytic behaviour. Fecal samples were collected being processed for targeted sequencing of the 16S rRNA gene. The results showed that the proposed model was capable of causing phenotypic changes in the animals, but not behavioral changes. The model also did not prove to impact the diversity indices of the intestinal microbiota of the animals. Thus, it was concluded that the model was not satisfactory for studies of the microbiota-gut-brain axis. A continuous search for the standardization of animal models for the study of the microbiota-gut-brain axis is necessary, in order to improve the reproducibility of the works and guarantee more consistent and representative results.
URI: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/70481
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