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Tipo: Dissertação
Título: Influência da via de parto sobre os resultados perinatais de mulheres que tiveram parto prematuro
Título em inglês: Influence of the way of childbirth on results perinatais of women who had had premature childbirth
Autor(es): Ribeiro, Gilberto Gomes
Orientador: Alencar Júnior, Carlos Augusto
Palavras-chave: Trabalho de Parto Prematuro;Cesárea;Prematuro
Data do documento: 2009
Citação: RIBEIRO, G. Influência da via de parto sobre os resultados perinatais de mulheres que tiveram parto prematuro. 2009. 79 f. Dissertação (Mestrado em Tocoginecologia) - Universidade Federal do Ceará. Faculdade de Medicina, Fortaleza, 2009.
Resumo: Objetivos: avaliar a influência da via de parto sobre os resultados perinatais, em mulheres que tiveram parto prematuro (PP); avaliar características demográficas e obstétricas como determinantes da via de parto. Sujeitos e métodos: estudo transversal, a partir dos prontuários de mulheres que tiveram PP, acompanhadas no Serviço de Medicina Materno-Fetal da Maternidade-Escola Assis Chateaubriand – Universidade Federal do Ceará. Foram analisadas 195 gestantes e os 195 recém-nascidos (RNs) oriundos dessas gestações, únicas, sem complicações clínicas maternas, fetais e obstétricas, apresentando idade gestacional (IG) entre 22 e 36 semanas e seis dias e com peso fetal igual ou acima de 500 gramas. As características demográficas e obstétricas e os resultados perinatais foram avaliados na população geral e em cada grupo (partos vaginal e abdominal), sendo posteriormente comparados entre si. Para a avaliação estatística comparativa entre os dois grupos, utilizou-se o teste de Mann-Whitney. O cálculo da razão de risco ajustado foi realizado através do software SAS versão 9.1.3 e através de Regressão Logística e Multivariada. Todos foram considerados estatisticamente significantes quando p<0.05. Resultados: a maioria das gestantes (81.5%) foi admitida em trabalho de parto prematuro (TPP) ativo espontâneo e 43.1% apresentaram bolsa rota. Agentes tocolíticos e corticosteroides foram usados, respectivamente, em 41.6% e 58.3% das mulheres em pródromo de TPP e a maioria dos partos (74.4%) ocorreu por via vaginal. No momento do parto, a IG média foi 32.6 semanas. Quando os dois grupos foram comparados, o pródromo de TPP, a bolsa rota e a administração de tocolíticos e corticoides aumentaram, significativamente, o risco de cesárea (RRs 6.10, 1.64, 1.95 e 1.82, respectivamente), enquanto o TPP ativo diminuiu, significativamente, esse risco (RR 0.16, IC 95% - 0.11 a 0.25). O peso médio dos RNs foi 1873g, sendo classificados como adequados para IG em 76.7%. Necessitaram de internamento em UTI 62.1% dos casos, 21% usaram surfactante, 90.8% necessitaram de ventilação mecânica, 4.6% apresentaram tocotraumatismos e o índice de óbito neonatal foi de 8.7%. Quando se compararam os dois grupos, a cesárea aumentou, significativamente, a chance do índice de Apgar ao 5° minuto ser ≥ 7 (RR 1.06, IC 95% - 1.01 a 1.13). Após regressão logística de COX, ajustada para fatores que poderiam influenciar nos resultados perinatais, não foram observadas diferenças estatisticamente significativas entre os dois grupos. Conclusões: não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas nos resultados perinatais entre RNs de partos vaginal e abdominal de mulheres que tiveram parto prematuro. Quanto às características obstétricas, o pródromo de TPP, a bolsa rota e o uso de agentes tocolíticos e corticoides aumentaram, significativamente, o risco de cesárea, enquanto o TPP ativo diminuiu, significativamente, esse risco.
Abstract: Objectives: to evaluate the influence of route of delivery on perinatal outcomes, in women who had preterm delivery; to evaluate demographic and obstetric characteristics as determinants of mode of delivery. Subjects and methods: it is a cross-sectional study from the charts of women who had preterm delivery, followed in the Service of Maternal-Fetal Medicine of Maternidade-Escola Assis Chateaubriand – Universidade Federal do Ceará. There were analyzed 195 pregnant women and 195 newborns coming from these singleton pregnancies, without clinical maternal, fetal and obstetric complications, presenting gestational age between 22 and 36 weeks and six days and fetal weight equal or above 500 grams. Demographic and obstetric characteristics and perinatal outcomes were evaluated in the general population and in each group (vaginal and abdominal delivery), being later compared with each other. For comparative statistical analysis among the two groups, it was utilized the Mann-Whitney test. The calculation of the reason of adjusted risk was accomplished through the software SAS version 9.1.3 and through Logistical and Multinomial Regression. All were considered statistically significant when p < 0.05. Results: the majority of pregnant women (81.5%) was admitted in active spontaneous preterm labor and 43.1% had premature rupture of the membranes. Tocolytic agents and corticosteroids were used, respectively, in 41.6% and 58.3% of women in false preterm labor and most of deliveries (74.4%) happened by vaginal route. At the moment of delivery, the average gestational age was 32.6 weeks. When the two groups were compared, false preterm delivery, premature rupture of the membranes and the administration of tocolytic drugs and corticosteroids increased, significantly, the risk of cesarean section (RRs 6.10, 1.64, 1.95 e 1.82, respectively), while the active preterm delivery decreased, significantly, this risk (RR 0.16, 95% CI - 0.11 a 0.25). The mean weight of the newborns was 1873g and they were classified as appropriate for gestational age in 76.7%. They needed for admission to the intensive care unit in 62.1% of cases, 21% required surfactant, 90.8% needed mechanic ventilation, 4.6% presented neonatal injury and the index of neonatal death was 8.7%. When the two groups were compared, the cesarean section significantly increased the chance of the Apgar score at 5° minute to be ≥ 7 (RR 1.06, 95% CI - 1.01 a 1.13). After logistic regression of COX adjusted for factors that could influence perinatal outcomes, had not been observed statistically significant differences between the two groups. Conclusions: it had not been found statistically significant differences in perinatal outcomes among newborns of vaginal delivery and cesarean section in women who had preterm delivery. Regarding obstetric characteristics, false preterm delivery, premature rupture of the membranes and the use of tocolytic agents and corticosteroids increased, significantly, the risk of cesarean section while the active preterm delivery decreased, significantly, this risk.
URI: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/7012
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