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http://repositorio.ufc.br/handle/riufc/69631
Tipo: | Dissertação |
Título: | Lendo Tolstói pelas lentes de Weber e Lukács: uma análise do romance Ressurreição |
Autor(es): | Maciel, Mateus Brandão |
Orientador: | Leão, Andrea Borges |
Palavras-chave: | Tolstói;Romance;Modernidade;Lukács;Weber |
Data do documento: | 2019 |
Citação: | MACIEL, Mateus Brandão. Lendo Tolstói pelas lentes de Weber e Lukács: uma análise do romance Ressurreição. Orientadora: Andréa Borges Leão. 2019. 128 f. Dissertação (Mestrado em Sociologia) - Programa de Pós-Graduação em Sociologia, Centro de Humanidades, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2019. |
Resumo: | O objetivo do trabalho é analisar o romance Ressurreição de Liev Tolstói estabelecendo um diálogo com a sociologia de Max Weber. A relação entre os autores pode ser traçada a partir das diferenças e possibilidades de aproximação entre sociologia e literatura. Ambas são maneiras de representação da sociedade, a literatura, porém, é caracterizada por um trabalho com a forma e a ciência por seu compromisso com a explicação e compreensão da realidade empírica. A sociologia da literatura de Lukács permite um olhar sobre o trabalho literário de Tolstói com o romance, relacionando sua dimensão formal aos processos sociais. Ressurreição e o conjunto da obra de Tolstói estão intimamente relacionados ao processo de modernização sofrido pela Rússia do final do século XIX, iniciado pela abolição da servidão nos anos 1860 até a Revolução de 1905. As citações explícitas de Weber à obra de Tolstói apontam para uma leitura particular do autor e permitem traçar um diálogo entre ambos. Weber lê o romance tolstoiano na perspectiva das questões típicas de sua análise, a tensão entre a ética da responsabilidade e das finalidades últimas, o desenvolvimento da ascese e do amor acósmico e o desencantamento do mundo. Ressurreição apoia-se sobre a oposição radical entre natureza e poder. É desse ponto de vista que Tolstói analisa as instituições do Império Russo, a burocracia e a propriedade privada da terra, construindo uma narrativa de redenção que tem na revelação do Sermão da Montanha seu ápice. |
Abstract: | The aim of the paper is to analyse the novel Resurrection, written by Leo Tolstoy, establishing a dialogue with the sociology of Max Weber. It is possible to trace a connection between the author as of the differences and possibilities of approximation between sociology and literature. Both are ways of representing society, but literature is characterized by a work with form and science for its commitment to the explanation and understanding of empirical reality. Lukács's sociology of literature allows a regard to Tolstoy's literary work with the novel, relating its formal dimension to the social process. Resurrection and Tolstoy's oeuvre are closely related to the modernization process undergone by late nineteenth-century Russia, initiated by the abolition of servitude in the 1860s until the 1905 Revolution. Weber's explicit quotations of Tolstoy's work point to a particular reading of the author and allow a dialogue between them. Weber reads the tolstoyan novel from the perspective of the typical questions of his analysis, the tension between the ethics of responsibility and ultimate ends, the development of asceticism and fraternal love, and the “disenchantment of the world”. Resurrection rests on the radical opposition between nature and power. It is from this point of view that Tolstoy analyses the institutions of the Russian Empire, the bureaucracy, and the private ownership of the land, writing a narrative of redemption that meets its apex in the revelation of the Sermon on the Mount. |
URI: | http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/69631 |
Aparece nas coleções: | PPGS - Dissertações defendidas na UFC |
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