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http://repositorio.ufc.br/handle/riufc/69101
Tipo: | Tese |
Título: | "Não sei assim direito como é, eu só sei que é AIDS": incentivos e barreiras ao teste de HIV/AIDS entre profissionais do sexo |
Autor(es): | Sousa, Renata Mota Rodrigues Bitu |
Orientador: | Kerr, Ligia Regina Franco Sansigolo |
Palavras-chave: | Síndrome de Imunodeficiência Adquirida;Prostituição;Vulnerabilidade em Saúde |
Data do documento: | 2013 |
Citação: | SOUSA, Renata Mota Rodrigues Bitu. 'Não sei assim direito como é, eu só sei que é AIDS': incentivos e barreiras ao teste de HIV/AIDS entre profissionais do sexo. 2013. 156 f. Tese (Doutorado em Saúde Coletiva)-Faculdade de Medicina, Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2013. Disponível em: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/69101. Acesso em: 4 nov. 2022. |
Resumo: | O diagnóstico precoce do HIV no Brasil ainda se configura como um desafio. Estima-se que cerca de 30% das pessoas que vivem com o vírus não conhecem sua sorologia; 43% da população chega aos serviços de saúde com diagnóstico tardio, em condições clínicas já relacionadas à aids. Neste cenário, mulheres profissionais do sexo – PS - são consideradas mais vulneráveis com taxa de prevalência do HIV de 4,8%, enquanto que entre mulheres na população em geral, a prevalência é de 0,4%. Deste modo, objetivou-se compreender os incentivos e as barreiras que envolvem a realização do teste de diagnóstico do HIV entre mulheres profissionais do sexo na cidade de Fortaleza, Ceará, Brasil. Foi construída uma análise de suas realidades que buscou contribuir para redução das vulnerabilidades associadas à infecção pelo HIV/Aids. Utilizou-se abordagem qualitativa por meio da metodologia “Rapid Assessment”(RA), a partir dos pressupostos antropológicos. Realizaram-se entrevistas junto a 36 mulheres PS, observação do campo e análise de documentos. A decisão de realizar o teste de HIV é determinada pelo cruzamento de fatores individuais, sociais, programáticos, ligados às desigualdades sociais. A desconexão entre senso comum e conhecimento científico, atrelada à influência de crenças religiosas, se constituiu como barreira à realização do teste. O pré-natal se configurou como processo que possibilita a realização do teste, mas não incentiva a sua regularidade fora do período gestacional. A maioria das entrevistadas afirmou o uso contínuo do preservativo com seus clientes, no entanto, não utilizava com seus parceiros fixos. Em geral, as mulheres desejam realizar o teste, no entanto a principal barreira tem sido a dificuldade de acesso aos serviços. A integração das populações mais vulneráveis ao HIV nos serviços de saúde depende do modo de organização do sistema de saúde. Faz-se necessário considerar suas demandas e necessidades, de forma estratégica e coletiva com as próprias usuárias. |
Abstract: | Early diagnosis of HIV in Brazil still represents a challenge. It is estimated that about 30% of people living with HIV do not know their HIV status. 43% of the population comes to health services with late diagnosis in clinical conditions as AIDS-related. In this scenario, female sex workers - SW, are considered the most vulnerable, with HIV prevalence rate of 4.8%, while among women in the general population, the prevalence is 0.4%. Thus, the aim of this work was to understand what incentives and barriers that involve performing diagnostic testing of HIV among female sex workers in the city of Fortaleza, Ceará. It built an analysis of their realities which tried to contribute to the reduction of vulnerabilities associated with HIV/AIDS infection. We used a qualitative approach using the methodology "Rapid Assessment" (RA) from the anthropological presuppositions. We conducted interviews with 36 SW women, field observation, and document analysis. The decision to perform an HIV test is determined by the intersection of individual, social, programmatic factors, linked to social inequalities. The disconnection between common sense and scientific knowledge, linked to the influence of religious beliefs, constituted as a barrier to testing. The prenatal was configured as a process that enables the test but does not encourage its regularity in nonpregnant time. Most respondents spoke of continued use of condom with their clients, however, do not use it with their steady partners. Women often want to do the test, however the main barrier is the difficulty of access to services. The integration of the populations most vulnerable to HIV in health care depends on the mode of organization of the health system. It is necessary to consider their demands and needs, strategically and collectively with their users. |
URI: | http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/69101 |
Aparece nas coleções: | PPGSP - Teses defendidas na UFC |
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