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Tipo: Tese
Título: Aconselhamento por telenfermagem na função sexual de mulheres com câncer de mama: ensaio clínico randomizado
Autor(es): Ferreira, Iarlla Silva
Orientador: Fernandes, Ana Fátima Carvalho
Palavras-chave: Sexualidade;Neoplasias da Mama;Ensaio Clínico;Telemedicina;Enfermagem
Data do documento: 4-Jul-2022
Citação: FERREIRA, I. S. Aconselhamento por telenfermagem na função sexual de mulheres com câncer de mama: ensaio clínico randomizado. 2022. 97 f. Tese (Doutorado em Enfermagem) - Faculdade de Farmácia, Odontologia e Enfermagem, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2022. Disponível em: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/67290. Acesso em: 20 jul. 2022.
Resumo: Mulheres com câncer de mama (CM) apresentam diversos problemas relacionados ao funcionamento sexual, como também a imagem corporal e no relacionamento conjugal, decorrentes dos tratamentos para CM, porém, ainda possuem pouco acesso a informações ou esclarecimentos relacionados à sua função sexual. Desse modo, objetivou-se avaliar o efeito do aconselhamento por telenfermagem na função sexual de mulheres com câncer de mama em tratamento curativo. Tratar-se de um ensaio clínico randomizado, o qual seguiu os preceitos do Consolidated Standards of Reporting Trials (CONSORT), no qual foram comparados dois grupos: Grupo Controle - GC (sem intervenção) e Grupo Intervenção - GI (aconselhamento por telenfermagem), que ocorreu por meio de três aconselhamentos por telefone durante oito semanas, com intervalo de aproximadamente 15 dias. Este estudo captou pacientes que estavam em tratamento curativo em duas instituições públicaslocalizadas na Cidade de Fortaleza-CE entre agosto de 2021 e janeiro de 2022; e foi desenvolvido em quatro etapas: 1) Linha de Base; 2) Randomização; 3) Intervenção e 4) Avaliação do desfecho: logo após a intervenção (8 semanas) e com 12 semanas. Foram utilizados dois instrumentos para coleta de dados: um que contemplava as variáveis sociodemográficas, clínicas e relacionadas ao câncer de mama e o Índice da Função Sexual Feminina (FSFI). Os dados foram compilados e analisados no JASP, versão 0.15 para Mac. O estudo foi submetido nos Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos das respectivas instituições com número de parecer 4.742.687 e 4.742.687; e registrado no Registro Brasileiro de Ensaios Clínicos (RBR-1056fgjk). Foram analisadas 59 participantes, das quais 30 eram do Grupo Intervenção e 29 do Grupo Controle. A análise de variância (ANOVA) de medidas repetidas evidenciou que não houve diferença nos escores da função sexual entre o Grupo Intervenção e Grupo Controle em nenhum dos três momentos avaliados (T0, T1 e T2) (F (2) = 1,555, p = 0,216). Como também não houve diferença nos escores dos domínios sexuais: desejo (p=0,223), lubrificação (p=0,216), excitação (p=0,228), satisfação (p=0,138), orgasmo (p=0,392) e dor (0,231). Foi realizado uma Regressão Linear Múltipla incluindo as variáveis sociodemográficas, clínicas e relacionadas ao câncer de mama que apresentaram correlação significativa positiva ou negativa (número de relações sexuais/mês, refere problemas sexuais, presença de comorbidades, ter realizado tratamento anterior, idade, tempo de união, filhos em idade escolar, status da menstruação e tempo de diagnóstico) com a função sexual. A Regressão demonstrou haver uma influência significativa da quantidade de relações sexuais/mês (p<0,001) na predição dos níveis de função sexual [F(3,83) = 14,291, p<0,001, Durbin-Watson 1,990], em que a cada desvio-padrão que sobe na quantidade de relações sexuais sobe 0,44 escores nos níveis de função sexual. Concluiu-se que não houve diferença entre os níveis de função sexual ou domínios sexuais de mulheres com câncer de mama em tratamento curativo que realizaram o aconselhamento por telenfermagem com as que não realizaram. E a quantidade de relações sexuais é um fator preditor para alterações nos níveis de função sexual de mulheres com câncer de mama em tratamento curativo.
Abstract: Mulheres com câncer de mama (CM) apresentam diversos problemas relacionados ao funcionamento sexual, como também a imagem corporal e no relacionamento conjugal, decorrentes dos tratamentos para CM, porém, ainda possuem pouco acesso a informações ou esclarecimentos relacionados à sua função sexual. Desse modo, objetivou-se avaliar o efeito do aconselhamento por telenfermagem na função sexual de mulheres com câncer de mama em tratamento curativo. Tratar-se de um ensaio clínico randomizado, o qual seguiu os preceitos do Consolidated Standards of Reporting Trials (CONSORT), no qual foram comparados dois grupos: Grupo Controle - GC (sem intervenção) e Grupo Intervenção - GI (aconselhamento por telenfermagem), que ocorreu por meio de três aconselhamentos por telefone durante oito semanas, com intervalo de aproximadamente 15 dias. Este estudo captou pacientes que estavam em tratamento curativo em duas instituições públicaslocalizadas na Cidade de Fortaleza-CE entre agosto de 2021 e janeiro de 2022; e foi desenvolvido em quatro etapas: 1) Linha de Base; 2) Randomização; 3) Intervenção e 4) Avaliação do desfecho: logo após a intervenção (8 semanas) e com 12 semanas. Foram utilizados dois instrumentos para coleta de dados: um que contemplava as variáveis sociodemográficas, clínicas e relacionadas ao câncer de mama e o Índice da Função Sexual Feminina (FSFI). Os dados foram compilados e analisados no JASP, versão 0.15 para Mac. O estudo foi submetido nos Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos das respectivas instituições com número de parecer 4.742.687 e 4.742.687; e registrado no Registro Brasileiro de Ensaios Clínicos (RBR-1056fgjk). Foram analisadas 59 participantes, das quais 30 eram do Grupo Intervenção e 29 do Grupo Controle. A análise de variância (ANOVA) de medidas repetidas evidenciou que não houve diferença nos escores da função sexual entre o Grupo Intervenção e Grupo Controle em nenhum dos três momentos avaliados (T0, T1 e T2) (F (2) = 1,555, p = 0,216). Como também não houve diferença nos escores dos domínios sexuais: desejo (p=0,223), lubrificação (p=0,216), excitação (p=0,228), satisfação (p=0,138), orgasmo (p=0,392) e dor (0,231). Foi realizado uma Regressão Linear Múltipla incluindo as variáveis sociodemográficas, clínicas e relacionadas ao câncer de mama que apresentaram correlação significativa positiva ou negativa (número de relações sexuais/mês, refere problemas sexuais, presença de comorbidades, ter realizado tratamento anterior, idade, tempo de união, filhos em idade escolar, status da menstruação e tempo de diagnóstico) com a função sexual. A Regressão demonstrou haver uma influência significativa da quantidade de relações sexuais/mês (p<0,001) na predição dos níveis de função sexual [F(3,83) = 14,291, p<0,001, Durbin-Watson 1,990], em que a cada desvio-padrão que sobe na quantidade de relações sexuais sobe 0,44 escores nos níveis de função sexual. Concluiu-se que não houve diferença entre os níveis de função sexual ou domínios sexuais de mulheres com câncer de mama em tratamento curativo que realizaram o aconselhamento por telenfermagem com as que não realizaram. E a quantidade de relações sexuais é um fator preditor para alterações nos níveis de função sexual de mulheres com câncer de mama em tratamento curativo.
URI: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/67290
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