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Tipo: Dissertação
Título: Insegurança alimentar e fatores associados em pessoas que vivem com HIV/AIDS atendidas na rede pública e residentes em Fortaleza-CE
Autor(es): Costa, Lorena Nogueira Frota da
Orientador: Façanha, Mônica Cardoso
Coorientador: Vasconcelos, Cláudia Machado Coelho de
Palavras-chave: Alimentos;Segurança Alimentar;Legislação sobre Alimentos;HIV;Síndrome de Imunodeficiência Adquirida
Data do documento: 14-Dez-2021
Citação: COSTA, L. N. F. Insegurança alimentar e fatores associados em pessoas que vivem com HIV/AIDS atendidas na rede pública e residentes em Fortaleza-CE. 2022. 57 f. Dissertação (Mestrado em Saúde Pública) – Faculdade de Medicina, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2022. Disponível em: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/64816. Acesso em: 04/04/2022.
Resumo: A insegurança alimentar ocorre quando há a violação dos direitos de alimentar-se com dignidade, há a impossibilidade de acesso adequado, seguro e na quantidade suficiente à alimentos e nutrientes. Considerada como uma das principais causas de morbi mortalidade em todo mundo, a insegurança alimentar está intimamente associada à epidemia de HIV. Este trabalho tem como objetivo analisar a associação entre insegurança alimentar e fatores relacionados em pessoas que vivem com HIV/AIDS atendidas na rede pública e residentes em Fortaleza-CE. Trata-se de um estudo transversal, analítico com abordagem quantitativa. A pesquisa foi realizada com 359 pessoas com HIV/AIDS, maiores de 18 anos, em tratamento ambulatorial, atendidas na rede pública e residentes no município de Fortaleza-CE. A coleta dos dados foi realizada em três unidades de saúde, selecionados por atenderem, em conjunto, mais de 60% dos casos notificados de HIV/AIDS do município. O período da coleta foi de julho a dezembro de 2019. O diagnóstico de AIDS foi estabelecido de acordo com os critérios CDC modificado e Rio/Caracas. Para a coleta realizou-se consulta ao prontuário e entrevista com questionário estruturado. Através questionário obteve-se dados antropométricos, demográficos, socieconômicos, clínicos, epidemiológicos, de consumo alimentar e de insegurança alimentar. A classificação do estado nutricional de cada participante foi realizada através do Índice de Massa Corpórea (IMC). Para classificar o nível de insegurança alimentar ou atestar a segurança alimentar da amostra foram utilizados os critérios de avaliação da Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (EBIA). A avaliação do consumo alimentar foi através do instrumento do Sistema de Vigilância de Alimentação e Nutrição (SISVAN). Na análise estatística utilizou-se o teste de Mann-Whitney para as variáveis numéricas e o teste Exato de Fisher e Teste de Quiquadrado de Pearson para as variáveis categóricas, com nível de significância de 5% (p<0,05) e ajustes com regressão Poisson para variáveis com p<0,20. Do total de 359 pacientes entrevistados, 186 (51,5%) estavam em insegurança alimentar. O diagnóstico de insegurança esteve associado às variáveis sexo, escolaridade, renda, auxílio financeiro do governo, fonte de água da torneira, contagem de células T CD4+, realização do almoço, consumo de verduras e legumes e prática de atividade física (P<0,05). Após os ajustes com regressão Poisson, somente as variáveis sexo, renda e consumo da refeição principal, almoço, permaneceram associados ao desfecho de insegurança alimentar. A insegurança alimentar manteve-se mais prevalente entre as mulheres (RP= 1,08), nos indivíduos que recebiam menos de um salário-mínimo (RP=1,37) e de um a dois salários mínimos (RP=1,31), já naqueles que almoçavam a IA manteve-se menos prevalente (RP=0,8). Os resultados deste estudo apresenta uma elevada prevalência de insegurança alimentar para a população de pessoas que vivem com HIV/AIDS investigada. Abordar a insegurança alimentar deve tornar-se parte integrante do tratamento do HIV, consistente com o objetivo de apoiar indivíduos infectados pelo HIV no atendimento de necessidades básicas garantindo um cuidado integral, princípio do Sistema Único de Saúde (SUS).
Abstract: Food insecurity occurs when there is a violation of the right to eat with dignity, there is the impossibility of adequate, safe and sufficient access to food and nutrients. Considered as one of the main causes of morbidity and mortality worldwide, food insecurity is closely associated with the HIV epidemic. This work aims to analyze the association between food insecurity and related factors in people living with HIV/AIDS assisted in the public network and residing in Fortaleza-CE. This is a cross-sectional, analytical study with a quantitative approach. The research was carried out with 359 people with HIV/AIDS, over 18 years old, in outpatient treatment, assisted in the public network and residing in the city of Fortaleza-CE. Data collection was carried out in three health units, selected because they jointly serve more than 60% of notified cases of HIV/AIDS in the municipality. The collection period was from July to December 2019. The AIDS diagnosis was established according to the modified CDC and Rio/Caracas criteria. For data collection, medical records were consulted and a structured questionnaire was interviewed. Through a questionnaire, anthropometric, demographic, socioeconomic, clinical, epidemiological, food consumption and food insecurity data were obtained. The classification of the nutritional status of each participant was performed using the Body Mass Index (BMI). To classify the level of food insecurity or attest to the food security of the sample, the assessment criteria of the Brazilian Scale of Food Insecurity (EBIA) were used. Food consumption was assessed using the Food and Nutrition Surveillance System (SISVAN) instrument. In the statistical analysis, the Mann-Whitney test was used for numerical variables and Fisher's exact test and Pearson's chi-square test for categorical variables, with a significance level of 5% (p<0.05) and adjustments with logistic regression for variables with p<0.20. Of the 359 patients interviewed, 186 (51.5%) were food insecure. The diagnosis of insecurity was associated with the variables gender, education, income, government assistance, source of tap water, CD4+ T cell count, having lunch, consumption of vegetables and physical activity (P<0.05 ). After adjustments with Poisson regression, only the variables sex, income and consumption of the main meal, lunch, remained associated with the food insecurity outcome. Food insecurity remained more prevalent among women (PR=1.08), in individuals who received less than one minimum wage (RP=1.37) and from one to two minimum wages (RP=1.31) , in those who ate lunch, AI remained less prevalent (PR=0.8). The results of this study show a high prevalence of food insecurity for the population of people living with HIV/AIDS investigated. Addressing food insecurity must become an integral part of HIV treatment, consistent with the objective of supporting HIV-infected individuals in meeting basic needs, ensuring comprehensive care, a principle of the Unified Health System (SUS).
URI: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/64816
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