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http://repositorio.ufc.br/handle/riufc/59883
Registro completo de metadados
Campo DC | Valor | Idioma |
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dc.contributor.advisor | Martins, Karla Patrícia Holanda | - |
dc.contributor.author | Rabêlo, Fabiano Chagas | - |
dc.date.accessioned | 2021-08-09T13:46:49Z | - |
dc.date.available | 2021-08-09T13:46:49Z | - |
dc.date.issued | 2021 | - |
dc.identifier.citation | RABÊLO, Fabiano Chagas. As arquiteturas do infamiliar: da literatura fantástica à clínica psicanalítica. Orientadora: Karla Patrícia Holanda Martins. 2021. 256 f. Tese (Doutorado em Psicologia) - Programa de Pós-Graduação em Psicologia, Centro de Humanidades, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2021. | pt_BR |
dc.identifier.uri | http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/59883 | - |
dc.description.abstract | This is a bibliographic research, which questions the place of the concept of the Uncanny (Das Unheimliche) in psychoanalytic metapsychology based on the interlocution with fantastic literature and literary theory. The architecture of uncanny is understood as a construction of a fictional literary situation that lends the reader to evok the feeling of the Uncanny, which is taken as the manifestation of an atavistic psychic content that was in a latent state, whose irruption subverts the boundaries of the self. It is argued that the legacy of fantastic literature has been present in the Freudian clinical path since the prehistory of psychoanalysis, but that this interlocution produced its most important consequences in the essay on the uncanny. Thus. the references to fantastic literature, especially to the work of E. T. A. Hoffmann (1776-1822), constitute, alongside the clinic, the levers that propelled the effort to revise the metapsychological bases of psychoanalysis after 1920. So, the rescue of the indications of Freud and his collaborators to fantastic texts from the 19th century allows to question the epistemological, ethical, aesthetic, historical and cultural foundations of psychoanalysis. It is suggested that fantastic literature explores, within the scope of aesthetics, the manifestations of the psychic division with which the psychoanalyst deals in the clinic. Perhaps, for this reason, many scholars of literary theory feel the need to take into account the reactions of the reader when proposing a definition for the fantastic. It is proposed that the term architecture refers to a set of beacons that modulate the relationship of the reader with the text. Therefore, in fantastic literature, what is at stake is the construction of a textual framework that performs an anamorphic effect, through which the reader is led to confront a situation of surprise that deprives him of the place of grantor of interpretation that he was supposed to occupy. It is argued that the forms of organization of the syntax and themes of the fantastic are valuable material for the psychoanalyst as an auxiliary resource for clinical research. With this, theories about the fantastic come to be understood as attempts to map the ways of carrying out the Uncanny in the literature. In metapsychological terms, the writer of fantastic texts takes on the task of engendering in those who read the regulated development of the affection of anguish, which makes it possible to maintain a rational attitude during the interpretation of the text, which, nevertheless, is shaken, favoring the loosening of the bonds with daily life. Such expedient opens the way for something that should remain hidden or repressed to be able to manifest itself. The resumption of such references touches on issues of relevance to the psychoanalytic clinic, such as the role of the other and language in the psychic constitution process, the avatars of anguish and the Superego in the course ofindividual development, the structural differences between neurosis and psychosis and the dynamics of paramnesias, suggestive relationships and the feeling of estrangement. | pt_BR |
dc.language.iso | pt_BR | pt_BR |
dc.subject | Inquietante estranheza (Psicanálise) | pt_BR |
dc.subject | Metapsicologia | pt_BR |
dc.subject | Psicanálise | pt_BR |
dc.subject | Literatura fantástica | pt_BR |
dc.subject | Narcisismo | pt_BR |
dc.subject | Angústia (Psicologia) | pt_BR |
dc.title | As arquiteturas do infamiliar: da literatura fantástica à clínica psicanalítica | pt_BR |
dc.type | Tese | pt_BR |
dc.description.abstract-ptbr | Esta é uma pesquisa bibliográfica, de caráter interdisciplinar, que interroga o lugar do conceito do infamiliar (Das Unheimliche) na metapsicologia psicanalítica a partir da interlocução com a literatura fantástica e a teoria literária. Entende-se por arquitetura do infamiliar a construção de uma situação ficcional que se presta a evocação do sentimento do infamiliar no leitor, que é tomado como a manifestação de um conteúdo psíquico atávico que se encontrava em estado latente, cuja irrupção subverte as fronteiras do Eu, dialetizando a distinção entre interior e exterior, íntimo e estranho, familiar e estrangeiro. Defende-se que o legado da literatura fantástica esteve presente no percurso clínico freudiano desde a pré- história da psicanálise, mas que essa interlocução produziu suas principais consequências no ensaio sobre o infamiliar. Assim, as referências à literatura fantástica, em especial ao trabalho de E. T. A. Hoffmann, constituem, ao lado da clínica, as alavancas que impulsionaram o esforço de revisão das bases metapsicológicas da psicanálise a partir de 1920. Com isso, o resgate das indicações de Freud e de seus colaboradores de textos fantásticos do Século XIX permite interrogar os fundamentos epistemológicos, éticos, históricos e culturais da psicanálise. Propõe-se que a literatura fantástica explora no âmbito da estética as manifestações da divisão psíquica com as quais o psicanalista se ocupa na clínica. Talvez, por esse motivo, muitos estudiosos da teoria literária sentem a necessidade de levar em consideração as reações do leitor ao propor uma definição para o fantástico. Argumenta-se que o termo arquitetura remete a um conjunto de balizas que modulam a relação do leitor com o texto. Assim, na literatura fantástica o que está em jogo é a construção de um enquadramento que realiza um efeito anamórfico, por meio da qual o leitor é levado a se confrontar com uma situação de surpresa que o destitui do lugar de outorgante da interpretação que supunha ocupar. Por conseguinte, as formas de organização das sintaxes e temáticas do fantástico constituem um material valioso para o psicanalista na condição de recurso auxiliar à pesquisa clínica. Em função disso, as teorias sobre o fantástico podem ser entendidas como tentativas de mapeamento das vias de realização do infamiliar na literatura. Em termos metapsicológicos, o escritor de textos fantásticos assume a tarefa de engendrar em quem lê o desenvolvimento regulado do afeto de angústia, o que torna possível a manutenção de uma atitude racional durante a interpretação do texto, a qual, não obstante, é abalada, favorecendo o afrouxamento dos vínculos com o cotidiano. Tal expediente, que constitui o ponto nevrálgico da arquitetura do infamiliar, possibilita a manifestação transitória de umconteúdo que deveria permanecer oculto ou recalcado. A retomada dessas referências literárias impulsiona a pesquisa de questões de relevo para a clínica psicanalítica tais como o papel do outro e da linguagem no processo de constituição psíquica, os avatares da angústia e do Supereu no curso do desenvolvimento individual, as diferenças estruturais entre neurose e psicose e a dinâmica das paramnésias, das relações de sugestão e do sentimento de estranhamento. | pt_BR |
dc.title.en | The architectures of the uncanny: from fantastic literature to the psychoanalytic clinic | pt_BR |
Aparece nas coleções: | PPGP - Teses defendidas na UFC |
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