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Tipo: TCC
Título: O comportamento de machos de Mischocyttarus nomurae influencia o fitness?
Autor(es): Martins, Sofia Amorim
Orientador: Zanette, Lorenzo Roberto Sgobaro
Palavras-chave: Insetos sociais;Razão sexual;Ousadia;Divisão de tarefas
Data do documento: 2021
Citação: MARTINS, Sofia Amorim. O comportamento de machos de Mischocyttarus nomurae influencia o fitness? 2021. 31 f. Trabalho de conclusão de curso (Graduação em Ciências Biológicas) – Centro de Ciências, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2021.
Resumo: Nos insetos eussociais, as fêmeas subordinadas realizam cuidado com o ninho como uma forma de obter fitness direto e indireto. Alguns comportamentos que podem ser observados são distribuição de alimento às larvas irmãs e a proteção do ninho contra invasores. Os machos, em contrapartida, apresentam vida curta e, em geral, não participam dessas tarefas. No entanto, dados sobre o comportamento de machos de himenópteros sociais são ainda escassos. Essa lacuna é ainda maior quando considera-se as vespas eussociais tropicais e endêmicas do Brasil. Este estudo teve como objetivo identificar diferenças no comportamento de machos e fêmeas de Mischocyttarus nomurae, verificando se o número de prole está relacionado ao comportamento de machos e de fêmeas. Para tanto, foram amostrados 46 ninhos no Campus do Pici da UFC. Após um censo de 14 meses para o acompanhamento demográfico da população no campus foram feitos experimentos, in situ, em 28 ninhos. Foram aferidas duas medidas de ousadia e uma de cuidado com a prole. Um total de 48 machos e 352 fêmeas respondeu a 3 testes. Foi encontrada relação positiva e significativa entre o sucesso reprodutivo (número de imaturos) e o número de fêmeas por ninho, mas não com o número de machos. As fêmeas se expuseram significativamente mais a um risco (ousadia) e gastaram mais tempo com a distribuição de um recurso alimentar para as vespas imaturas. Não houve diferença significativa entre machos e fêmeas no tempo para abandonar o ninho, e ninhos com maior número de células apresentaram vespas que voaram do ninho mais rapidamente. Nossos resultados indicam que machos, apesar de desempenhar ocasionalmente algumas tarefas no ninho, não são determinantes para sucesso reprodutivo. No entanto, a correlação negativa entre o tempo para fugir do ninho e o tamanho do mesmo, sugere que machos e fêmeas mais “medrosos” possuem uma vantagem. Por fim, a realização de atividade de cuidado com a prole por machos na presença de fêmeas ocorre, mas de forma esporádica.
Abstract: In eussocial insects, subordinate females perform brood care as a way to obtain direct and indirect fitness. Some observed behaviors are the distribution of food to sister larvae and the protection against invaders to the nest. Males have a short life and, in general, do not participate in these tasks. However, data on the behavior of males of social hymenopterans are still scarce. This scientific gap is even deeper if we consider tropical eussocial wasps that are endemic to Brazil. This study aimed to identify differences in the behavior of males and females of Mischocyttarus nomurae, investigating whether the number of offspring is related to the behavior of males and females. 46 nests were sampled at the UFC Campus do Pici. After a 14-month demographic census aiming to monitoring the population on campus, experiments were carried out, in situ, in 28 nests. Two measures of boldness and one of brood care were measured. A total of 48 males and 352 females responded to 3 tests. A positive and significant relationship was found between reproductive success (number of immature) and the number of females per nest, but not with the number of males. Females were significantly bolder and spent more time distributing a food resource to immature wasps. There was no significant difference between males and females in the time to leave the nest, and nests with a higher number of cells showed wasps that flew from the nest more quickly. Our results indicate that males, despite occasionally performing some tasks in the nest, are not determinants for reproductive success. However, the negative correlation between the time to escape from the nest and the size of the nest suggests that males and females that are more "fearful" have a reproductive advantage. Finally, brood care by males in the presence of females occurs, but sporadically.
URI: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/59543
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