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Tipo: Resumo
Título: Mulheres camponesas e conflitos ambientais: diálogo entre saberes, experiências e resistências (Núcleo TRAMAS, QD00.2010.PJ.0110)
Autor(es): Lima, Luana Carolina Braz de
Machado, Andrea Camurça
Rocha, Mayara Melo
Rigotto, Raquel Maria
Palavras-chave: Justiça ambiental;Mulheres do campo - Condições sociais;Proteção ambiental;Ecologia agrícola
Data do documento: 2016
Instituição/Editor/Publicador: Universidade Federal do Ceará
Citação: LIMA, Luana Carolina Braz de; MACHADO, Andrea Camurça; ROCHA, Mayara Melo; RIGOTTO, Raquel Maria. Mulheres camponesas e conflitos ambientais: diálogo entre saberes, experiências e resistências (Núcleo TRAMAS, QD00.2010.PJ.0110). Revista Encontros Universitários da UFC, Fortaleza, v. 1, n. 1, 2016. (Encontro de Extensão, 25)
Resumo: Este resumo é fruto do seminário “Mulheres, Agroecologia e Justiça Ambiental”, realizado no primeiro semestre de 2016, pelo Núcleo Reflexões, Estudos e Experiências em Agroecologia e Justiça Ambiental-REEAJA. O avanço do capital no campo tem como uma de suas características a expropriação dos territórios camponeses e tradicionais, bem como a degradação ambiental, para atender a um modo específico de produção. Em nome do crescimento econômico, destinam-se impactos ambientais para os grupos sociais mais vulnerabilizados, como as mulheres, provocando repercussões negativas sobre a vida, o trabalho e a saúde. Soma-se a esse cenário, a ideologia patriarcal que mantém o trabalho feminino na invisibilidade e sem o devido reconhecimento social e econômico. Para refletir sobre as resistências tecidas pelas mulheres e as possibilidades de enfrentamento a esse contexto, realizamos um seminário que utilizou metodologias participativas para garantir o intercâmbio de experiências, a troca de saberes e aprendizagens entre mulheres do sertão, da serra e do mar do Estado do Ceará. A partir da análise do discurso das mulheres camponesas, buscamos compreender como as transformações ocasionadas pelo modelo de desenvolvimento vigente impactam sua saúde, seu trabalho e suas formas de viver e produzir. Concluímos que a expansão dos grandes projetos de desenvolvimento tem provocado transformações territoriais através de processos de violação de direitos, inviabilização do modo de vida das comunidades, gerando problemas sociais e de saúde às populações do campo, especialmente às mulheres. Estas, por sua vez, reconhecem em suas práticas oportunidades de transformação social, pois se organizam nas lutas por direito à terra, à água, à saúde e também pela dignidade humana. São mulheres que se constroem como sujeitos da transformação e em transformação, tendo em suas práticas cotidianas elementos que configuram resistência e afirmação de seus modos de vida.
URI: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/57642
Tipo de Acesso: Acesso Aberto
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