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dc.contributor.advisorHumblé, Philippe René Marie-
dc.contributor.authorOliveira, Kamila Moreira de-
dc.date.accessioned2021-03-09T23:15:30Z-
dc.date.available2021-03-09T23:15:30Z-
dc.date.issued2021-
dc.identifier.citationOLIVEIRA, Kamila Moreira de. Guimarães Rosa retraduzido: aspectos da mitologia indígena nas traduções de "Meu tio o Iauaretê" para a língua inglesa. Orientador: Philippe René Marie Humblé . 2021. 89 f. Dissertação (Mestrado em Estudos da Tradução) - Programa de Pós-graduação em Estudos da Tradução, Centro de Humanidades, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2021.pt_BR
dc.identifier.urihttp://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/57048-
dc.description.abstractThe question of untranslatability is recurrent in Translation Studies, often revisited in discussions about the translation of literary, poetic and philosophical texts, to take just a few examples. Thus, we have the emergence of a certain 'paradox' where, at one extreme, there is the idea that translation is theoretically impossible and, at the other, that translation is possible due to a universal structure. Based on the considerations of Ricoeur (2011), Berman (2007; 2009) and Cassin (2018), we arrive not at a discourse of the failure of translation and its inevitable losses, but of the untranslatable as that which enables the permanence of the Other, its alterity and multiplicity of meanings. Untranslatability is present in this research as an essential part of the discussion about Guimarães Rosa's work, often described as untranslatable, both in the inter and intralingual sense – that is, both for those who seek to translate it into another language and for those who seek to interpret it in Portuguese. For this research, the interest in the short story “Meu tio o Iauaretê” is justified on the basis of its cultural aspects intrinsically linked to indigenous mythology, visible mainly in the form of the Nheengatu lexicon used throughout the text, since we are interested in understanding how this virtually untranslatable element is manifested in the translations into English by Giovanni Pontiero (“My Uncle the Jaguar”, 1996) and David Treece (“The Jaguar”, 2001). Hybridity, both linguistic and cultural , is one of its main characteristics of “Meu tio o Iauaretê” , and it is shown not only in the originality of the linguistic work with Portuguese and Nheengatu, but in the very place where the character-narrator is found, always placed between two conditions – man/animal, white/indigenous – but never fixed in any of them. Considering anthropological studies, we rely on Lévi-Strauss (2010) and Viveiros de Castro (2007) for the reconstruction of the metasysystem of Brazilian and Amerindian mythological narratives in which the jaguar is found. Considering also the recent studies on retranslation from a systemic perspective, proposed by Cadera (2017) and Koskinen and Paloposki (2019), we seek not only to look at the translated texts and their comparison with the source text, but also to pay special attention to the historical and political context in which not only the translation and publication of the short stories studied are inserted, but of the entire work of Guimarães Rosa translated into English. With the contextualization of Rosa’s translation into English since the 1960s, until its eventual reintroduction into the literary system of this language, with the support of the historical and political context presented by Barbosa (1994), Fitz (2005), Liporaci (2013) and Morinaka (2017), we understand that it will be possible to better understand the influences on the process of (re)translation. Based on this analysis, we intend to dive into considerations about the role of the Other in the text and translation, and understand translation not as loss or betrayal, but as an acceptance of the untranslatable.pt_BR
dc.language.isopt_BRpt_BR
dc.subjectRosa, João Guimarães, 1908-1967. Meu tio o Iauaretê -- Traduções para o inglês -- História e críticapt_BR
dc.subjectTradução e interpretaçãopt_BR
dc.subjectLíngua tupi-guaranipt_BR
dc.titleGuimarães Rosa retraduzido: aspectos da mitologia indígena nas traduções de "Meu tio o Iauaretê" para a língua inglesapt_BR
dc.typeDissertaçãopt_BR
dc.description.abstract-ptbrA questão da intraduzibilidade é recorrente nos Estudos da Tradução, frequentemente revisitada nas discussões acerca da tradução de textos literários, poéticos e filosóficos, para ficar com apenas alguns exemplos. Temos assim a formação de um certo ‘paradoxo’ onde, em um extremo, está a ideia de que a tradução é teoricamente impossível e, no outro, de que a tradução é possível devido a uma estrutura universal da linguagem. Partindo das considerações de Ricoeur (2011), Berman (2007; 2009) e Cassin (2018) chegamos, não a um discurso do fracasso da tradução e suas inevitáveis perdas, mas sim ao intraduzível como aquilo que possibilita a permanência do Outro, sua alteridade e multiplicidade de sentidos. A intraduzibilidade se faz presente nesta pesquisa como parte essencial da discussão acerca da obra de Guimarães Rosa, frequentemente descrita como intraduzível, tanto no sentido inter- quanto intra-lingual – isto é, tanto para quem busca traduzi-lo para outra língua, quanto para quem busca interpretá-lo em português. Para esta pesquisa, a eleição do conto “Meu tio o Iauaretê” foi feita com base nos seus aspectos culturais intrinsecamente ligados à mitologia indígena, visíveis principalmente na forma do léxico nheengatu utilizado ao longo do texto. Esta dissertação visa compreender como esse elemento virtualmente intraduzível se manifesta nas traduções para o inglês, realizadas por Giovanni Pontiero (“My Uncle the Jaguar”, 1996) e David Treece (“The Jaguar”, 2001). “Meu tio o Iauaretê” tem como uma de suas principais características o ‘hibridismo’, tanto linguístico quanto cultural, que não se mostra apenas na originalidade do trabalho linguístico com o português e o nheengatu, mas no próprio entrelugar em que se encontra o personagem-narrador, sempre colocado entre duas condições – homem/animal, branco/índio – mas nunca fixado em alguma delas. Perpassando os estudos antropológicos, nos apoiamos em Lévi-Strauss (2010) e Viveiros de Castro (2007) para a reconstrução do metassistema das narrativas mitológicas indígenas brasileiras e ameríndias no qual se encontra a onça/jaguar. Considerando também os recentes estudos sobre a retradução em uma perspectiva sistêmica, como proposto por Cadera (2017) e Koskinen e Paloposki (2019), buscamos não nos deter somente nos textos traduzidos e em seu cotejo com o texto-fonte, mas também dedicar especial atenção ao contexto histórico e político no qual estão inseridas as traduções e a publicação não somente dos contos estudados, mas de toda a obra de Guimarães Rosa traduzida para a língua inglesa. Com a contextualização da tradução de Rosa para o inglês desde os anos 1960, até sua eventual reintrodução no sistema literário desta língua, e com o apoio do contexto histórico e político apresentado por Barbosa (1994), Fitz (2005), Liporaci (2013) e Morinaka (2017), entendemos que será possível compreender melhor as influências sobre o processo de (re)tradução. A partir desta análise, portanto, pretendemos mergulhar nas considerações sobre o papel do Outro no texto e na tradução, e compreender a tradução não como perda ou traição, mas como uma aceitação do intraduzível.pt_BR
Aparece nas coleções:POET - Dissertações defendidas na UFC

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