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Tipo: Tese
Título: Resistência genotípica primária do H.pylori à claritromicina e associação com genótipos de virulência do H.pylori no nordeste do Brasil
Título em inglês: Primary genotypic resistance of H.pylori to clarithromycin and association with genotypes of H.pylori virulence in northeastern Brazil
Autor(es): Benígno, Tiago Gomes da Silva
Orientador: Braga, Lúcia Libanez Campelo
Palavras-chave: Helicobacter pylori;Fatores de Virulência;Claritromicina;Mutação Puntual
Data do documento: 22-Dez-2020
Citação: BENIGNO, T. G. S. Resistência genotípica primária do H.pylori à claritromicina e associação com genótipos de virulência do H.pylori no nordeste do Brasil. 2020. 82 f. Tese (Doutorado em Ciências Médico-Cirúrgicas) - Faculdade de Medicina, Fortaleza, 2020.
Resumo: A resistência do H.pylori à claritromicina é considerada um dos principais fatores responsáveis pela falha na erradicação do H.pylori. A prevalência de resistência à claritromicina pode variar de acordo com a região analisada. Esse trabalho busca avaliar a prevalência da resistência genotípica primária do H. pylori à claritromicina através do método molecular RT-PCR e verificar a sua associação com genótipos de virulência das cepas do H.pylori no Nordeste do Brasil. Esse estudo foi realizado no Hospital Universitário Walter Cantídeo da Universidade Federal do Ceará e na comunidade urbana, Parque Universitário. Foram avaliados 260 pacientes dispépticos que realizaram endoscopia e foram positivos para H.pylori através de histologia, urease e PCR (biópsia gástrica). Nesse estudo também participaram 40 indivíduos residentes na comunidade assintomáticos com idade ≤ 18 anos e positivos para H.pylori pelo teste respiratório e PCR (suco gástrico obtido pelo enteroteste). Todos os indivíduos não tratados. Sendo incluídos aqueles em que o gene 23s rRNA estivesse presente no PCR. A resistência à claritromicina foi identificada através dos pontos de mutação A2143G e A2142G no gene 23s rRNA pelo RT-PCR. Já os genes cagA, cagE, vacA (alelos) e ice A(alelos) do H.pylori foram identificados por PCR utilizando primers específicos. Dos 300 indivíduos positivos para H.pylori, 222 (74%) foram positivas para 23s rRNA. Sendo 198 adultos (56,06% feminino e 43,94% masculino, idade 47,95 ± 14,53 anos) e 24 assintomáticos da comunidade (50% masculino e 50% feminino, idade de 12,92 ± 03 anos). Verificamos que a resistência primária à claritromicina foi de 14,4% (32/222). Sendo 14,2% nos adultos e 12% nas crianças. Não houve associação das mutações pontuais com sexo, idade ou afecção gástrica. A mutação pontual mais comum foi A2143G/A2147G (62,50%), seguida de A2142G/A2146G (37,5%) e 12,5% de mutação dupla. Foram heterorresistentes (cepas com alelo mutante e selvagem) 43,75%(14/32). A prevalência das cepas cagA foi de 75,5% (167/222). As mutações pontuais estavam presentes em 11% (19/167) das cepas cagA positivas e 23% (13/55) das cagA negativas. A resistência estava significante associação com status cagA negativas (p 0,025 OR: 0,4; I.C 95% 0,189-0,909). A prevalência do gene cagE foi de 61% (136/222). As mutações pontuais estavam presentes em 10% (14/136) das cepas cagE positivas e 21% (18/85) das cagE negativas. A resistência estava significante associação com status cagE negativas (p 0,025 OR: 0,4; I.C 95% 0,200-0,913). Não houve associação entre genes iceA1, iceA2, vacA e alelos com as mutações pontuais do gene 23s rRNA. Concluímos que a resistência genotípica primária do H. pylori à claritromicina foi de 14,41% e que está dentro da faixa para o uso empírico da terapia tripla contendo claritromicina. O ponto de mutação mais prevalente foi A2143G. As cepas status cagA e cagE positivas apresentaram menor prevalência de resistência à claritromicina. Logo, a resistência do H.pylori à claritromicina foi mais frequentemente encontrada nos indivíduos colonizados com cepas menos virulentas.
Abstract: H.pylori resistance to clarithromycin is considered to be one of the main factors responsible for failure to eradicate H.pylori. The prevalence of resistance to clarithromycin may vary according to the region analyzed. This work seeks to assess the prevalence of primary genotypic resistance of H. pylori to clarithromycin using the RT-PCR molecular method and to verify its association with virulence genotypes of H.pylori strains in Northeastern Brazil. This study was carried out at the Walter Cantídeo University Hospital of the Federal University of Ceará and in the urban community, Parque Universitário. 260 dyspeptic patients who underwent endoscopy and were positive for H.pylori through histology, urease and PCR (gastric biopsy) were evaluated. This study also involved 40 asymptomatic community residents aged ≤ 18 years and positive for H.pylori by breathing test and CRP (gastric juice obtained by enterotest). All untreated individuals. Including those in which the 23s rRNA gene was present in the PCR. Resistance to clarithromycin was identified through mutation points A2143G and A2142G in the 23s rRNA gene by RT-PCR. The genes cagA, cagE, vacA (alleles) and ice A (alleles) of H.pylori were identified by PCR using specific primers. Of the 300 individuals positive for H.pylori, 222 (74%) were positive for 23s rRNA. 198 adults (56.06% female and 43.94% male, age 47.95 ± 14.53 years) and 24 asymptomatic in the community (50% male and 50% female, age 12.92 ± 03 years). We found that the primary resistance to clarithromycin was 14.4% (32/222). 14.2% in adults and 12% in children. There was no association of point mutations with sex, age or gastric disease. The most common point mutation was A2143G / A2147G (62.50%), followed by A2142G / A2146G (37.5%) and 12.5% double mutation. They were heteroresistant (strains with mutant and wild allele) 43.75% (14/32). The prevalence of cagA strains was 75.5% (167/222). Point mutations were present in 11% (19/167) of positive cagA strains and 23% (13/55) of cagA negative strains. Resistance was significantly associated with negative cagA status (p 0.025 OR: 0.4; I.C 95% 0.189-0.909). The prevalence of the cagE gene was 61% (136/222). Point mutations were present in 10% (14/136) of the cagE positive strains and 21% (18/85) of the cagE negative strains. Resistance was significantly associated with negative cagE status (p 0.025 OR: 0.4; I.C 95% 0.200-0.913). There was no association between iceA1, iceA2, vacA and alleles with point mutations in the 23s rRNA gene. We concluded that the primary genotypic resistance of H. pylori to clarithromycin was 14.41% and that it is within the range for the empirical use of triple therapy containing clarithromycin. The most prevalent mutation point was A2143G. The positive cagA and cagE strains had a lower prevalence of resistance to clarithromycin. Hence, H.pylori resistance to clarithromycin was most often found in individuals colonized with less virulent strains.
URI: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/56834
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