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Tipo: Artigo de Periódico
Título: A quem interessa preservar? Uma análise das faces e da polidez linguística em notícias do MST
Autor(es): Rebouças, Davi de Menezes
Santos, Ingrid Xavier dos
Santos, Letícia Adriana Pires Ferreira dos
Palavras-chave: Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST);Teoria da Polidez;Pragmática;Polidez linguística;Construção de face
Data do documento: 2018
Instituição/Editor/Publicador: Revista Linguagem em Foco
Citação: REBOUÇAS, Davi de Menezes; SANTOS, Ingrid Xavier dos; SANTOS, Letícia Adriana Pires Ferreira dos. A quem interessa preservar? Uma análise das faces e da polidez linguística em notícias do MST. Revista Linguagem em Foco, Fortaleza (CE), v. 10, n. 1, p. 27-37, 2018.
Resumo: O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) é um movimento social inspirado na doutrina marxista, que tem como principal meta a reforma agrária. O movimento, desde a sua criação oficial na década de 70 até os dias atuais, atua como célula de resistência ao discurso conservador e hegemônico que é vinculado a ele pelo Estado e pela grande mídia. Embasando-se nos estudos sobre a Teoria da Polidez, alinhada aos estudos da Pragmática, este artigo tem como objetivo investigar como a mídia usa a polidez linguística para atenuar os atos de ameaça à face do MST. A partir das estratégias apontadas por Brown e Levinson (1983) e Leech (2005), refletimos sobre textos de notícias a fim de averiguar quais estratégias foram adotadas pelos jornalistas. Ao analisar duas notícias publicadas pelo portal G1, que tratam de uma ocupação realizada pelo MST, foi possível constatar que a mídia em questão, de seu lugar hegemônico e consolidado socialmente, arquiteta estratégias discursivas que tentam deslegitimar o movimento, trazendo em seu discurso apreciações negativas que criminalizam juridicamente o movimento, gerando, assim, uma ameaça à face e maculando a imagem discursiva do movimento.
Abstract: The Landless Rural Workers Movement (MST) is a social movement inspired by the Marxist doctrine, which aims, as its main goal, agrarian reform. From its official creation in the 1970s to the present days, such movement acts as a resistance cell to the conservative and hegemonic discourse that is linked to it by the State and by the mainstream media. Based on the studies on Politeness Theory, in line with the studies of Pragmatics, this article aims to investigate how the media uses linguistic politeness to mitigate face-threatening acts to the MST. From the strategies pointed out by Brown and Levinson (1983), Leech (2005) and Goffman (2011/1967), we reflect on news texts in order to find out what strategies have been adopted by the journalists. By analyzing two pieces of news published by the G1 portal concerning an occupation carried out by the MST, it was possible to verify that the media, from its hegemonic and socially consolidated place, designs discursive strategies that try to delegitimize the movement, bringing in its discourse negative appreciations which criminalize the movement legally, thus generating a threat to the face and defiling the discursive image of the movement.
URI: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/52492
ISSN: 2674-8266
Tipo de Acesso: Acesso Aberto
Aparece nas coleções:PPGL - Artigos publicados em revistas científicas

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