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Tipo: Dissertação
Título: Avaliação da necessidade do uso de rotina da recuperação intraoperatória de sangue no transplante hepático
Título em inglês: Assessmente of the need for riutine use of intraoperative blood recovery in liver transplantation
Autor(es): Lima, Claudianne Maia De Farias
Orientador: Garcia, José Huygens Parente
Coorientador: Brunetta, Denise Menezes
Palavras-chave: Transplante de Fígado;Transfusão de Sangue Autóloga;Hemorragia
Data do documento: 30-Mar-2020
Instituição/Editor/Publicador: .
Citação: LIMA, C. M. F. Avaliação da necessidade do uso de rotina da recuperação intraoperatória de sangue no transplante hepático. 2020. 55 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Médico-Cirúrgicas ) - Faculdade de Medicina, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2020.
Resumo: A cirrose hepática é considerada o estágio final de uma série de processos patológicos hepáticos de diversas causas, e o transplante é o tratamento mais adequado para pacientes com doença hepática terminal. Por tratar-se de procedimento de alta complexidade envolvendo várias anastomoses vasculares, há risco importante de hemorragia perioperatória. A hemoterapia tem se qualificado, objetivando tornar mínimos os riscos transfusionais. O uso rotineiro do recuperador de células nas cirurgias acarreta redução do uso de sangue alogênico. O objetivo desse trabalho foi avaliar a necessidade do uso rotineiro da recuperação intraoperatória de sangue (RIOS) no transplante hepático. Foram incluídos na pesquisa 327 transplantes realizados no período de 2014 a 2016. Foram coletados os exames pré-transplante, a quantidade de transfusões de hemácias durante o transplante e dados do procedimento do recuperador celular. As análises estatísticas foram realizadas utilizando o programa estatístico JAMOVI e Microsoft Excel 2016. A mediana de idade foi de 54 anos, 66% (219) do sexo masculino e o tipo sanguíneo mais prevalente foi grupo O com 48% (155). As etiologias mais frequentes foram cirrose por hepatite C com 33,8% (114) e por álcool com 98 (30,1%). Entre os 327 transplantes, houve transfusão de hemácia alogênica em 110 (34%) com mediana de 2. Em 173 transplantes houve uma mediana de volume recuperado da RIOS de 417 ml e transfusão de hemácia alogênica em 78 (45,1%) transplantes com mediana de 0. Nesse grupo a mediana do MELD (Model End-Stage Liver Disease) foi de 22 e o tempo de isquemia fria foi de 300 minutos. Sem o uso do recuperador celular foram realizados 90 transplantes e foram transfundidos em 19, com mediana de zero. Nesse grupo a mediana do MELD foi de 20 e o tempo de isquemia fria foi 281 minutos. Foi encontrado como variável significativa para sangramento a presença de trombose de veia porta e os valores da creatinina. O custo do serviço da RIOS equivale ao custo de 2,6 CH. No grupo que houve um maior sangramento, o volume recuperado equivale a aproximadamente 02 CH. Não houve nenhuma relação do uso de RIOS, transfusão e das características do tumor com a recorrência do hepatocarcinoma nos pacientes. Concluímos no presente estudo que não há necessidade de uso do recuperador celular em todos os transplantes hepáticos, a maior indicação são pacientes com trombose de veia porta e alterações nos valores da creatinina.
Abstract: Liver cirrhosis is considered the final stage of a variety of liver disease processes of various causes, and liver transplantation is approved as the most appropriate treatment for patients with end-stage liver disease. Since it is a highly complex procedure involving several vascular anastomoses, there is a significant risk of perioperative bleeding. Haemotherapy has been qualified to minimize transfusion risks. Routine use of cell salvage during surgery reduces the use of allogeneic blood. The aim of this study was to evaluate the need for routine use of intraoperative blood salvage (IOS) in liver transplantation. 327 liver transplants, performed from 2014 to 2016, were included in the research. The collected data included pre-transplant exams, the red blood cell transfusions during the transplant and data from the cell salvage. Statistical analyzes were performed using the statistical program JAMOVI and Microsoft Excel 2016. The median age was 54 years, 66% (219) were males and the most prevalent blood type was group O, counting for 48% (155). The most frequent etiologies for cirrhosis were hepatitis C, with 33.8% (114), and alcohol, with 98 (30,1%). Among the 327 transplants, there was a red blood cell transfusion in 110 (34%), with a median of 2. In 173 transplants with cell salvage, there was a median recovered volume of 417 ml and a red blood cell transfusion in 78 (45.1%) transplants, with a median of 0. In this group, the median MELD was 22 and the cold ischemia time was 300 minutes. Without the use of cell salvage, 92 transplants were performed and they were transfused in 19, with a median of 0. In this group, the MELD (Model End-Stage Liver Disease) median was 20 and the cold ischemia time was 281 minutes. The MELD score and the time of cold ischemia were pointed out as significant variables for bleeding. The cost of IOS service equals 2.6 CH. In the group that recovered the most blood, the volume is approximately 2 CH. There was no relationship between IOS use, transfusion and tumor characteristics with hepatocellular carcinoma recurrence in patients. We concluded in the present study that there is no need to use the cell retriever in all liver transplants, the greatest indication being patients with portal vein thrombosis and changes in creatinine values.
URI: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/52394
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